sexta-feira, 29 de julho de 2011

2 Desculpem, mas não creio!




Não creio num Evangelho sem cruz, sem Cristo e sem calvário.

Não creio num Evangelho sem sofrimentos, considerando que Jesus sofreu, os apóstolos e pais da Igreja sofreram; não posso crer num Evangelho sem sofrimento.

Também não creio num Evangelho masoquista, que prega um eterno sofrimento, que nunca tem fim.

Não posso crer num Evangelho sem compromisso. A tônica do seguidor de Cristo é “uma vida de compromisso”. Com a família, com a empresa, com a Igreja e com Deus.

Não consigo crer num Evangelho que prega a aotopromoção, o sucesso pesssoal, a barganha com Deus e a quebra da maldição hereditaria.

Não creio num Evangelho que diz que Jesus precisa de uma flor ungida, um tijolinho abençoado, terra de Jerusalém, etc. Para pode abençoar o cristão.

Não posso acreditar num Evangelho que não transforma, não leva o ser humano a nascer de novo e a uma mudança de vida radical.

Um Evangelho assim não pode ser:

O Evangelho que o apóstolo Paulo anunciava:Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema.” (Gl 1.8)

O Que Pedro defendia: “Aos quais foi revelado que não para si mesmos, mas para vós, eles ministravam estas coisas que agora vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho; para as quais coisas os anjos bem desejam atentar.” (1 Pe 1.12)

O Que Jesus proclamou: “E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino, e curando todas as doenças e enfermidades entre o povo” (Mc 4.23)

Em Cristo,

                    João Augusto de Oliveira






quarta-feira, 27 de julho de 2011

0 A questão do nome de Deus




A questão do nome de Deus

QUAL É O NOME DE DEUS?

Estaremos abordando alguns tópicos a respeito do nome divino, como a origem do nome Jeová, o que é o tetragrama, etc.

As Testemunhas de Jeová alegam ser eles a única religião que usa o nome divino, a única que santifica o nome de Deus. No livro "PODERÁ VIVER PARA SEMPRE NO PARAÍSO", pág. 184 diz: "Como identificar uma religião verdadeira"; ali eles apresentam cinco características de uma religião verdadeira. A primeira é "SANTIFICAR O NOME DE DEUS".

Para eles, santificar o nome de Deus é chamar Deus pelo nome e divulgá-lo, mencionando Mt 6.9 e Jo 17.6. É importante deixar claro que apesar de Jesus ter dito "Tenho feito manifesto o teu nome", Ele nunca chamou Deus de Jeová.

Por que Jesus nunca chamou Deus de Jeová, ou melhor, dizendo, nunca pronunciou o Seu nome, sendo que as Testemunhas de Jeová alegam que é importante chamar Deus pelo nome?

Eles alegam também que toda pessoa tem um nome, então é lógico que Deus também tenha um nome; dizem também que o nome é para diferenciar o Deus criador dos deuses falsos. Por exemplo: como Deus pode ouvir sua oração se você chamá-lo pelo título "Deus", sabendo que existem outros deuses? Assim Ele não saberia quem você estaria invocando. Isto é um absurdo, caro leitor!

Será que Deus tem um único nome, ou tem outros nomes que nós podemos usá-los para nos referir a Ele? As Testemunhas de Jeová respondem. Livro Jeová, pág. 8:

"Jeová, o imortal... Ele tem se revelado as suas criaturas pelo seu nome Jeová; pelo seu nome Deus...; pelo seu nome Todo-Poderoso...pelo seu nome Altíssimo".


II. A QUESTÃO DA PRONÚNCIA


Algumas informações preliminares para o caro leitor:

No hebraico escrevia-se somente com consoantes; as vogais eram somente pronunciadas, isto é, as vogais eram transmitidas, através das gerações do povo de Israel, oralmente e não de forma escrita, visto que a escrita da língua hebraica possuía apenas as consoantes.

Naquele período era fácil para o judeu porque a língua hebraica era uma língua cotidiana, então eles não tinham dificuldade em pronunciar as palavras. No momento da pronúncia, eles supriam corretamente as consoantes com as devidas vogais.

Depois o hebraico entrou em declínio. Por muitos anos, devido a fatores históricos inelutáveis. Somente no século VI depois de Cristo, é que começaram a surgir os "Massoretas" (do hebraico "massorah", que quer dizer "tradição") os quais instituíram um sistema de pontos e sinais representando as vogais, ou melhor, dizendo, os sons vocálicos abertos e fechados, e por isso são chamados "sinais massoréticos". Estes sinais eram colocados acima, abaixo e até mesmo dentro das consoantes. Convém frisar que essas anotações não fazem parte do texto sagrado original, visto que os manuscritos originais hebraicos são puramente consonantais.

Por essa razão, a palavra que hoje se conhece como Jeová constava unicamente de quatro letras, isto é, quatro consoantes hebraicas que transliteradas são: YHVH, conhecidas como o tetragrama. Portanto não devemos afirmar que a pronúncia do texto massorético de hoje seja exatamente a mesma dos tempos bíblicos.


III. O TETRAGRAMA YHVH


Por que os judeus não pronunciavam o nome divino?

Quando Moisés recebeu os dez mandamentos, Ex. 20.1-17, o versículo 7 - “Não tomarás o nome do YHVH teu Deus em vão: porque o YHVH não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão" - deixa claro que Deus não ia tomar por inocente o que invocasse seu nome em vão.

Quando os judeus se deparavam com YHVH, automaticamente eles pronunciavam, liam e falavam Adonay que significa Senhor.

Devido a este temor ou superstição, os judeus deixaram de pronunciar o nome divino. Portanto, não temos como saber que vogais eles usavam na pronúncia do tetragrama YHVH.

É digno de nota que as Testemunhas de Jeová reconhecem que ninguém sabe a pronúncia correta do nome divino. Você leitor pode certificar-se disso examinando a "BROCHURA” (literatura produzida pelas Testemunhas de Jeová) O NOME DIVINO QUE DURARÁ PARA SEMPRE, pág. 7 subtítulo: Como é pronunciado o nome de Deus diz: "A verdade é que ninguém sabe com certeza como o nome de Deus era pronunciado originalmente". Na mesma página, no rodapé, diz: "Portanto, é evidente que a pronúncia original do nome de Deus não mais é conhecida. Nem é realmente importante. Se fosse, o próprio Deus se teria certificado de que fosse preservada para o nosso uso".

Em outra literatura das Testemunhas de Jeová, "PODERÁ VIVER PARA SEMPRE NO PARAÍSO NA TERRA", pág. 43 parágrafo 11 encontramos: "Portanto, o problema hoje é que não temos meios de saber exatamente que vogais os hebreus usavam junto com as letras YHVH".


A INCOERÊNCIA

Vejamos o que diz a literatura "PODERÁ VIVER PARA SEMPRE NO PARAÍSO NA TERRA", pág. 185 parágrafo 5: "De fato, conhecer tal nome é necessário para a salvação, conforme diz a Bíblia, pois todo aquele que invocar o nome de Jeová será salvo" Rm. 10.13, na Tradução do Novo Mundo. Obs: as traduções do texto originais foram adulteradas na “Bíblia” das Testemunhas de Jeová visto que a palavra que aparece no original grego é KURIOS (SENHOR), que eles traduzem por Jeová.

No original grego o nome Jeová não aparece nenhuma vez sequer no Novo Testamento. As Testemunhas de Jeová acrescentaram 237 vezes o nome Jeová por conta própria. É por isso que só na Tradução do Novo Mundo - no Novo Testamento - aparece o nome Jeová. Mas quando Kurios é usado em relação a Cristo eles omitem esse fato.

Agora perguntamos a você amigo leitor: Como pode o nome de Deus não ser importante porque ninguém sabe a pronúncia e ao mesmo tempo ser necessário conhecê-lo para a salvação? Em Pv. 4.19 diz "O caminho dos ímpios é como a escuridão: nem sabem em que tropeçam".


IV. QUANDO SURGIU O NOME JEOVÁ?


No hebraico moderno do século VI depois de Cristo, os Massoretas colocaram os sinais das vogais adonay nas consoantes do tetragrama, daí em diante que os clérigos católicos começaram a tentar escrever o nome divino: Iahweh, Jehovah, Iavé e Jeová.

A partir do ano de 1514 depois de Cristo, começaram a usar o nome JEOVÁ e assim ficou conhecido e usado não porque seja a forma correta, mas por questão de ser bem mais conhecida.

