segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

0 Não quero mais ser evangélico

Não quero mais ser evangélico



Publicado em 12/15/2009


Gilson Souto Maior Junior


Jornal da Cidade


Não estou brincando! A indignação toma conta de meu ser, pois não dá mais. Evangélico no Brasil virou sinônimo de movimento financeiro religioso, algo meio sem ética – ou totalmente se preferir – em que se rouba e depois ora pedindo perdão a Deus. O “mensalão” de Brasília revela não apenas o que há de pior na política brasileira, mas algo cheira mal na fé evangélica também (ou plagiando o filme, “Fé de mais não cheira bem”). Como é possível alguém orar e dizer que o “financiador” é uma bênção para a cidade? A verdade é que hoje a cristandade está com a síndrome de Geazi, servo do profeta Eliseu (2Reis 5:20-27). Correndo atrás dos tesouros de Naamã, a cristandade gananciosa (2Reis 5:20) mente e camufla situações para justificar seus pecados (2Reis 5:22); pior, esconde o pecado (2Reis 5:24), mostrando a hipocrisia em que vivem (2Reis 5:25). Desta vez foi a gota d’água, ver um pastor, que é deputado distrital – o que já é incoerente, pois ou é pastor ou deputado – e o presidente da Câmara, orando e pedindo a Deus pelo gestor das fraudes, chamando-o de “instrumento de bênção para nossas vidas e para a cidade”. Para a cidade de Brasília eu não sei, mas parece que o gestor financeiro do mensalão foi uma “bênção” para outros.






Não é apenas isso (ou tudo isso), mas a Igreja Evangélica no Brasil virou um monstrengo, uma colcha de retalhos, que mistura “alhos com bugalhos”, Bíblia com água e óleo ungido. Os pastores deixaram de ser homens de reconhecida piedade para serem executivos da fé; jogaram no lixo a orientação de Paulo para serem ministros de Cristo, que se ocupassem da leitura da Escritura, “à exortação e ao ensino” (1Timóteo 4:12,13), para serem ministros de si mesmo, onde a “escritura” agora é auto-ajuda, e a exortação e o ensino viraram barganha de promessas. Não me escandalizo mais, pois o que sinto é uma revolta contra aqueles que “seguiram pelo caminho de Caim, e por causa do lucro se lançaram no erro de Balaão...” (Judas 11).






Por isso não me chamem de “evangélico”, pois este termo implicava numa atitude baseada no Evangelho de Cristo. Mas hoje isso virou um termo jocoso e maldoso. Não quero mais compactuar com pastores que vendem e compram igrejas (isso mesmo!) como se fossem propriedades privadas, investimentos financeiros lucrosos. Não quero mais saber deste evangelicalismo sem ética, sem doutrina e que está mandando milhares para o inferno. Chega deste evangelho de faz-de-conta, em que Jesus é apresentado como um “amigão”, mas nunca como Senhor. Chega deste “evangelho” sem cruz, sem vergonha e mentiroso. Com certeza, Pedro está certo quando afirma pelo Espírito Santo: “... Tais homens têm prazer na luxúria à luz do dia... enganam os inconstantes e têm o coração exercitado na ganância. São malditos. Eles se desviaram, deixando o caminho reto e seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça” (2Pedro 2:13-15).






E agora? Onde estão os apóstolos que pedem dinheiro e se envolvem com as maracutaias religiosas? Onde estão aqueles que oram pelo dinheiro sujo e pedem em nome de Deus que os abençoe? Onde estão aqueles que vendem igrejas com membros e tudo mais? Que pedem “trízimo” (não estou brincando), ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo? Onde estão os profetas com suas “profetadas” e palavras “ungidas”? Onde está a Igreja que diz proclamar em alta voz que o Brasil é do Senhor Jesus? Ouçamos Isaías: “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem, mal; que transformam trevas em luz e luz em trevas, e ao amargo em doce, e o doce em amargo!... Por isso a ira do SENHOR acendeu-se contra o seu povo, e o SENHOR estendeu a mão contra ele e o feriu...” (Isaías 5:20,25a).






Aqui não é um julgamento. Que ninguém me venha com a falácia de “Não julgueis para não serdes julgados”, pois isso é um simplismo de que se aproveitam muitos daqueles que são desonestos e usam a Bíblia para justificar suas ações. Diante da injustiça não podemos nos calar, seja ela de um evangélico ou não.


Não me chamem de evangélico, pois não quero este evangelho mercadológico. Quero apenas ser cristão, quero apenas seguir a Cristo e viver para Ele.


O autor, Gilson Souto Maior Junior, é pastor sênior da Igreja Batista do Estoril e professor de Antigo Testamento e Hebraico da Faculdade Teológica Batista de Bauru – Fateo


www.jesussite.com.br

0 A UNÇÃO DO RISO!!! E OUTRAS MAIS!

Veja um verdadeiro profeta de Deus, o pastor David Wilkserson chorando por causa das desgraças causadas pelas falsas doutrinas no seio da Igreja de Cristo:

http://www.youtube.com/watch?v=0LeQOAKCz70

sábado, 2 de janeiro de 2010

0 ESCATOLOGIA - AS 70 SEMANAS DE DANIEL

AS 70 SEMANAS DE DANIEL








A profecia mais importante do livro de Daniel é a que está no capítulo 9.

