quarta-feira, 8 de junho de 2011

0 Artigo – A ética cristã no culto a Deus no templo




Artigo
A ética cristã no culto a Deus no templo


     Ética é a ciência que nos ensina sobre o que somos obrigados a fazer, e o que somos proibidos de fazer. Em suma, é a ciência que trata dos nossos deveres para com Deus, o próximo e nós mesmos. Neste artigo, nosso objetivo é aplicar esses princípios no campo espiritual, relacionando-os com o culto divino.
     A primeira coisa a ser dita sobre o assunto é que toda adoração a Deus requer de nós um preço a ser pago. Adoração sem preço, sem renúncia, sem exigência, não é verdadeira adoração (2 Sm 24.24). Sempre existiram dois tipos de adoradores: os bons e os maus. Por exemplo: Abel e Caim (Gn 4), Judas e Maria (Jo 12) e Ló e Abraão (Gn 18). O assunto que vou abordar relaciona-se com o melhoramento do culto divino: sua ordem, reverência e espiritualidade, especialmente no templo.
     Esse tipo de matéria é difícil para o articulista, porque leva alguém a pensar que ele é perfeito, exemplo em tudo o que fala e escreve. Portanto, para mim, que sou grandemente falho em tudo, é-me muito difícil fazer o que estou fazendo. (eu que transcrevo para vós, faço minhas as palavras ao articulista).
     De qualquer maneira, alguém terá que falar independente de ser perfeito ou infalível, porque, se fosse assim, teríamos de dispensar todos os juízes, todos os delegados, todos os agentes da lei, porque todos são falhos. Mas, quem quer dispensá-los? Cada vez mais precisamos desses agentes da lei, apesar de suas falhas.
     É baseado nesse princípio, que resolvi escrever sobre a desordem na casa de Deus, a falta de ética que ocorre no culto divino. Não é que eu seja um espelho (digo o mesmo), um modelo, um perfeito exemplo. Também não me tenham como fariseu, sectário, implicante, intransigente. O que ocorre comigo, deve ocorrer com você, que ama a casa de Deus. Trata-se do cumprimento do que está escrito em João 2.17: “O zelo da tua casa me devorará”.
     Todos os salvos têm uma parcela de responsabilidade na obra de Deus, e isso inclui a cooperação para a boa ordem do culto. Há necessidade de que cada um sinta dores de coração, angústia e preocupação pelo estado de coisas porque passa o culto divino em nossas casas de oração atualmente. Ou os irmãos acham que o que está ocorrendo em nossos cultos deveria ficar como está? Não! Está na hora de um BASTA! Em nome de Jesus e através da oração, jejum, cooperação e providências em cada um. É preciso pôr termo às anormalidades que vêm ocorrendo em todas as fases do culto, na maioria das igrejas, congregações e pontos de pregação.
Atitudes impróprias no púlpito
1.       Contar gracejos, anedotas ou usar vocabulários vulgares. Não confundir essas coisas com ilustrações adequadas.
2.       Falar gritando o tempo todo. Para que serve o microfone? Há crentes e não crentes que já deixaram de frequentar certas igrejas porque seus ouvidos não suportam mais o barulho louco e constante do pregador, dos hinos e dos instrumentos como todo volume. Isso nunca foi louvar a Deus. Estão muito enganados os que pensam que é.
3.       Fazer uma leitura bíblica para a pregação e nunca mais voltar a ela.
4.       Emitir cacoetes fônicos, como “eh”, “ah”, quando fica em dúvida, numa pausa forçada, indeciso ou em dificuldade, ou quando lê mal.
5.       Ao subir a plataforma, a pessoa convidada a falar não deve apertar a mão de todos lá. O fato de ser convidado a falar ou cantar já dispensa o ato de apertar a mão de quem quer que seja. Ao chegar à plataforma, basta um leve aceno respeitoso com a cabeça ou com a mão.
6.       Não aplicar truques aos pecadores ao fazer o apelo. Pessoas há por aí que hoje não vão aos cultos por causa de vexame sofrido em público por parte do pregador. Por falar em apelo, este deveria ser feito estando os crentes com suas cabeças curvadas em oração.