Portanto, em algumas traduções João Ferreira de Almeida, revista e corrigida, antigas, ali encontram o nome Jeová (somente no Antigo Testamento). Esta é a forma incorreta. O certo é Senhor ou Iahweh que estão com as vogais de Adonay que se traduz por Senhor.


V. QUEM FORMULOU O NOME JEOVÁ?


“Por séculos tem havido um grande debate sobre a pronúncia correta do nome pessoal do Criador. Alguns tradutores modernos da Bíblia o escrevem Yawé ou Javé como sendo o mais aproximado da pronúncia correta. Entretanto, Jeová é a forma popular de pronunciá-lo em português. Na versão católica romana, em inglês, conhecida como versão de Westminster das Escrituras Sagradas, que teve como Editor-Geral o Jesuíta Cuthbert Lattey, o tradutor usa Jeová e na sua nota marginal sobre Jonas 1:1, ele diz”: Em harmonia com a preferência do editor-geral da Versão Westminster, eu emprego o nome ‘Jeová’. É bem conhecido que este certamente não é o equivalente do Nome hebraico.

Extraído do livro "SANTIFICADO SEJA O TEU NOME", pág. 17. Veja também a pág. 19.

Obs: o grifo é nosso. O uso do nome Jeová não é uma questão de transliteração e sim uma questão de preferência pessoal do editor geral.



VI. O NOME JESUS


Agora vamos verificar o que a Bíblia ensina a respeito do nome JESUS.

O nome JESUS aparece 908 vezes no Novo Testamento, o qual foi escrito em grego. Portanto, o nome JESUS é bíblico e consta no original grego.

Amigo leitor, você pode comprovar isto verificando o grego interlinear das Testemunhas de Jeová.

Observe agora como se escreve JESUS em grego: IESOUS

• O NOME JESUS APARECE NOS 27 LIVROS DO NOVO TESTAMENTO.

• O NOME JEOVÁ NÃO APARECE EM NENHUM DOS 27 LIVROS DO NOVO TESTAMENTO.


VII. JESUS, O NOME TODO PODEROSO


• Devemos ser testemunhas d’Ele - At. 1.8

• Salvação em Seu nome - At. 4.11-12; At. 16.30-31

• Pessoas são curadas em Seu nome - At. 3.6, 16

• Saulo perseguia os que invocavam Jesus - At. 9:21

• Jesus é o único Salvador - At. 13.23

• Em Seu nome expulsamos demônios - Mc. 16.14-18

• A importância do nome Jesus - Mt. 10.22, 32-33; 12.21; Mt. 18.5, 20; 24.9

• Jesus nunca chamou Deus de Jeová - Mt. 11.25; 26.39-42; Mc. 14.36; Lc. 10.21; Jo. 11.41

• Somos lavados, santificados e justificados em Seu nome - 1Co. 6.11

• Há um só Senhor: Jesus Cristo - 1Co. 8.6


VIII. CONCLUSÃO


• O nome que devemos invocar para ser salvo é Senhor Jesus. At. 16.30-31

• A Bíblia não ensina que devemos crer em alguma organização. E também não ensina qual religião devemos seguir ou filiar-se.

• A Bíblia ensina que devemos confiar, crer e obedecer somente em Jesus mediante Sua palavra.

• Jesus deixou bem claro que Ele é o único caminho, a verdade e a vida. Jo. 14;06

• Ele também disse: "e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará". Jo. 8.32

• Amigo leitor, se você é escravo de alguma organização ou religião, você pode ficar liberto agora mesmo.

Dobre o seu joelho e invoque o nome do Senhor Jesus, e confesse com a sua boca que Ele é Senhor e Salvador da sua vida. Leia João 1:12.


Fonte: Paulo Martins


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terça-feira, 26 de julho de 2011

0 Os perigosos objetivos do Teísmo Aberto




Encanto-me com a peregrinação de Atanásio (295-373dC) em prol da verdade bíblica. Vivendo num século em que a pureza doutrinal do Cristianismo era constantemente ameaçada, aprumou-se ele bravamente contra o arianismo. No concílio de Nicéia, realizado em 325, defendeu a doutrina da Santíssima Trindade de conformidade com o padrão das Sagradas Escrituras. Atanásio, reverenciado tanto no Oriente como no Ocidente, pode ser considerado o principal articulador do símbolo niceno.
Vivesse Atanásio em nossos dias, muitas dificuldades haveria de enfrentar com os proponentes do chamado “Teísmo Aberto”. Não se trata, como veremos de uma novidade; é algo tão antigo e confuso como aquelas heresias que conturbavam a Igreja de Cristo em seu nascedouro. Como definir esse desvio teológico?
O que é Teísmo Aberto?
No cristianismo nascente, não foram poucos os filósofos que, influenciados pela mensagem dos santos apóstolos, convertiam-se a Cristo. Haja vista Justino, o Mártir. Hoje, porém, deixam-se os teólogos se arrastar pela filosofia vã e extravagante, como se, diante dos inquiridores deste mundo, não tivesse o Evangelho poder algum. Antes, os filósofos faziam-se teólogos; agora, os teólogos convertem-se em filósofos, supondo estar fazendo teologia.
No que tange ao Teísmo Aberto, descobriremos não propriamente uma teologia, mas uma especulação doentiamente relativista.
1)     Definição: Originando-se da Teologia do Processo, formulada pelo Inglês Alfred North Whitehead, o Teísmo Aberto é uma doutrina, segundo a qual o Universo é governado pelo processo de mudança, determinado pelos agentes do livre-arbítrio. Logo, a autodeterminação caracteriza inclusive a Deus que, neste contexto, acha-se despojado de sua soberania, limitando-se a exercer o seu livre-arbítrio na criação de novas possibilidades.
Conhecido também como Teologia Relacional e Teologia Neoclássica, o Teísmo Aberto ensina também que, pelo fato de Deus conter o Universo, Ele também muda tanto quanto este.
2)     Princípios ideológicos – Charles Hartshorne, John Cobb e David Ray Griffin são considerados os principais formuladores do Teísmo Aberto. No Brasil, foi este introduzido por escritores oriundos de diversas vertentes denominacionais. Entre os teólogos judeus que o assumiram, encontra-se o rabino Samuel Alexander.
Objetivos do Teísmo Aberto
De acordo com Martinho Lutero, “a teologia consiste principalmente no seu uso e prática, e não na sua especulação”. Infelizmente, muitos teólogos modernos, esquecendo-se de sua vocação primacial – a glorificação do nome de Deus – transviam-se pelas trilhas da filosofia e erraram pelas veredas do relativismo moral. Buscando, agora, justificar o injustificável esforçam-se por criar um deus teologicamente correto; um deus à sua própria imagem e semelhança.
1) A criação de um deus teologicamente correto: As Sagradas Escrituras jamais se amoldarão às absurdas demandas do Teísmo Aberto. De um lado, o Deus dos profetas e dos santos apóstolos; do outro um deus plasmado segundo as conveniências de um mundo que jaz no maligno. Se o Deus dos cristãos é exclusivista e não admite compartilhar sua glória com nenhuma outra criatura. O deus dos teístas abertos é escandalosamente inclusivista: cabe em todos os credos; adequa-se a todas as religiões e assimila todas as crenças. Esse Deus tolerante e ecumênico somente não tolera a Bíblia Sagrada e os credos ortodoxos.
O deus do Teísmo Aberto, sempre teologicamente correto, embora todo-poderoso, não pode evitar um terremoto ou um inesperado tsunami; apesar de onipresente, não consegue estar em todos os lugares ao mesmo tempo; não obstante onisciente, ignora o que se esconde sobre o livre-arbítrio humano; é soberano, mas acha-se sob o império da liberdade libertária com que dotou suas criaturas.
É paradoxal e ilógico o Teísmo Aberto, como ilógicos e paradoxais são os seus proponentes. Aliás, como entender um deus todo-poderoso que não detém o poder todo? Neste caso, como leciona o professor Regis Jolivet, não temos uma negação; deparamo-nos com um vazio de ideias. É justamente em tais limbos que vem atuando o Diabo, levando os sábios o presente século a desvanecerem-se em seus discursos. Não assim o Deus da Bíblia; embora se encontre infinitamente acima da razão humana, não a contradiz. Se a Escritura afirma que Ele é o Deus Único e Verdadeiro, podemos ter certeza: além dEle não há outro deus.
2) O estabelecimento de um cristianismo ideologicamente inclusivo: Foi o Cristianismo ferozmente perseguido por Roma, por causa do caráter exclusivista da sã doutrina. O Teísmo Aberto, porém, embaído por uma hermenêutica viciada e simplista, intenta incluir, em seu condescendente corpo de doutrinas, todos os credos e crenças. Tal cristianismo não é apenas ecumênico; é secular e místico como aquelas religiões que, nascidas da Índia, desaguam no Ocidente, levando nosso mundo a reviver a idolatria e mitos.
3) A construção de uma moral pós-cristã: O que mais incomoda o Teísmo Aberto é o problema do mal. Voltando aos rudimentos da fé, problematizam: Se Deus é bom, como pode Ele permitir que sobre os  inocentes se abatam tragédias como os terremotos, pragas e fomes? Terá Deus suficiente poder a fim de evitar semelhantes males?
Deus é bom; não pode ser melhor do que é, pois infinitamente perfeito. Sendo também amor, enviou Ele o seu Unigênito para morrer a mais vergonhosa das mortes, para outorgar-nos a sua vida num mundo que jazia morto em delitos e pecados. Então, por que os males? Vêm-nos estes em consequência dos pecados de Adão e de seus descendentes. Por conseguinte, não devemos nós ser demasiados simplistas não questão do mal; sejamos, simples, entretanto, para compreender, aceitar e submeter-nos à soberana vontade de Deus.
Diante de um cego de nascença, perguntaram os discípulos a Jesus: “Quem pecou para que este nascesse cego? Ele ou seus pais?” Respondeu-lhes Jesus: “Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus” (Jo 9.3). Tudo o que Deus faz é para que o seu nome seja glorificado; e, assim, venha à humanidade a converter-se de seus maus caminhos.
Os ataques do Teísmo Aberto
Reconstrução é o verbo que mais confecciona os adeptos do Teísmo Aberto. Intentam eles reconstruir a Igreja de Cristo, como se esta não tivesse por fundamento os profetas e apóstolos de Nosso Senhor Jesus Cristo. E, ainda, não satisfeitos, insurgem-se contra a sã doutrina, numa tentativa desvairada de se criar um aleijão teológico que, em nada, difere das mitologias gentílicas; “um deus sem divindade.”.
O que mais esperar do Teísmo Aberto? Tencionam, também, reconstruir a salvação? Que sucedâneo terão eles para o Calvário? Que substituto, para o sacrifício vicário do Cordeiro? E para o sangue de Cristo? Que Deus nos guarde dessas teologias e doutrinas loucas.
Á semelhança dos atenienses, encontram-se os sectários do Teísmo Aberto sempre ávidos por novidades e modismos. Consomem, passiva e servilmente a má teologia produzida nos Estados Unidos e na Europa. Depois, qual joio entre o trigo, saem por nossos seminários, presumindo-se como porta-vozes da verdade cristã. E quando assumem o púlpito com aquela verbosidade incontida? Até parecem o Loquaz pintado por Bunyan em O Peregrino.
O Teísmo Aberto criou um deus segundo a sua imagem e semelhança; disforme e vazio. Um deus destituído de bondade e grandezas; um arremedo grotesco do Deus Único e Verdadeiro. Um deus que pode, mas não sabe; que sabe, porém nada faz, por achar-se submetido a uma infame liberdade arbitrária. Um deus que se assusta com um tsunami. O nosso Deus, porém, é o criador dos céus, da terra e dos mares. Somente Ele pode repreender os mares: “Aquietai-vos”. Se não o fizer, deixemo-lo por conta de sua soberania.
Este artigo foi escrito pelo Pastor Claudionor de Andrade – digitado para este blog,  pelo vosso conservo em Cristo,
                                   João Augusto de Oliveira