Porque?

• Porque revela o futuro da nação de Israel.

• Porque inclui também o período da Igreja aqui na Terra. (Como um parêntesis na história).



Mas isso nós veremos no decorrer do estudo em pauta.



Podemos afirmar que esta profecia é o futuro de Israel no plano de Deus.



Porque esse assunto é importantíssimo?



Porque, se não entendermos bem a profecia das SETENTA SEMANAS, tampouco entenderemos o Sermão profético de Mateus.24, e nem o livro de Apocalipse, uma vez que exata profecia abrange esses dois.



Quase todo o livro de Apocalipse (Capitulos.6 a 22) é apenas uma aplicação da profecia preditiva das Setentas Semanas de Daniel.



Em outras palavras: Deus deu a Daniel um quadro geral dos eventos futuros relacionados com Israel; e a João, no Apocalipse, Deus deu detalhes desses eventos.



Esta é uma das belezas da Palavra de Deus, quando Ele discorre para o futuro.

Nenhum outro jamais poderia fazer tal coisa, pois a Onisciência é um dos atributos exclusivos de Deus, e nos mostra também a veracidade da Bíblia, pois muitos fatos preditivo dessa profecia, já se cumpriram.



O estudo desta profecia torna-se mais edificante e empolgante quando consideramos que estamos vivendo agora no " TEMPO DO FIM " , de que falou o profeta Daniel em......(Dn.8:17-19; Dn.10:14; Dn.12:4).





1. O Cenário Histórico da Profecia (Dn.9:1-2).



(Dn.9:1-2).." No ano primeiro de Dario, filho de Assuero, da nação dos medos, o qual foi constituído rei sobre o reino dos caldeus,



(V.2).." no ano primeiro do seu reinado, eu, Daniel, entendi pelos livros que o número de anos, de que falou o SENHOR ao profeta Jeremias, em que haviam de acabar as assolações de Jerusalém, era de setenta anos.



Explicando.



(V.1).." No ano primeiro de Dario........Isso teve então lugar após (Dn.5:31).



Estava chegando o final dos Setenta anos de Cativeiro do povo judeu.



(V.2).." eu, Daniel, entendi pelos livros......Daniel possuía uma biblioteca, cujos livros ele estudava, e entre esses estavam os da Bíblia de então.



Daniel menciona aqui, no (V.2), as profecias de Jeremias.



Hoje podemos Ter mais conhecimentos ainda, porque dispomos de livros das Escrituras como o Apocalipse, que ele não tinha.



A profecia de Jeremias, mencionada diz:

(Jr.25:11-12).." E toda esta terra virá a ser um deserto e um espanto, e estas nações servirão ao rei da Babilônia setenta anos".



(V.12).." Acontecerá, porém, que, quando se cumprirem os setenta anos, visitarei o rei da Babilônia, e esta nação, diz o SENHOR, castigando a sua iniqüidade, e a da terra dos caldeus; farei deles um deserto perpétuo.



(Jr.29:10).." Porque assim diz o SENHOR: Certamente que, passados setenta anos na Babilônia, vos visitarei e cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando-vos a trazer a este lugar.



Esse rei de que fala a profecia já fora castigado. Então Daniel chegou a conclusão que já estava no tempo para terminarem as "Assolações de Jerusalém ", a qual continuava destruída.





2. A Oração de Daniel (Dn.3-19).



Daniel era homem de Oração e Jejum.



Certamente temos aí uma das razões por que sempre permaneceu firme na fé, vivendo e trabalhando nas " Alturas " palacianas sem se corromper.



Davi deu o mesmo testemunho no....

( Salmo.18:33)..."E me firmou nas minhas alturas".



Deus pode guardar o crente nas altas posições, sejam quais forem que venha a ocupar.



Muitos crentes, ao subirem nesse sentido, infelizmente começam a " Descer " espiritualmente.



O caminho certo nesses casos é o da Oração e da Palavra, como fez Daniel.



Uma coisa tocante nesta Oração de (Daniel.9:3-19) é o fato de ele confessar os pecados da sua nação como se fossem os seus.

Dessa forma Daniel identificou-se com o seu povo.



(Dn.9:5).." pecamos, e cometemos iniqüidade, e procedemos impiamente, e fomos rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos e dos teus juízos;

Daniel sabia conjugar os verbos Biblicos na primeira pessoa....





3. Um Anjo na Missão da Resposta à Oração (Dn.9:20-23)



(D.9:21).." estando eu, digo, ainda falando na oração, do varão Gabriel, que eu tinha visto na minha visão ao princípio, veio voando rapidamente e tocou-me à hora do sacrifício da tarde.



Daniel não chegou a concluir a sua Oração. A resposta divina veio antes da sua conclusão!



Deus mobilizou um dos anjos mais proeminentes para isso - Gabriel.

Porque mais proeminente??

Porque o anjo Gabriel declarou que seu local de permanência é na presença de Deus..



(Lc.1:19).." E, respondendo o anjo, disse-lhe: Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a falar-te e dar-te estas alegres novas".