7.       Quem chega à plataforma para falar não deve usar de mecanismo para com para com os crentes. Exemplo: dizer “A paz do Senhor”! e repetir isso até que haja eco suficiente para agradá-lo. É também o caso do uso indevido, descabido e intempestivo de expressões sagradas, como “Aleluia!”, “Amém!” e “Glória da Deus!”.
8.       Não dar oportunidade a desconhecidos para falar ou cantar. Você está sujeito a vexame, o público ficará escandalizado, a igreja ficará envergonhada e tudo isso ocorrerá por sua conta! Sim,por conta de quem está dirigindo o culto.
9.       Não conversar no púlpito, não despachar expediente, não sair do seu lugar, a não ser numa emergência.
10.    Se você não é o pregador do culto, dose seu tempo quando for convidado a falar. Quando o dirigente do culto convidá-lo para uma “saudação”, isso não deve levar mais de cinco minutos. Tratando-se de “saudação ou rápido testemunho” não é obrigado a ler a Bíblia. Se é “uma palavra”, isso não dele levar mais do que dez minutos. O ideal é que uma pregação não ultrapasse 45 minutos.
11.    Evite o uso de bateria nos cânticos de apelo, que deve ter música suave e em tom brando.
A conduta da congregação
1)       A eficácia do púlpito para uma mensagem poderosa depende muito da atitude da congregação durante o culto sagrado.
2)       O crente deve fazer no púlpito aquilo ao dirigente para fazer. Muitos são chamados para dar um testemunho rápido e acabam pregando e, ainda por cima, cantam mais um hino. Muitos pedem para cantar e acabam pregando também, ou então intercalam testemunho e cântico. Isso é impróprio, sendo uma maneira de iludir a boa fé do pastor. Outros vão cantar, mas não dizem quantos hinos vão cantar, e então cantam vários hinos. Isso também está errado em se tratando do culto, onde deve haver equilíbrio.
3)       Quando o coral ou o conjunto cantar, se você não é corista nem integrante do conjunto não cante, porque isso prejudica a execução do coral ou conjunto. Se você conhece o hino que o coral está cantando, cante intimamente ou então ingresse no coral ou conjunto. Pior é o que constatamos ocorre com solistas, que sem pedirem nada a ninguém, quando ele ou ela menos espera, está “acompanhado” de um bom número de “auxiliares”, e geralmente desafinados.
A mesma coisa acontece com os irmãos que tocam instrumentos. Se o cantor (ou conjunto) quisesse acompanhamento, eles o solicitariam antes.
4)       Irmãos chamados para ler a Bíblia (leitura oficial) acabam falando outras coisas também. Se você foi convidado só para ler a Bíblia, faça somente isso. Não tome liberdades. Não se ponha a falar nada mais.
5)       Não copie o modelo de outros pregadores, porque isso jamais dará certo. Procurar sempre melhorar, isso sim; mas imitar os outros, não; porque assim você perde a sua individualidade, a sua identidade; que é a sua marca registrada.
Quando você tenta ser aquilo que não é, imitando alguém, você perde aquilo que caracteriza você.
OBS: Algumas dessas normas seguem a liturgia da Assembleia de Deus no Brasil, e é lógico não são obrigatórias a todos os ministérios.
Algumas regras se aplicam a igreja, ao pregador, ao dirigente do culto (seja ele o pastor local ou não), ao pastor da igreja e aos membros individualmente. Veja quais se aplicam melhor as suas necessidades. EU JÁ ABORVI AS MINHAS.
      Na paz de Cristo,
                                        João Augusto de Oliveira.

Este artigo foi escrito pelo ilustríssimo pastor e teólogo assembleiano “Pastor Antônio Gilberto”. Artigo escrito para o jornal “Mensageiro da Paz” (jornal assembleiano).

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