     

segunda-feira, 25 de julho de 2011

3 MISSÕES - Síria: evangélicos são 0,01% dos cristãos


MISSÕES
Síria: evangélicos são 0,01% dos cristãos

     Considerado um dos territórios mais antigos relatados nas Sagradas Escrituras, a Síria fica situada no Oriente Médio, entre o continente europeu e Israel, cenário de algumas passagens bíblicas famosas, como no período dos reis de Israel e na conversão do apóstolo Paulo. A Síria possui um grande território que se estende do Mediterrâneo em direção ao leste e inclui montanhas, grandes áreas desérticas e a bacia do Rio Eufrates. Sua faixa litorânea é separada da região oriental por duas estreitas cadeias de montanhas. No extremo sudoeste do país, encontram-se as Colinas de Golan, área que ainda é disputada por Israel.

     A maior parte dos 17 milhões de sírios, divididos equivalentemente entre áreas urbana e rural, habita as regiões próximas ao Mediterrâneo. Dezenas de milhares de refugiados palestinos fazem parte da população do país e 40% dos habitantes têm idade inferior a 15 anos. Os muçulmanos conquistaram a região no ano 636dC e a cidade de Damasco foi a capital do Império Árabe entre 660 e 750dC. Egípcios, mongóis e turco-otomanos dominaram a região.

     A maioria dos sírios dedica-se à atividade rural. Apesar de o crescimento econômico ter sido contido pelo declínio mundial dos preços do petróleo a situação da economia síria permite uma condição de classe média baixa à população. A maioria dos homens é alfabetizada, mas o analfabetismo atinge aproximadamente metade da população feminina. O atual governo sírio é uma república parlamentarista baseada na Constituição promulgada em 1973. Embora o governo teoricamente esteja dividido entre as esferas legislativa, executiva e judiciária, o presidente da república da Síria Bashar Al Assad, detém uma grande parcela do poder. Apesar de representar uma pequena parcela da população, a minoria alavita constitui o bloco mais poderoso do país.

     No que se refere à política externa, o conflito árabe-israelense é a principal preocupação do governo. Quase 90% dos sírios professam o islamismo. A maioria de tradição sunita, mas cerca de 13% dos habitantes são alavitas e, portanto, praticam a tradição xiita. Dois por cento dos sírios afirmam não seguir nenhuma religião, enquanto os cristãos respondem por 7% da população. Destes 7%, somente 0,01% são evangélicos.

     As igrejas devem se registrar junto ao governo, que monitora coletas de fundos e exige que se peça permissão para todos os encontros, exceto cultos. É normal que as cerimônias religiosas sejam anunciadas pelo toque de sinos. É permitido o uso de alto falantes a fim de que os cultos sejam ouvidos nas ruas. Lojas cristãs podem fechar aos domingos. Igrejas reconhecidas recebem serviços públicos gratuitos e estão isentas de impostos imobiliários. As igrejas na Síria são livres para construir, reformar e estender suas edificações. Todas as escolas oficialmente são governamentais e não sectárias, embora algumas escolas sejam na prática administradas por minoria cristã e judia.

     Há instrução religiosa obrigatória nas escolas, com professores e programa de estudos aprovados pelo governo. Os cursos de religião são divididos em classes para estudantes muçulmanos e cristãos. Tanto a Páscoa ocidental como a Ortodoxa são reconhecidas como feriados nacionais. Os cristãos estão sujeitos às suas próprias leis religiosas sobre casamento, divórcio, custódia de crianças e herança. Embora não esteja no ranking dos 50 países que mais perseguem os cristãos, realizado anualmente pela Missão Portas Aberto, segundo Heliude Nunes, representante da instituição, “ainda há muito que evangelizar não só na Síria, mas em todo continente asiático e na África”. A Síria se destaca pelos conflitos étnicos e religiosos, uma vez que muçulmanos convertidos ao cristianismo não são vistos com bons olhos. Dessa forma, alguns missionários muitas vezes sentem-se desencorajados a evangelizar naquela região.

Pastores vigiados

     Igrejas, bem como seus líderes, estão sujeitas à vigilância e monitoramento pelos órgãos de segurança do governo. Pastores têm de relatar à polícia sobre suas atividades e, por vezes, têm de entregar resumos de seus sermões. Em outros casos, sabe-se que a polícia secreta questiona membros sobre o conteúdo dos cultos, ou ainda assistem ao culto de domingo pessoalmente. Convertidos vindos do islamismo são vistos como uma ameaça à estabilidade religiosa e política. Essas convenções sociais fazem com que a conversão de um muçulmano ao cristianismo seja muito rara. Em muitos casos, a pressão social força aos que se comprometem em tais conversões a se mudarem para o interior ou a deixarem o país a fim de praticar sua nova religião abertamente.