A sublime missão do anuncio do nascimento do Senhor Jesus foi-lhe confiada, bem como a do seu precursor - João Batista....(Lc.1:11-22; Lc.1:26-38).



(Dn.9:21).." veio voando rapidamente.



Anjos são seres celestiais que se deslocam com rapidez incrível, além da concepção da mente humana.

Os anjos santos são liderados por Miguel, o arcanjo (Isto é, o chefe dos anjos).

Os anjos maus, decaídos, são chefiados por Lúcifer, o arcanjo que pecou e revoltou-se contra Deus.



(Dn.9:21).." tocou-me à hora do sacrifício da tarde.



Os Judeus tinham dois sacrifícios diários contínuos:

a) Pela manhã.

b) E a tarde.



O sacrifício da tarde era oferecido no crepúsculo, isto é ao por do sol (Ex.29:4,8).

É uma boa coisa começar e terminar o dia com Oração.

(Dn.23).." Porque és mui amado.

Que maravilha da graça de Deus, e do seu amor, ser amado no céu!





4. Setenta Semanas Estão determinadas sobre o teu povo..(Dn.9:24).



Circunstâncias e observações sobre a profecia das Setenta Semanas:



a) Findaram-se os 70 anos e não ocorria o repatriamento dos judeus..(Dn.9:2; Jr.25:11-12;29:10).

b) Por que 70 anos de cativeiro e nem mais nem menos?

Tratava-se de disciplina de Israel por quebra deliberada dos preceitos divinos exacrados em (Leviticos.25:3-5; 26:14,33-35; Cronicas.36:21).



O cativeiro de Judá foi, em grande parte, fruto da desobediência dos Judeus quanto às palavras do Senhor, acima exaradas.



Vemos na passagem de Levíticos que Deus determinou a observância de uma ano Sabático, ou de Descanso, quando a terra descansava.



Isso devia ser observado cada 7 anos.



Ora, durante os quase 500 anos que vão da monarquia de Israel ao seu cativeiro, eles não cumpriram o preceito do Senhor.



Resultado: Deus mesmo fez a terra repousar, mantendo seus maus " Inquilinos " fora por 70 anos.



Ora, 70 anos é o total de anos Sabáticos ocorridos no espaço de 490 anos.



(IICron.36:20-21).." E os que escaparam da espada levou para a Babilônia; e fizeram-se servos dele e de seus filhos, até ao tempo do reino da Pérsia,



(V.21).." para que se cumprisse a palavra do SENHOR, pela boca de Jeremias, até que a terra se agradasse dos seus sábados; todos os dias da desolação repousou, até que os setenta anos se cumpriram.



Deus lida muito bem com pessoas e nações que quebram as suas leis, mesmo as civis, como esta que acabei de mencionar.





c) As Setentas Semanas da profecia em foco (Dn.9:24-27) são Semanas de anos; não de dias.

Eis o porque disso:



1) O original não diz " SEMANA ", e sim "SETES " (Setenta Setes).



Quando se trata de semana de dias, como em (Dn.10:2,3), é acrescentado, em hebraico, a palavra para dias: "YAMIN " .



2) É Bíblica a expressão "Semana de anos". (Ler Lv.25:8; Nm.14:34; Ez.4:7).



Aplicação prática de uma "Semana de anos" (Gn.29:20-27).



3) Os seis ditosos eventos preditos, a respeito de Israel, em (Dn.9:24), ainda não se cumpriram.



4) Em (Dn.9:27), por ocasião da última das Setenta Semanas, a Bíblia diz:



(Dn.9:27).." E ele fará firme aliança com muitos por uma Semana"

É algo ridículo um pacto entre nações por uma Semana de dias, quando somente o protocolo e as celebrações muitas vezes tomam mais de uma Semana.



d) A autenticidade desta profecia (Dn.9:24-27) foi atestada por Jesus, em (Mateus.24:15), onde Ele mostra que a última das Setenta Semanas é ainda futura, uma vez que o fato ali citado por Jesus ainda não ocorreu depois que Ele proferiu aquelas palavras.





5. A Divisão das 70 Semanas em Três Grupos.



(V.25).." Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as ruas e as tranqueiras se reedificarão, mas em tempos angustiosos.



(V.26).." E, depois das sessenta e duas semanas, será tirado o Messias e não será mais; me o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas assolações.



(V.27).."E ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e, na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador.



A leitura acima efetuada mostra que as Semanas estão divididas em (3) Três grupos.



Sendo Semanas de anos, totalizam 490 anos.



Os (3) Três grupos são:



a) Um de 7 semanas.

b) Um de 62 semanas.

c) E uma de uma semana..



Comparando-se (Apocalipse.12:6 com 13:5) vê-se que o ano Bíblico ou profético é de 360 dias, pois 1.260 dias dá 42 meses de 30 dias.



Também em (Genesis.7:11 e 8:4) temos a expressão "Cinco Meses", e em (Genesis.7:24 e 8:3, vemos que esses cinco meses eqüivalem a 150 dias, ou seja, 5 meses de 30 dias, o que significa anos de 360 dias na Bíblia.



O calendário religioso de Israel era lunar.

A lua nova marcava o início dos meses, sendo essa uma ocasião festiva.

Esse ano era de 354 dias, mas nos fatos gerais e nas profecias era arredondado para 360 dias.

O calendário solar é posterior, e é relacionado comas estações do ano.







a) O Primeiro Grupo de Semanas - 7 semanas ou 49 anos. (Dn.9:25).



Esse período começaria com a expedição do decreto de reconstrução de Jerusalém, o qual foi baixado em 45 a C por Artaxerxes Longímano, de acordo com as maiores autoridades no assunto.



Em (Neemias.2) descreve a ocasião desse decreto; Neemias foi comissionado pelo rei para dar cumprimento a esse ato.



De acordo com a profecia em estudo, no fim dos 49 anos a cidade de Jerusalém estaria reconstruída (ano 397 aC).



Houve dois decretos ligados à reconstrução de Jerusalém, que muitos estudiosos da Bíblia confundem.



• Um em 457 aC, de embelezamento do templo e restauração do culto, a cargo de Esdras (Ed.7).

• O outro foi o da reconstrução dos muros e, portanto, da cidade, a cargo de Neemias.



É deste que estamos tratando - foi baixado o ato em 445 aC.



A partir daí, começaria a contagem das (70) Setenta Semanas Proféticas.





b) O Segundo Grupo de Semanas - 62 Semanas ou 434 anos (Dn.9:25-26).



Nesse período surge o Messias e é morto.



A cidade de Jerusalém é destruída e há guerras até i fim.



Os 434 anos vão de 397 aC, até os dias da morte de Jesus Cristo.



Logo depois ocorreu a destruição de Jerusalém pelos Romanos, em 70 dC.



(V.26).." E, depois das sessenta e duas semanas, será tirado o Messias e não será mais; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas assolações.



Conforme o versículo acima, após a morte de Jesus seguiu-se a destruição de Jerusalém.



Assim, de acordo com a profecia lida (V.26), o Messias morreria antes da destruição da cidade, o que de fato ocorreu.



Um retrospecto histórico do nosso calendário.



O nosso calendário, isto é, o que está em uso entre nós, foi primeiramente organizado por Rômulo, tido como o primeiro rei de Roma.



Tinha (10) dez meses. Numa Pompílio - outro rei de Roma - acrescentou-lhe dois meses.

Júlio César reformou-o posteriormente.



Em 526 dC. Dionísio elaborou novo calendário, mas enganou-se nos cálculos, resultando um erro de atraso de quase 5 anos.



O ano 33 do atual calendário corresponde ao 29 do calendário correto, mas inexistente.



Não vamos tratar desse assunto minuciosamente, mas o estudante que ignorar isso ver-se-á em complicações quando quiser situar a revelação divina no tempo, quando lidar com os tempos do Novo Testamento.





c) O Terceiro Grupo de Semanas - o de uma semana, isto é 7 anos. (Dn.9:27).



(V.27).."E ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e, na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador.



Esta semana que lemos acima (V.27) é Futura.



Para ver isso é bastante comparar o (Dn.9:27) com as palavra de Jesus em....



(Mateus.24:15).." Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo (quem lê, que entenda),



Portanto esse assunto ainda não se cumpriu, mas seguramente se cumprirá.



Esta última Semana não começará enquanto Israel estiver fora da sua terra, disperso, o que pode ser visto em....



(V.26).." E, depois das sessenta e duas semanas, será tirado o Messias e não será mais; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas assolações.



No começo desse século, Israel iniciou a volta à Palestina e continua o retorno enquanto escrevo estas linhas (Ver o Estudo: O Arrebatamento da Igreja, e Israel, o Relógio Escatológico de Deus, (basta pedir e eu mando).



Há um intervalo de tempo entre 69a e a 70a Semanas indicando no (Dn.9:26), pela expressão " e até o fim " .

Neste intervalo (Que já vai para 2.000 anos), enquanto Israel é rejeitado...



(Lc.13:34-35)..." Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e não quiseste?



(V.35).." Eis que a vossa casa se vos deixará deserta. E em verdade vos digo que não me vereis até que venha o tempo em que digais: Bendito aquele que vem em nome do Senhor!



Portanto nesse intervalo que Israel é rejeitado a Igreja é formada e Arrebatada para o céu.



Realmente, à luz de (Dn.9:24), a profecia das Setenta Semanas nada tem com a Igreja, a não ser indiretamente, como já mostrei, no caso do Intervalo: "e até o fim ".





Após o Arrebatamento da Igreja terá inicio então a 70a Semana - os (7) Sete anos em que ocorrerá a Grande Tribulação, a qual é descrita em detalhes em Apocalipse capítulos 6 a 18.



É assombrosa a precisão da profecia Bíblica!

Pergunta

Existe um Deus maior que o nosso?????





6. Análise resumida das Setenta Semanas.



Essas Semanas tratam das provações e sofrimentos pelos quais Israel terá de passar antes que o seu libertador apareça, para que, como diz o final do (V.24) da profecia em estudo, os pecados de Israel tenham fim, e para trazer a justiça eterna.



(Dn.9:24).." Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e ungir o Santo dos santos.



Estas "Semanas" não se referem à Igreja, mas a Israel.