     Cristãos podem ser encontrados em todos os níveis sociais, até mesmo no governo. As igrejas tradicionais estão se destacando no ensino, distribuição da Sagrada Escritura, etc. Os cristãos que são minoria na Síria exercem uma ligeira influência, principalmente nas cidades, indústrias, profissões e nas áreas militares, o que lhes confere  oportunidade de testemunhas de forma fervorosa a sua fé.

     Há indícios de que existiam cristãos na Síria antes mesmo da conversão do apóstolo Paulo, já que ele estava a caminho de Damasco para capturar possíveis cristãos quando se converteu (At 9.1-9). A Igreja Ortodoxa Grega afirma que sua história na região remonta à época da queda de Jerusalém, quando o centro do cristianismo no Oriente passou a ser a cidade de Antioquia, que, embora estivesse localizada no atual território da Turquia, exercia influência devido à sua proximidade geográfica. Católicos e protestantes, no entanto, só se estabeleceram na Síria a partir do século 18.

     A influência do cristianismo ocidental sobre o país tornou-se forte a partir de 1890, principalmente devido à influência das escolas cristãs sobre os governantes sírios. Hoje, o país conta com um número de evangélicos muito baixo. Dessa forma, o número de muçulmanos convertidos ao cristianismo vem diminuindo bastante, por isso há um clamor entre os cristãos de todas as partes do mundo para que Deus levante ainda mais missionários à tarefa de evangelização da Síria.

INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Nome do país: República Árabe Síria (Al-Jumhuriyah Al-Arabiya As-Suriyah)
Capital: Damasco
Governo: República sobre regime militar
Chefe de Estado: Bashar AL-Assad
Povos: Árabes (90,3%), curdos, armênios e outros (9,7%)
População: 17 milhões (53% urbana)
Área: 185.180Km²
Localização: Oriente Médio, Sudoeste da Ásia
Idiomas: Árabe, curdo, armênio, aramaico e circassiano, francês e inglês parcialmente entendido
Religião: Islamismo 89%, cristianismo 7%, sem religião 2%
População cristã: 1,2 milhão, fatia da população em declínio
Perseguição: Isolada e estável
Restrições: Há liberdade religiosa
No século 21: A continuidade da liberdade de evangelização terá uma contrapartida no aumento das tensões políticas e do controle governamental.

OBS: Dados estatísticos são de 2008.

FONTE: Jornal Mensageiro da Paz – Órgão Oficial da Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Brasil.

    
     


sábado, 23 de julho de 2011

0 Globo ridiculariza pastor em novela e incita guerra entre líderes religiosos e gays



Globo ridiculariza pastor em novela e incita guerra entre líderes religiosos e gays

 A Rede Globo voltou a atacou os evangélicos. Desta vez não fez uso do seus telejornais, mas usou uma novela para produzir insatisfações entre o meio cristão.
No capítulo de Insensato coração, exibido na última segunda-feira (22/7), o personagem gay Xicão (Wendell Bendelack) conta para Sueli (Louise Cardoso), dona de um bar voltado para o público homossexual no Rio de Janeiro, que o pai e a mãe dele o destratam porque “vão na conversa do pastor”. Confira aqui.
Essa cena tenta ridicularizar os líderes evangélicos e, de forma sutil, passa a mensagem de que os pastores incitam a violência contra os homossexuais, o que não é verdade. “Amamos os gays, mas não aprovamos a prática homossexual”, pontua o pastor Silas Malafaia, que enviou uma carta de protesto a um dos donos da emissora.
Manifeste-se também! Ligue para 400 22 884 (custo de uma ligação local) ou clique aqui e envie um e-mail para a Central de Atendimento da Rede Globo.
Folha
O jornal Folha de São Paulo divulgou que os autores da novela, Gilberto Braga e Ricardo Linhares, foram chamados na semana passada para uma conversa com o diretor-geral de entretenimento da emissora, Manoel Martins. Na pauta: a determinação da Globo para que a história dos homossexuais Eduardo (Rodrigo Andrade) e Hugo (Marcos Damigo) fosse completamente esfriada no folhetim.
As novas cenas de Hugo e Eduardo, assim como as cenas de conversa sobre o assunto entre Eduardo e sua mãe, vivida por Louise Cardoso, serão inutilizadas. Aos autores e atores a Globo pediu silêncio. Nada de instigar o beijo gay nem a ira de entidades que possam encarar a iniciativa como preconceito. A ordem é esfriar o assunto sem polemizar.
Além do corte das cenas, os autores foram instruídos a não carregarem bandeira política, a pararem de fazer apologia pela criação de uma lei que puna a homofobia.
Procurada, a Globo, via assessoria, diz que a televisão é um veículo de massa que precisa contemplar todos os seus públicos e faz parte do papel da direção zelar para que isso aconteça.
Fonte: AVEC e Coluna Outro Canal

quinta-feira, 21 de julho de 2011

0 O crente em Cristo deve ser uma “nova criatura”



Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.(2Co 5:17)

Primeiro gostaria de lembrar que não sou legalista, formalista e fariseu. Não hiper-valorizo o exterior em detrimento do interior.

Sempre acreditei que a maior de todas as mudanças deve ocorrer no interior do crente “novo convertido”, e que essa mudança, vinda de dentro para fora se reflete em atitudes exteriores que não deixam dúvidas que uma mudança interior ocorreu.

Mas infelizmente parece que não é isso que está acontecendo. Bem, está muito difícil ganhar as almas pra Jesus hoje em dia, disso ninguém duvida. A crescente onda de materialismo, ateísmo, descaso em geral com o espiritual e a descrença na própria Igreja como instituição divina têm colaborado para que as pessoas fujam das igrejas, da pregação da Palavra de Deus e conseqüentemente da salvação.

Por incrível que pareça, as poucas pessoas que conseguimos alcançar verdadeiramente “quebrantadas e entregues a Cristo”, não são discipuladas e ensinadas a serem “novas criaturas”.
Digo isso porque conheço várias histórias e até vidas de pessoas que se converteram (“”), cujas vidas estão simplesmente na mesma. Quando observo Jesus dizendo ao príncipe Nicodemos: “Necessário vos é nascer de novo”, e vejo pessoas que aceitaram a Cristo como Salvador e não apresentam nenhuma mudança de vida, desculpem a minha franqueza, mas chego a duvidar da legitimidade de tais conversões.

Acredito que as mudanças não ocorrem de “imediato”, mas são graduais, porém mesmo assim persiste o raciocínio: não é isto que vêm ocorrendo. Pessoas que antes de aceitarem a Jesus eram mentirosas; continuam na vida de mentira, pessoas que eram viciadas em pornografia; exibem o mesmo procedimento, rapazes e homens casados que eram namoradores, prosseguem namorando qualquer uma que lhes dê a oportunidade, etc.

Alguma coisa está muito errada. É hora de nossos pastores, professores, pregadores atentarem para a recomendação de Paulo em 2 Co 5.17, Gl 6.15 e principalmente de Jesus em João 3.3 “Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo,não pode ver o reino de Deus”.

    Que Deus em Cristo nos faça novas criaturas,

                          João Augusto de Oliveira

0 Deus realmente existe?




ARGUMENTOS QUE PROVAM A EXISTÊNCIA DE DEUS

VALOR DO ARGUMENTO DA EXISTÊNCIA DE DEUS

Guy P. Duffield e Nathaniel M. Van Cleave, na obra Fundamentos da Teologia Pentecostal, coerentemente, declaram que algumas pessoas, com boa razão, questionarão o valor dos argumentos sobre a existência de Deus. A Bíblia em ponto algum argumenta a esse respeito; em toda parte as Escrituras assumem sua existência como um fato aceito. O primeiro versículo das Sagradas Escrituras afirmai “No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gn 1:1). O salmista proclama mais adiante: “Diz o insensato no seu coração: Não há Deus” (S1 14:1a). O cristão e todos os adoradores de Deus aceitaram a existência de Deus como um ato de fé. Alguns teólogos, tais como Soren Kierkegaard e Karl Barth, rejeitam toda teologia geral ou natural e afirmam que Deus só pode Ser conhecido por um ato de fé. Todavia, a fé possuída pelo crente não é cega nem irracional. A fé é um dom de Deus (Rm 10:17); todavia, ela é sustentada por evidências claras para a mente imparcial. O salmista diz, como consolo para os crentes: “Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras das suas: mãos” (S1 19:1). Paulo destaca em Romanos, capítulo um, que mesmo aqueles que não têm uma revelação da Escritura não possuem uma justificativa para a sua incredulidade:



“Porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das cousas que foram criadas. Tais homens são por isso indesculpáveis: porquanto, tendo conhecimento de Deus não o glorificaram como Deus...” (Rm 1:19-21).