Porque?

(Dn.9:24).." Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo (O povo de Daniel, Judeus) e sobre a tua santa cidade (A cidade de Jerusalém).





a) "Setenta Semanas estão determinadas".

Terão seu fiel cumprimento, pois estão determinadas por Deus.



b) As seis coisas preditas, que estão para acontecer durante as Setenta Semanas (Ou 490 anos) a Israel.



1) "Fazer cessar a transgressão" . O tipo de transgressão do seu povo, que Daniel acabava de confessar em Oração.



2) "Dar fim aos pecados". O sentido original é de deter, restringir. O mesmo vocábulo original é traduzido " Tornar inativo" .



3) "Expiar a iniquidade". A obra realizada por Cristo no Calvário operará então em favor de Israel.



4)"Trazer a justiça eterna". Isto terá lugar em Israel pela transformação interior, conforme o que está escrito em...(Jr.31:33-34)



5) "Selar a visão e a profecia". Quando o povo andar em retidão, abandonando as suas transgressões, a visão e a profecia podem ser seladas..(Jr.31:34).



6) "Ungir o Santo dos santos". Certamente isto tem a ver com a purificação do templo de Jerusalém que foi profanado pela "Abominação desoladora" mencionada em...



(Dn.11:31).." E 8sairão a ele uns braços, que profanarão o santuário e a fortaleza, e tirarão o contínuo sacrifício, estabelecendo a abominação desoladora.



E à qual se referiu Jesus em....



(Mt.24:15).." Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo (quem lê, que entenda)





c) Estas seis coisas, para terem lugar, necessário se faz que Cristo venha e que Israel seja restaurado e convertido.



(Dn.9:25).." Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as ruas e as tranqueiras se reedificarão, mas em tempos angustiosos.



1) "Desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém". Aqui temos a indicação do tempo em que começaria a primeira Semana.



Essa ordem ou decreto, como já falei (Ne.2:1), foi entregue a Neemias para sua execução no ano 445 aC.



2) "Até o Messias, sete semanas e sessenta e duas semanas". Isso totaliza 69 semanas de anos, ou seja, 483 anos.



É o tempo que vai da reconstrução de Jerusalém pelos repatriados até a morte e ascensão do Messias.



(Dn.9:26).." E, depois das sessenta e duas semanas, será tirado o Messias e não será mais; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas assolações.



a) "Sessenta e duas semanas". A isso acrescentem-se mais as 7 semanas do (Dn.9:25), como que perfaz 69 semanas até a morte e ascensão de Jesus.



b) "Será tirado o Messias". (Ou morto o Ungido (ARA) Vamos ler (Isaias.53:8) onde isso é mais bem explicado).



(Isaias.53:8).." Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes e pela transgressão do meu povo foi ele atingido.



c) "E não será mais". (E já não estará (ARA) Vamos ler (Mateus.23:39).



(Mt.26:39).." Porque eu vos digo que, desde agora, me não vereis mais, até que

digais: Bendito o que vem em nome do Senhor!



d) " e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário". Jerusalém foi destruída no ano 70 dC.



O povo que a destruiu foi o romano. Logo, de acordo com as palavras deste versículo, é de área do antigo Império Romano que deve proceder o futuro Anticristo.



Essa área incluía a Grécia, que era parte do dito império, bem como os demais territórios situados em todo o contorno do mar Mediterrâneo.



e) "O seu fim" . Isto é , o fim da cidade (Jerusalém) e seu santuário (O templo).



Isso fala de sua destruição no ano 70 d C, à qual já me referi.



f) "Será como num diluvio". Isto é, será irresistível e esmagador, assim como foi quando Tito, o General, arrasou a cidade e o povo, com suas tropas.



g) "E até o fim haverá guerra". Esse tempo indefinido entre as Semanas 69a e 70a não é contado como parte delas como está bem claro mediante o exame dos versículos 26 e 27.



Tal tempo não determinado: "Até o fim", já vai para 2.000 anos! É esse tempo em que a Igreja está sendo constituída, edificada, e preparada para ser Arrebatada da Terra para o céu.



Os eventos desse tempo não concernem a " Teu povo e tua santa cidade" (isto é, de Daniel).



Por que o tempo chamado "Até o fim", situado entre a 69a e a 70a semana não é contado quanto a Israel?????



'E pelo fato de Israel durante esse tempo estar fora de sua terra, o que ocorreu após o ano 70 dC. Até 1.948.

Mas o certo é que há ainda muitos milhões de Judeus fora da Palestina.





h) "Desolações são determinadas". Os tempos do fim serão caracterizados por guerras e suas misérias.







(Dn.9:27).." E ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e, na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador.



Cinco coisas terão lugar durante a última "Semana", os sete anos de ascendência do Anticristo:

a) O Anticristo fará uma aliança de peso, com os judeus, por sete anos. Note as palavras da profecia "Fará firme aliança".



b) A aliança ele (O Anticristo) a quebrará no meio da semana, isto é, decorridos três anos e meio.



c) A Grande Tribulação terá inicio sobre Israel. "Sobre a asa das abominações virá o assolador".



d) O Anticristo dominará "Até que a destruição....se derrame sobre ele".



d) Cristo aparecerá para destruir o Anticristo e suas hostes, livrando assim Israel da destruição total quando toda esperança de salvação estiver perdida..."Até que a destruição que está determinada, se derrame sobre ele". Isso ocorrerá na Batalha do Armagedom...(Ver estudo sobre O Arrebatamento da Igreja Israel, o Relógio Escatologico de Deus).