Assim, podemos ver que a Bíblia sustenta a validade de uma teologia natural. Devemos lembrar, no entanto, que, apesar de uma teologia natural poder indicar um criador poderoso, sábio e benévolo, nada diz para resolver os problemas do pecado do homem, sua dor, seu sofrimento e sua necessidade de redenção. Também não pode afirmar, com João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (Jo 1:29). Além disso, e importante lembrar que os argumentos da existência de Deus, tais como os fornecidos por uma teologia natural, não constituem uma demonstração absoluta. Os seres finitos não podem demonstrar a existência de um Deus infinito. J. O. Buswell afirma:



“Não existe um argumento conhecido por nós que, como argumento, leve a uma conclusão provável (altamente provável). Por exemplo, acredita que o sol irá levantar-se amanhã cedo, mas se fôssemos analisar as evidências, os argumentos que levam a essa conclusão, seríamos for que eles, por melhores que sejam, são caracterizados pela probabilidade. Os argumentos teístas não são uma exceção à regra de que todos os argumentos indutivos sobre o que existe são argumentos de probabilidade. Este é o ponto em que os argumentos, afirmam chegar.”



Os argumentos sobre a existência de Deus que se seguem não são um substituto para a revelação de Deus nas Escrituras, nem podem levar a uma fé salvadora. Eles são um consolo par o crente e podem servir ao pregador do evangelho para despertar uma audiência atenta. Só o Espírito Santo suprirá a verdadeira fé em Deus.

PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS


Champlin conta que certa feita, estava pregando em uma igreja batista sobre as provas da existência de Deus. Procurei usar algumas poucas referências bíblicas que concordam em espírito com as provas filosóficas, mas que não se acham ali com o propósito específico de provar a existência de Deus. Fui severamente criticado devido aquele sermão, e uma das senhoras chegou a dizer: “Espero que o pastor não torne a convidar aquele filósofo para falar à igreja!”. Em uma outra ocasião, um jovem de um seminário batista, na cidade de São Paulo, referiu-se ao que aquela senhora dissera, concordando inteiramente com ela. Eu estava presente e ouvi a observação dele, mas não me dei ao trabalho de protestar. Mas eu sabia que tanto os cursos de filosofia como teologia (da escola que ele freqüentava) incluíam a existência de Deus, naquelas disciplinas. A ignorância dos fatos nunca leva a coisa alguma. Quanto mais aprendemos, tanto melhores ficamos. Os filósofos têm feito bem em examinar esse assunto: fazemos bem em ficarmos informados acerca do assunto. – mesmo que não precisemos de tais provas para consubstanciar a nossa fé cristã. Pois os que ainda pertencem ao mundo, talvez sintam que essas provas são úteis para eles consubstanciarem sua fé na existência de Deus. Outrossim, muitas dessas provas têm uma sólida base bíblica, ainda que, na Bíblia, tais conceitos não sejam expostos como provas.

ARGUMENTOS DIVERSOS QUE COMPRAVAM

A REALIDADE DA EXISTÊNCIA DE DEUS

1. Há a idéia do quinque viae exposta por Tomás de Aquino.

Antes de tudo destaca-se o princípio do impulsionador primário, isto é, aquela força que desencadeou o movimento que agora sustenta o mesmo. O mundo seria, essencialmente, “matéria em movimento”. Precisamos explicar a existência tanto do movimento como da causa primária. Pois não é lógico entrarmos em um regresso infinito, afirmando que um movimento foi causado por um antecedente, e este por um outro, anterior a ele, e assim indefinidamente. Precisamos finalmente chagar à declaração da origem do movimento. Em Col. 1:17 vemos que esse poder é atribuído a Cristo (o Logos), ao passo que no trecho de Atos 17:28 essa força é atribuída a Deus Pai. Estes dois trechos foram declarações do Apóstolo Paulo. Por conseguinte, esse argumento de Tomás de Aquino já existe nas Escrituras, ainda que não na forma rigorosa de um argumento, porém meramente como uma afirmação sobre a origem do movimento e como o mesmo tem prosseguimento. O movimento assume muitas formas diversas, e, segundo o conhecimento mais avançado do que dispomos, sobre a particularidade, o movimento mais elementar é aquele que se verifica no interior do átomo, e que envolve os elementos constitutivos do átomo. Existem igualmente movimentos na formação das coisas, no desenvolvimento de qualquer r coisa a que chamamos de crescimento. Tais movimentos são governados por uma inteligência qualquer, porque, de outro modo, tudo não passaria do mais absoluto caos. Os movimentos são dirigidos na direção de alvos fixos, levados a efeito com propósito definido. Somente uma inteligência elevada poderia assim ordenar e dirigir tais movimentos.


2. O argumento cosmológico.

Temos a necessidade de explicar a origem da matéria. Poderíamos encetar uma série infindável de retrocessos, supondo que há uma fileira interminável de causas, sem jamais chegarmos a uma causa primária - mas isso é simplesmente contrário à razão. Assim sendo, precisamos supor que existe uma causa, maior do que qualquer dos seus efeitos, causa essa que originou a matéria. Com base na grandiosidade da criação, podemos averiguar algo da grandiosidade da inteligência de Deus, bem como de seu extraordinário poder. A única alternativa possível a essa posição é aquela que afirma que a matéria é eterna; essa idéia entretanto, é muito menos satisfatória do que aquela que fala de uma Causa inteligente de todas as coisas. Causa essa que é eterna, mas que produziu a criação dentro do tempo. Coisa alguma, de tudo quanto existe, pode ser declarado como sua própria causa, por quanto sempre podemos encontrar uma causa para qualquer coisa, e outra causa para essa causa, e assim por diante. Finalmente, porém, somos forçados a pôr ponto final nesse retrocesso, supondo a existência de uma causa primária. Essa é a solução mais razoável, para o problema da origem, dentre todas as soluções que têm sido apresentadas pelos homens.

Myer Pearlman nomenclatura esse argumento como sendo “Argumento da Criação”. Esse teólogo sustenta que a razão argumenta que o universo deve ter tido um princípio. Todo efeito deve ter uma causa suficiente. O universo, sendo o efeito, por conseguinte deve ter uma causa. Consideremos a extensão do universo. Nas palavras de Jorge W. Grey: “O universo, como o imaginamos, é um sistema de milhares e milhões de galáxias. Cada uma delas se compõe de milhares e milhões de estrelas. Perto da circunferência de uma dessas galáxias - a Via Láctea - existe uma estrela de tamanho médio e temperatura moderada, já amarelada pela velhice - que é o nosso Sol.” E imaginem que o Sol é milhões de vezes maior que a nossa pequena Terra! Prossegue o mesmo escritor: “O Sol está girando numa órbita vertiginosa em direção à circunferência da Via Láctea a 19.300 metros por segundo, levando consigo a Terra e todos os planetas, e ao mesmo tempo todo o sistema solar está girando num gigantesco circuito à velocidade incrível de 321 quilômetros por segundo, enquanto a própria galáxia gira, qual colossal roda gigante estelar. Fotografando-se algumas seções dos céus, é possível fazer a contagem das estrelas. No observatório de Harvard College eu vi uma fotografia que inclui as imagens de mais de 200 Vias Lácteas todas registradas numa chapa fotográfica de 35 x 42 cm. Calcula-se que o número de galáxias de que se compõe o universo é da ordem de 500 milhões de milhões.”

Consideremos nosso pequeno planeta e nele as várias formas de vida existentes, as quais revelam inteligência e desígnio divinos. Naturalmente surge a questão: “Como se originou tudo isso?” A pergunta é natural, pois as nossas mentes são constituídas de tal forma que esperam que todo efeito tenha uma causa. Logo, concluímos que o universo deve ter tido uma Primeira Causa, ou um Criador. “No princípio - Deus” (Gên. 1:1).