OBSERVAÇÕES SOBRE O (V.27):



(Dn.9:27).." E ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e, na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador.



a) "Ele". Trata-se do Anticristo.



b) "Fará firme aliança". Deve ser uma falsificação do divino concerto prometido por Deus em (Jr.31;31-333).



c) "Com muitos ". Uma referencia ao povo de Israel, já reunido em sua terra.



d) "Por uma semana". É a última das Setentas Semanas proféticas , que terá lugar na terra, após o Arrebatamento da Igreja.



e) "Na metade da Semana". Isto é, após três anos e meio (Ler Daniel.7:24-25; Apocalipse.11:2-3; 12:6,14; 13:5).



Nos últimos três anos e meio ocorre a Grande Tribulação propriamente dita, de que falou Jesus em (Mt.24).



Disso também se ocupa o livro de Apocalipse, nos capítulos 11 ao 18.



f) "Fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares". Isso demonstra que o templo de Jerusalém estará então reconstruído.



Disso faliu Jesus em (Mt.24:15b ( Está no lugar santo"). Ver também 2Ts.2:3-4).



g) "Sobre a asa das abominações". Esta expressão é de mui difícil interpretação. O termo "Abominação" muito usado na Bíblia para significar ídolos.

Comparando-se as passagens de Dn.11:31; 12:11 e Mt.24:15, vê-se que se trata de um ídolo que será colocado no lugar Santo do templo, que estará então reconstruído.

Outras passagens que falam da reconstrução do templo são 2Ts.2:4 e Ap.11:1-2



h) "Virá o assolador". Uma referencia ao Anticristo.



i) "Até que a destruição, que está determinada se derrame sobre ele". Essas palavras da profecia referem-se à derrota total e completa do Anticristo e seus exércitos confederados, ao descer Jesus em Glória sobre o Monte Das Oliveiras, conforme está registrado em (Zac.14:1-5; Mt.24:30; Atos.1:11; Ap.19:11-16).



Sim a última semana culminará com a vinda de Jesus em gloria com todos os seus santos para socorrer Israel, destruir a Besta e seus exércitos, e julgar as nações.



Virá em seguida o Milênio, que será uma preparação do mundo por mil anos, sob o governo de Cristo, seguindo-se o juízo Final ou do Grande Trono Branco, e o perfeito Estado Eterno, conforme...



(1Co.15:24-25).." Depois, virá o fim, quando tiver entregado o Reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo império e toda potestade e força.



(V.25).." Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés.



(Ap.20:5-6).." Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição.



(V.6).." Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele mil anos.





É com o Milênio que terá início o cumprimento das seis bênçãos de Deus sobre Israel, preditas no Versículo 24 da profecia que acabamos de estudar.



(Dn.9:24).." Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e ungir o Santo dos santos.





AO ÚNICO DEUS, SÁBIO, SEJA DADA GLÓRIA POR JESUS CRISTO PARA TODO O SEMPRE.

AMÉM


OBS: Este artigo eu recebi por e-mail de um amigo...Não sou o autor, e desconheço quem é....Se o autor quiser pode se manifestar que postarei o seu nome.

Joao Augusto.

0 O período Intertestamentário (Interbiblico)

O período Intertestamentário (Interbiblico)


O PERÍODO INTERTESTAMENTÁRIO

I. Desenvolvimento Político





A Expressão “400 anos de silêncio”, freqüentemente empregada para descrever o período entre os últimos eventos do A.T. e o começo dos acontecimentos do N.T. não é correta nem apropriada. Embora nenhum profeta inspirado se tivesse erguido em Israel durante aquele período, e o A.T. já estivesse completo aos olhos dos judeus, certos acontecimentos ocorreram que deram ao judaísmo posterior sua ideologia própria e, providencialmente, prepararam o caminho para a vinda de Cristo e a proclamação do Seu evangelho.

Supremacia Persa



Por cerca de um século depois da época de Neemias, o império Persa exerceu controle sobre a Judéia. O período foi relativamente tranqüilo, pois os persas permitiam aos judeus o livre exercício de suas instituições religiosas. A Judéia era dirigida pelo sumo sacerdotes, que prestavam contas ao governo persa, fato que, ao mesmo tempo, permitiu aos judeus uma boa medida de autonomia e rebaixou o sacerdócio a uma função política. Inveja, intriga e até mesmo assassinato tiveram seu papel nas disputas pela honra de ocupar o sumo sacerdócio. Joanã, filho de Joiada (Ne 12.22), é conhecido por ter assassinado o próprio irmão, Josué, no recinto do templo.

A Pérsia e o Egito envolveram-se em constantes conflitos durante este período, e a Judéia, situada entre os dois impérios, não podia escapar ao envolvimento. Durante o reino de Artaxerxes III muitos judeus engajaram-se numa rebelião contra a Pérsia. Foram deportados para Babilônia e para as margens do mar Cáspio.