Dum modo singelo este argumento é exposto no seguinte incidente: Disse um jovem céptico a uma idosa senhora: “Outrora eu cria em Deus, mas agora, desde que estudei filosofia e matemática, estou convencido de que Deus não é mais do que uma palavra oca”. Disse a senhora “Bem, é verdade que eu não aprendi essas coisas, mas desde que você já aprendeu, pode me dizer donde veio este ovo?” “Naturalmente duma galinha”, foi a resposta. “E donde veio a galinha?” “Naturalmente dum ovo”. Então, indagou a senhora: “Permita-me perguntar: qual existiu primeiro, a galinha ou o ovo?” “A galinha, por certo”, respondeu o jovem. “Oh, então, a galinha existia antes o ovo? Oh, não, devia dizer que o ovo existia primeiro. Então, eu suponho que você quer dizer que o ovo existia antes da galinha”. O moço vacilou: “Bem, a senhora vê, isto é, naturalmente, bem, a galinha existiu primeiro”. “Muito bem” — disse ela — , “quem criou a primeira galinha de que vieram todos os sucessivos ovos e galinhas?” “Que é que a senhora quer dizer com tudo isto?” — perguntou ele. “Simplesmente isto” — replicou ela: — “Digo que aquele que criou o primeiro ovo ou a primeira galinha é aquele que criou o mundo. Você nem pode explicar, sem Deus, a existência dum ovo ou duma galinha, e ainda quer que eu creia que você pode explicar, sem Deus, a existência do mundo inteiro!”


3. O argumento alicerçado da contingência ou da possibilidade.

Esse argumento tem por fundamento a verdade empírica que mostra que tudo quanto conhecemos, através de nossa experiência, é “contingente”. Em outras palavras, depende de alguma outra coisa para explicar a sua existência. Isso subentende que a menos que exista alguma coisa “necessária”, que “não possa deixar de existir”, todas as coisas, finalmente cessariam de existir, porquanto dependem ou são contingentes dessa coisa necesária. Uma vez mais poderíamos iniciar um retrocesso infinito, supondo que todas as coisas realmente dependem de alguma coisa, sem jamais chegarmos a um “ser necessário”, independente, que não depende do que quer que seja para sua existência. Porém, essa idéia é muito menos razoável do que supormos que ao longo do caminho de retrocesso, em algum lugar, se encontra aquela vida necessária, que não depende de qualquer outra coisa para a sua existência , mas antes, é sua própria causadora e existe independentemente de tudo o mais. A esse ser independente é que denominamos “Deus”. O evangelho de João encerra esse conceito em trechos como João 5:25,26 e 6: 57, onde se lê que esse tipo de vida independe, imortal e necesária foi conferida ao Filho de Deus (através das ressurreição), pelo poder de Deus Pai, e então, por intermédio do Filho, a todos quantos nele crêem. Esse é um dos conceitos mais elevados da religião, revelada ou não. O homem, através da doação, vem participar da “vida independente” de Deus, e assim virá a participar do mesmo tipo de imortalidade que Deus Pai possui. Essa é a autêntica vida eterna.

4. Argumento axiológico

Em outras palavras, há uma forma ou graus de perfeição? Sempre que examinamos a bondade, a justiça, a beleza, a nobreza, ou qualquer outra das qualidades morais, observamos neste mundo muitos graus de perfeição. Ora, a própria idéia de “grau” subentende a necessidade de um grau máximo, ou seja, da perfeição – um “maxime ens” ou “ens realissimus”. Esse entre mais real chama-se “Deus” que é o ápice de todos os graus de perfeição.


5. O argumento teleológico.


O argumento teleológico também é chamado pelos pensadores cristãos como “Argumento do Desígnio. Esses estudiosos argumentam que o desígnio e a formosura evidenciam-se no universo; mas o desígnio e a formosura implicam um arquiteto; portanto, o universo é a obra dum Arquiteto dotado de inteligência suficiente para explicar sua obra. O grande relógio de Estrasburgo tem, além das funções normais dum relógio, uma combinação de luas e planetas que se movem, mostrando dias e meses com a exatidão dos corpos celestes, com seus grupos de figuras que aparecem e desaparecem com regularidade igual ao soarem as horas no grande cronômetro.

Declarar não ter havido um engenheiro que construiu o relógio e que este objeto “aconteceu”, seria insultar a inteligência e a razão humana. É insensatez presumir que o universo “aconteceu”, ou, em linguagem científica, que procedeu “do concurso fortuito dos átomos”!

Suponhamos que o livro “O Peregrino” fosse descrito da seguinte maneira: o autor tomou um vagão de tipos de imprensa e com pá os atirou ao ar. Ao caírem no chão, natural e gradualmente se ajuntaram de maneira a formar a famosa história de Bunyan. O homem mais incrédulo diria: que absurdo! E a mesma coisa dizemos nós das suposições do ateísmo em relação à criação do universo.

O exame dum relógio revela que ele leva os sinais de desígnio porque as diversas peças são reunidas com um propósito prévio. Elas são colocadas de tal modo que produzem movimentos e esses movimentos são regulados de tal maneira que marcam as horas. Disso inferimos duas coisas: primeiramente, que o relógio teve alguém que o fez, e em segundo lugar, que o seu fabricante compreendeu a sua construção, e o projetou com o propósito de marcar as horas. Da mesma maneira, observamos o desígnio e a operação dum plano no mundo e, naturalmente, concluímos que houve alguém que o fez e que sabiamente o preparou para o propósito ao qual está servindo.

O fato de nunca termos observado a fabricação dum relógio não afetaria essas conclusões, mesmo que nunca conhecêssemos um relojoeiro, ou que jamais tivéssemos idéia do processo desse trabalho. Igualmente, a nossa convicção de que o universo teve um arquiteto, de forma nenhuma sofre alteração pelo fato de nunca termos observado a sua construção, ou de nunca termos visto o arquiteto.

Do mesmo modo a nossa conclusão não se alteraria se alguém nos informasse que “o relógio é resultado da operação das leis da mecânica e explica-se pelas propriedades da matéria”. Ainda assim teremos que considerá-lo como obra dum hábil relojoeiro que soube aproveitar essas leis da física e suas propriedades para fazer funcionar o relógio.

Da mesma forma, quando alguém nos informa que o universo é simplesmente o resultado da operação das leis da natureza, nós nos vemos constrangidos a perguntar: “Quem projetou, estabeleceu e usou essas leis?” Isso, em razão de ser implícita a presença de um legislador uma vez que existem leis.

Tomemos para ilustrar a vida dos insetos. Há uma espécie de escaravelho chamado “Staghorn” ou “Chifrudo”. O macho tem magníficos chifres, duas vezes mais compridos do que o seu corpo; a fêmea não tem chifres. No estágio larval, eles enterram-se a si mesmos na terra e, silenciosamente, esperam na escuridão pela sua metamorfose. São naturalmente meros insetos, sem nenhuma diferença aparente e, no entanto, um deles escava para si um buraco duas vezes mais profundo do que o outro. Por quê? Para que haja espaço para os chifres do macho se desenvolverem com perfeição. Por que essas larvas, aparentemente iguais, diferem assim em seus hábitos? Quem ensinou o macho a cavar seu buraco duas vezes mais profundo do que o faz a fêmea? É o resultado dum processo racional? Não, foi Deus, o Criador, quem pôs naquelas criaturas a percepção instintiva que lhes seria útil.

De onde recebeu esse inseto a sua sabedoria? Alguém talvez pense que a herdara de seus pais. Mas um cão ensinado, por exemplo, transmite à sua descendência sua astúcia e agilidade? Não. Mesmo que admitamos que o instinto fosse herdado, ainda deparamos com o fato de que alguém havia instruído o primeiro escaravelho chifrudo. A explicação do maravilhoso instinto dos animais acha-se nas palavras do primeiro capítulo de Gênesis: “E disse Deus” - isto é: a vontade de Deus. Quem observa o funcionamento dum relógio sabe que a inteligência não está no relógio mas sim no relojoeiro. E quem observa o instinto maravilhoso das menores criaturas, concluirá que a primeira inteligência não era a delas, mas sim do seu Criador, e que existe uma Mente controladora dos menores detalhes da vida.

O Dr. Whitney, ex-presidente da Sociedade Americana e membro da Academia Americana de Artes e Ciências, certa vez disse que “um ímã repele o outro pela vontade de Deus e ninguém pode dar razão melhor.” “Que quer o senhor dizer com a expressão: a vontade de Deus?” alguém lhe perguntou. O Dr. Whitney replicou: “Como o senhor define a luz?. . . Existe a teoria corpuscular, a teoria de ondas, e agora a teoria do quantum; e nenhuma das teorias passa duma conjetura educada. Com uma explicação tão boa como essas, podemos dizer que a luz caminha pela vontade de Deus. . . A vontade de Deus, essa lei que descobrimos, sem a podermos explicar - é a única palavra final.”

O Sr. A J. Pace, desenhista do periódico evangélico “Sunday School Times”, fala de sua entrevista com o finado Wilson J. Bentley, perito em microfotografia (fotografar o que se vê através do microscópio). Por mais de um terço de século esse senhor fotografou cristais de neve. Depois de haver fotografado milhares desses cristais ele observou três fatos principais: primeiro, que não havia dois flocos iguais; segundo: todos eram de um padrão formoso; terceiro: todos eram invariavelmente de forma sextavada. Quando lhe perguntaram como se explicava essa simetria sextavada, ele respondeu: “Decerto, ninguém sabe senão Deus, mas a minha teoria é a seguinte: Como todos sabem, os cristais de neve são formados de vapor de água a temperatura a temperaturas abaixo de zero, e a água se compõe de três moléculas, duas de hidrogênio que se combinam com uma de oxigênio. Cada molécula tem uma carga de eletricidade positiva e negativa, a qual tem a tendência de polarizar-se nos lados opostos. O algarismo três, portanto, figura no assunto desde o começo”.

“Como podemos explicar estes pontinhos tão interessantes, as voltas e as curvas graciosas, estas quinas chanfradas tão delicadamente cinzeladas, todas elas dispostas com perfeita simetria ao redor do ponto central?” perguntou o Sr. Pace.

Encolheu os ombros e disse: “Somente o Artista que os desenhou e os modelou conhece o processo.”

Sua declaração acerca do “algarismo três que figura no assunto” me pôs a pensar. Não seria então que o trino Deus, que modela toda a formosura da criação, rubrica a própria trindade nestas frágeis estrelas de cristal de gelo como quem assina seu nome em sua obra-prima? Ao examinar os flocos de neve ao microscópio, vê-se instantaneamente que o princípio básico da estrutura do floco de neve é o hexágono ou a figura de seis lados, o único exemplo disso a todo o reino da geometria a este respeito. O raio do círculo cirncunscrevente é exatamente igual ao comprimento de cada um dos seis lados do hexágono. Portanto, resultam seis triângulos equiláteros reunidos ao núcleo central, sendo todos os ângulos de sessenta graus, a terça parte de toda a área num lado duma linha reta. Que símbolo sugestivo do trino Deus é o triângulo! Aqui temos unidade: um triângulo, formado de três linhas, cada: parte indispensável à integridade do conjunto.

A curiosidade agora me impeliu a examinar as referências bíblicas sobre a palavra “neve”, e descobri, com grande prazer, este mesmo “triângulo” inerente na Bíblia. Por exemplo, há 21 (3 x 7) referências contendo o substantivo “neve” no Antigo Testamento, e 3 no Novo Testamento, 24 ao todo. Então achei 3 referências que falam da “lepra tão branca como a neve”. Três vezes a purificação do pecado é comparada à neve. Achei mais três que falam de roupas “tão brancas como a neve”. Três vezes a aparência do Filho de Deus compara-se à neve. Mas a maior surpresa foi ao descobrir que a palavra hebraica, “neve”, é composta inteiramente de algarismos “três”! É fato, embora não seja geralmente conhecido que, não tendo algarismos, tanto os hebreus como os gregos usavam as letras do seu alfabeto como algarismos. Bastava um olhar casual de um hebreu à palavra SHELEG (palavra hebraica que quer dizer “neve”) para ver que ela significa algarismo 333, ba como significa “neve”. No hebraico a primeira letra, que corresponde à nossa “SH”, vale 300; a segunda consoante “L” vale 30; e a consoante final, o nosso “G”, vale 3. Somando-as, temos 333, três algarismos de três. Curioso, não é verdade? Mas por que não esperar exatidão matemática dum livro plenamente inspirado, tão maravilhoso quanto o mundo que Deus criou?

Acerca de Deus disse Jó: “Faz grandes coisas que não podemos compreender. Pois diz à neve: Cai sobre a terra” (Jó 37:5, 6). Eu já gastei dois dias inteiros para copiar com pena e tinta o desenho de Deus de seis cristais de neve e fiquei muito fatigado. E como é fácil para ele fazê-lo! “Ele diz à neve” - e com uma palavra está feito.

Imaginem quanto são milhões de bilhões de cristais de neve caem sobre um hectare de terra durante uma hora, e imaginem, se pudera, o fato surpreendente de que cada cristal tem sua individualidade própria, um desenho e modelo sem duplicata nesta ou em qualquer outra tempestade. “Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim; elevado é, não o posso atingir” (Sal. 139:6). Como pode uma pessoa ajuizada, diante de tal evidência de desígnios, multiplicados por um sem-número de variedades, duvidar da existência e da obra do Desenhista, cuja capacidade é imensurável?! Um Deus capaz de fazer tantas belezas é capaz de tudo, até mesmo de moldar as nossas vidas dando-lhes beleza e simetria.

Champlin declara que todos os aspectos da vida e do ser demonstram um desígnio extremamente completo. Tudo quanto é vida possui propósito em seu ser, além de um esquema muito complexo de funções físicas, o que demonstra o mais estupendo desígnio. A complexidade de desígnios existente, por exemplo, no olho humano, é a demonstração suficiente da existência de uma inteligência cheia de propósito para confundir um milhão de ateus. A ordem que impera no universo físico é exata e maravilhosa para nossa apreciação. Ora, por detrás de todo esse propósito e desígnio deve haver um grande Planejador, ou seja, a mais elevada inteligência que se pode imaginar, – que foi capaz de pôr em movimento uma criação magnífica que sempre desperta a nossa observação. O Planejador é Deus e sua inteligência é atualmente demonstrada no mundo por ele criado. Por exemplo, há uma vaidade de mariposa que possui dez tipos diferentes de antenas, e que São receptores de luz. Por meio do seu uso, esse inseto é capaz de dirigir o seu vôo e a sua vida em geral. A ciência dos homens ainda não foi capaz de descobrir a utilidade específica de cada uma dessas variedades de antenas, mas os cientistas se maravilham extasiados ante o fenômeno. O engenho humano jamais foi capaz de desenvolver antenas com essa sensibilidade. No entanto, alguns animais possuem receptores de luz ainda mais complicados e prefeitos, aos quais chamamos de olhos. Por detrás de desígnios tão inteligentes, deve haver um Intelecto Supremo. E essa inteligência extraordinária se chama Deus. Até mesmo as coisas inanimadas têm desígnio, e essas coisas, juntamente com outras coisas de desígnio mais complexo, adicionam o seu testemunho em favor do grande Planejador.

6. O argumento da eficácia da razão.

A razão humana, com sua extraordinária complexidade e com muitíssimas sutilezas e seus poderes abstratos, comprova a necessidade de admitirmos, em nossa ontologia, o Criador e Planejador desses poderes, sendo, ele mesmo, o Intelecto supremo. A razão humana é apenas uma pequena demonstração da razão divina. Até mesmo as tentativas racionais do homem, par provar que Deus não existe, não passam de demonstrações que Deus verdadeiramente existe, porquanto essas tentativas são um uso e uma exibição da razão, o que, quando devidamente examinado, inevitavelmente nos conduz de volta a Deus. Esse argumento é uma faceta do argumento teológico, discutido acima, no ponto anterior.

Alguns teólogos dividem esse argumento didaticamente em fases. A primeira fase deste argumento é de “causa e efeito”. Ao nosso redor existem efeitos tais como matéria e movimento. Há três alternativas para a sua explicação: (1) eles existem eternamente; (2) surgiram do nada ou (3) foram causados. Vamos examinar essas alternativas em ordem. Primeiro, não é provável que o universo tenha existido eternamente, pois toda evidência indica um universo que está se desgastando. De acordo com a segunda lei da termodinâmica, o sol e as estrelas estão perdendo energia em considerável proporção. Se tivessem existido desde a eternidade, já estariam esgotados. Os materiais radioativos estão perdendo a sua radiação. Os estudos espectográficos das estrelas mostram que todos os corpos estão viajando para fora a partir do centro, indicando um começo. Segundo, dizer que a matéria e o movimento emergiram do nada é uma contradição: “Do nada, nada surge.” Terceiro, a explicação mais razoável é que a matéria e o movimento foram criados num ponto do tempo. Atualmente, a maioria dos cientistas data o universo de maneira variada, entre cinco e vinte bilhões de anos de antigüidade. Alguns propõem uma série de emergências ou um criador impessoal, mas, considerando a existência de inteligências e a grande complexidade da criação, é mais provável que o universo seja obra de um Criador inteligente, como exposto na Bíblia. Não é provável que uma fonte suba mais alto que seu manancial, ou que seres racionais surjam de uma fonte irracional.