Alexandre, o Grande



Em seguida à derrota dos exércitos persas na Ásia Menor (333 AC), Alexandre marchou para a Síria e Palestina. Depois de ferrenha resistência, Tiro foi conquistada e Alexandre deslocou-se pra o sul, em direção ao Egito. Diz a lenda que quando Alexandre se aproximava de Jerusalém o sumo sacerdote Jadua foi ao seu encontro e lhe mostrou as profecias de Daniel, segundo as quais o exército grego seria vitorioso (Dn 8). Essa narrativa não é levada a sério pelos historiadores, mas é fato que Alexandre tratou singularmente bem aos judeus. Ele lhes permitiu observarem suas leis, isentou-os de impostos durante os anos sabáticos e, quando construiu Alexandria no Egito (331 AC), estimulou os judeus a se estabelecerem ali e deu-lhes privilégios comparáveis aos seus súditos gregos.

A Judéia sob os Ptolomeus



Depois da morte de Alexandre (323 AC), a Judéia, ficou sujeita, por algum tempo a Antígono, um dos generais de Alexandre que controlava parte da Ásia Menor. Subseqüentemente, caiu sob o controle de outro general, Ptolomeu I (que havia então dominado o Egito), cognominado Soter, o Libertador, o qual capturou Jerusalém num dia de sábado em 320 AC Ptolomeu foi bondoso para com os judeus. Muitos deles se radicaram em Alexandria, que continuou a ser um importante centro da cultura e pensamento judaicos por vários séculos. No governo de Ptolomeu II (Filadelfo) os judeus de Alexandria começaram a traduzir a sua Lei, i.e., o Pentateuco, para o grego. Esta tradução seria posteriormente conhecida como a Septuaginta, a partir da lenda de que seus setenta (mais exatamente 72 – seis de cada tribo) tradutores foram sobrenaturalmente inspirados para produzir uma tradução infalível. Nos subseqüentes todo o Antigo Testamento foi incluído na Septuaginta.

A Judéia sob os Selêucidas



Depois de aproximadamente um século de vida dos judeus sob o domínio dos Ptolomeus, Antíoco III (o Grande) da Síria conquistou a Síria e a Palestina aos Ptomeus do Egito (198 AC). Os governantes sírios eram chamados selêucidas porque seu reino, construído sobre os escombros do império de Alexandre, fora fundado por Seleuco I (Nicator).

Durante os primeiros anos de domínio sírio, os selêucidas permitiram que o sumo sacerdote continuasse a governar os judeus de acordo com suas leis. Todavia, surgiram conflitos entre o partido helenista e os judeus ortodoxo. Antíoco IV (Epifânio) aliou-se ao partido helenista e indicou para o sacerdócio um homem que mudara seu nome de Josué para Jasom e que estimulava o culto a Hércules de Tiro. Jasom, todavia, foi substituído depois de dois anos por uma rebelde chamado Menaém (cujo nome grego era Menelau). Quando partidários de Jasom entraram em luta com os de Menelau, Antíoco marcho contra Jerusalém, saqueou o templo e matou muitos judeus (170 AC). As liberdades civis e religiosas foram suspensas, os sacrifícios diários forma proibidos e um altar a Júpiter foi erigido sobre o altar do holocausto. Cópias das Escrituras foram queimadas e os judeus foram forçadas a comer carne de porco, o que era proibido pela Lei. Uma porca foi oferecida sobre ao altar do holocausto para ofender ainda mais a consciência religiosa dos judeus.

Os Macabeus

Não demorou muito para que os judeus oprimidos encontrassem um líder para sua causa. Quando os emissários de Antíoco chegaram à vila de Modina, cerca de 24 quilômetros a oeste de Jerusalém, esperavam que o velho sacerdote, Matatias, desse bom exemplo perante o seu povo, oferecendo um sacrifício pagão. Ele, porém, além de recusar-se a fazê-lo, matou um judeu apóstata junto ao altar e o oficial sírio que presidia a cerimonia. Matatias fugiu para a região montanhosa da Judéia e, com a ajuda de seus filhos, empreendeu uma luta de guerrilhas contra os sírios. Embora os velho sacerdote não tenha vivido para ver seu povo liberto do jugo sírio, deixou a seus filhos o término da tarefa. Judas, cognominado “o Macabeu”, assumiu a liderança depois da morte do pai. Por volta de 164 AC Judas havia reconquistado Jerusalém, purificado o templo e reinstituído os sacrifícios diários. Pouco depois das vitórias de Judas, Antíoco morreu na Pérsia. Entretanto, as lutas entre os Macabeus e os reis selêucidas continuaram por quase vinte anos.

Aristóbulo I foi o primeiro dos governantes Macabeus a assumir o título de “Rei dos Judeus”. Depois de um breve reinado, foi substituído pelo tirânico Alexandre Janeu, que, por sua vez, deixou o reino para sua mãe, Alexandra. O reinado de Alexandra foi relativamente pacífico. Com a sua morte, um filho mais novo, Aristóbulo II, desapossou seu irmão mais velho. A essa altura, Antípater, governador da Iduméia, assumiu o partido de Hircano, e surgiu a ameaça de guerra civil. Conseqüentemente, Roma entrou em cena e Pompeu marchou sobre a Judéia com as suas legiões, buscando um acerto entre as partes e o melhor interesse de Roma. Aristóbulo II tentou defender Jerusalém do ataque de Pompeu, mas os romanos tomaram a cidade e penetraram até o Santo dos Santos. Pompeu, todavia, não tocou nos tesouros do templo.

Roma



Marco Antônio apoiou a causa de Hircano. Depois do assassinato de Júlio Cesar e da morte de Antípater (pai de Herodes), que por vinte anos fora o verdadeiro governante da Judéia, Antígono, o segundo filho de Aristóbulo, tentou apossar-se do trono. Por algum tempo chegou a reina em Jerusalém, mas Herodes, filho de Antípater, regressou de Roma e tornou-se rei dos judeus com apoio de Roma. Seu casamento com Mariamne, neta de Hircano, ofereceu um elo com os governantes Macabeus.

Herodes foi um dos mais cruéis governantes de todos os tempos. Assassinou o venerável Hircano (31 AC) e mandou matar sua própria esposa Mariamne e seus dois filhos. No seu leito de morte, ordenou a execução de Antípater, seu filho com outra esposa. Nas Escrituras, Herodes é conhecido como o rei que ordenou a morte dos meninos em Belém por temer o Rival que nascera para ser Rei dos Judeus.

II. Grupos Religiosos dos Judeus



Quando, seguindo-se à conquista de Alexandre, o helenismo mudou a mentalidade do Oriente Médio, alguns judeus se apegaram ainda mais tenazmente do que antes à fé de seus pais, ao passo que outros se dispuseram a adaptar seu pensamento às novas idéias que emanavam da Grécia. Por fim, o choque entre o helenismo e o judaísmo deu origem a diversas seitas judaicas.

Os Fariseus



Os fariseus eram os descendentes espirituais dos judeus piedosos que haviam lutado contra os helenistas no tempo dos Macabeus. O nome fariseu, “separatista”, foi provavelmente dado a eles por seu inimigos, para indicar que eram não-conformistas. Pode, todavia, ter sido usado com escárnio porque sua severidade os separava de seus compatriotas judeus, tanto quanto de seus vizinhos pagãos. A lealdade à verdade às vezes produz orgulho e ate mesmo hipocrisia, e foram essas perversões do antigo ideal farisaico que Jesus denunciou. Paulo se considerava um membro deste grupo ortodoxo do judaísmo de sua época. (Fp 3.5).

Saduceus



O partido dos saduceus, provavelmente denominado assim por causa de Zadoque, o sumo sacerdote escolhido por Salomão (1Rs 2.35), negava autoridade à tradição e olhava com suspeita para qualquer revelação posterior à Lei de Moisés. Eles negavam a doutrina da ressurreição, e não criam na existência de anjos ou espíritos (At 23.3). Eram, em sua maioria, gente de posses e posição, e cooperavam de bom grado com os helenistas da época. Ao tempo do N.T. controlavam o sacerdócio e o ritual do templo. A sinagoga, por outro lado, era a cidadela dos fariseus.

Essênios



O essenismo foi uma reação ascética ao externalismo dos fariseus e ao mudanismo dos saudceus. Os essênios se retiravam da sociedade e viviam em ascetismo e celibato. Davam atenção à leitura e estudo das Escrsturas, à oração e às lavagens cerimoniais. Suas posses eram comuns e eram conhecidos por sua laboriosidade e piedade. Tanto a guerra quanto a escravidão era contrárias a seus princípios.

O mosteiro em Qumran, próximo às cavernas em que os Manuscrito do Mar Morto foram encontrados, é considerado por muitos estudiosos como um centro essênio de estudo no deserto da Judéia. Os rolos indicam que os membros da comunidade haviam abandonado as influências corruptas das cidades judaicas para prepararem, no deserto, “o caminho do Senhor”. Tinham fé no Messias que viria e consideravam-se o verdadeiro Israel para quem Ele viria.

Escribas



Os escribas não eram, estritamente falando, uma seita, mas sim, membros de uma profissão. Eram, em primeiro lugar, copista da Lei. Vieram a ser considerados autoridades quanto às Escrituras, e por isso exerciam uma função de ensino. Sua linha de pensamento era semelhante à dos fariseus, com os quais aparecem freqüentemente associados no N.T.

Herodianos



Os herodianos criam que os melhores interesses do judaísmo estavam na cooperação com os romanos. Seu nome foi tirado de Herodes, o Grande, que procurou romanizar a Palestina em sua época. Os herodianos eram mais um partido político que uma seita religiosa.

A opressão política romana, simbolizada por Herodes, e as reações religiosas expressas nas reações sectárias dentro do judaísmo pré-cristão forneceram o referencial histórico no qual Jesus veio ao mundo. Frustrações e conflitos prepararam Israel para o advento do Messias de Deus, que veio na “plenitude do tempo” (Gl 4.4)



Adaptado de “From Malachi to Matthew”, de Charles F. Pfeiffer.

Fonte: “A Bíblia Anotada”
 

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