Outra fase do argumento a partir da razão é que o homem possui um conhecimento inato de Deus. Isto se evidencia pela crença universal num ser supremo de algum tipo. É difícil encontrar uma tribo que não acredite num ser ou força superior. “O homem é incuravelmente religioso”. Isto não significa que todos os homens tenham uma crença completamente firmada em Deus, mas parece indicar que a crença religiosa e a tendência para adorar uma divindade são naturais ao homem. Até mesmo o ateu, que nega a existência de Deus, demonstra que é confrontado com a idéia de Deus e deve de algum modo dispor do conceito.

7. O argumento moral.

Em sua forma original, esse argumento assevera que o elevado senso de moralidade que algumas pessoas possuem pode ser melhor explicado se supormos eu esse senso se assemelha ao do grande Ser moral. Essa explicação é melhorada que atribuímos tal moralidade a fatores meramente biológicos ou físicos. De conformidade com esse ponto de vista, aceitamos que elevado senso moral se deriva da influência exercida por um Deus santo.

Em suas formas mais complexas, compreendemos que esse argumento mostra que até mesmo o vocabulário da moralidade, que se refere a conceitos como “bondade”, “justiça”, e “conduta ideal” subentende um elevadíssimo Padrão de moralidade, o qual inspira a moralidade no homem, o que por sua vez, é refletido na própria natureza da linguagem humana. Outrossim, o argumento moral, em suas formas mais complexas, afirma que existe na mente humana a intuição de que deve haver uma retribuição apropriada às ações morais dos homens, subentendem que deve haver um juiz capaz de dispensar retribuições na forma de bênção ou punição. Além disso a experiência e a observação humanas demonstram que, nesta existência terrena, a injustiça pode prevalecer e freqüentemente o faz, pelo que a injustiça, neste lado terreno da vida, não se cumpre. A razão também nos diz, por conseguinte, que deve forçosamente haver a imortalidade, pois é no “outro lado” da existência que a justiça terá de ser satisfeita. Ora somente o Juiz absoluto pode fazer os ajustamentos necessários para que a justiça repouse sobre todos, através da bênção ou através do castigo.

A este Juiz nós chamamos “Deus”. O raciocínio da pura moral humana requer a existência de Deus. Outrossim, alicerçados em bases bíblicas, como vemos em Rm. 1:19,20, ou como se vê em João 16:8-11, percebemos que esse Juiz transmite pessoalmente aos homens quais sejam as exigências morais deste mundo.

Reiterando toda essa idéia, o homem dispõe de natureza moral, isto é, a sua vida é regulada por conceitos do bem e do mal. Ele reconhece que há um caminho reto de ação que deve seguir e um caminho errado que deve evitar. Esse conhecimento chama-se “consciência”. Ao fazer ele o bem, a consciência o aprova; ao fazer ele o mal, ela o condena. A consciência, seja obedecida ou não, fala com autoridade. Assim disse Butler acerca da consciência: “Se ela tivesse poder na mesma proporção de sua autoridade manifesta, governaria o mundo, isto é, se a consciência tivesse a força de por em ação o que ordena, ela revolucionaria o mundo. ”Mas acontece que o homem é dotado de livre arbítrio e, portanto, pode desobedecer àquela voz íntima. Mesmo estando mal orientada, sem esclarecimento, a consciência ainda fala com autoridade, e faz o homem sentir sua responsabilidade. “Duas coisas me impressionam”, declarou Kant, o grande filósofo alemão, “o alto céu estrelado e a lei moral em meu interior.”

Qual a conclusão que se tira deste conhecimento universal do bem e do mal? Que há um Legislador que idealizou uma norma de conduta para o homem e fez a natureza humana capaz de compreender esse ideal. A consciência não cria o ideal; ela simplesmente testifica acerca dele, registrando a sua conformidade ou não-conformidade. Quem originalmente criou esses dois poderosos conceitos do bem e do mal? Deus, o Justo Legislador! O pecado ofuscou a consciência e quase anulou a lei do ser humano; mas no Monte Sinai Deus gravou essa lei em pedras para que o homem tivesse a lei perfeita para dirigir a sua vida. O fato de que o homem compreende esta lei, e sente a sua responsabilidade para com ela, manifesta a existência dum Legislador que criou o homem com essa capacidade.

Qual é a conclusão que podemos tirar desse sentimento de responsabilidade? Que o Legislador é também um Juiz que recompensará os bons e castigará os maus. Aquele que impôs a lei finalmente defenderá essa lei.

Não somente a natureza moral do homem, como também todos os aspectos da sua natureza testificam da existência de Deus. Até as religiões mais degradadas demonstram o fato de que o homem, qual cego, tateando, procura algo que sua alma anela. A fome física indica a existência de algo que a possa satisfazer. Quando o homem tem fome, essa fome indica que há alguém ou algo que o possa satisfazer. A exclamação, “a minha alma tem sede de Deus” (Sal. 42:2), é um argumento a favor da existência de Deus, pois a alma não enganaria o homem com sede daquilo que não existisse. Assim disse certa vez um erudito da igreja primitiva: “Para ti nos fizeste, e nosso coração estará inquieto enquanto não encontrar descanso em ti.”

8. O argumento axiológico, em sua forma mais complexa.

Todas as sensibilidades humanas, no que diz respeito às perfeições da realidade, das qualidades morais, das qualidades estéticas, das qualidades políticas e da busca pela perfeição, em qualquer campo de conhecimento humano, requerem que exista o Valor supremo na direção do qual todos os demais valores apontam, e cujo padrão esses valores seguem como linha diretriz. Há uma subcategoria desse argumento, denominado “argumento henológico”, o qual afirma que há uma espécie de unidade em todos os conceitos de valor, isto é, o Grande Padrão de valor, que age como o alvo e o unificador de todos os valores, a despeito do que essa disciplina porventura envolva. Essa unidade dos valores exige a aceitação da existência do Unificador de todos os valores, que é Deus.

9. O argumento derivado da autoridade.

Os livros sagrados, as experiências místicas que dão conteúdo que dão conteúdo as esses livros sagrados, a tradição histórica da igreja cristã, os escritos e predições orais dos profetas, o cumprimento dessas suas profecias, etc., mostram-nos que existem “autoridades” de natureza religiosa, o que comprova a existência de um Deus que nos transmitiu a autoridade apropriada para representar a sua própria pessoa.

10. O argumento baseado na experiência religiosa.

A experiência religiosa, como regeneração, e as demais experiências místicas, como as curas, diversas experiências psíquicas, ou milagres, etc., provam que deve haver uma realidade na fé religiosa, cujo ponto mais elevado é o Ser supremo que denominamos “Deus”, o qual, também, é a fonte originária válida de toda a experiência religiosa autêntica.

11. O argumento baseado na esperança religiosa.

Existe uma crença universal dos homens na existência de Deus, que os leva a terem “esperança”. A remoção da esperança deste mundo deixaria a raça humana em estado de miséria íntima. Essa esperança é justificada porque é outorgada por Deus, sendo comprovada pelo consenso humano universal. Os homens esperam em Deus, a não ser quando ensinamos ao contrário, por algum sistema perverso, que os condicione a isso.

12. O argumento baseado na realidade dos milagres.

A ciência não conta com qualquer explicação e nem com qualquer teoria geral que explane as muitas maravilhas extraordinárias que se verificam neste mundo. Somente a verdade religiosa pode explicar tais fenômenos. O princípio religioso afirma a existência de Deus como o grande poder que há por detrás dos milagres. Existem leis mais elevadas do que aquelas que são explicadas pela ciência humana, e que podem ultrapassar as supostas limitações, impostas pela ciência natural. Deus é controlador das leis cósmicas, e, se assim quiser fazer; pode agir contrariamente a elas, fazendo intervenção, ultrapassando-as ou utilizando-se de leis superiores a elas, a fim de produzir acontecimentos que desafiam qualquer explicação “lógica”, de conformidade com a lógica científica.

13. O argumento do consensus gentium.

Essas palavras latinas significam “opinião popular”. Sempre fez parte da opinião de todas as culturas humanas que existe algum Ser supremo, ou existem alguns seres divinos. O ateísmo, em contraste com isso, precisa ser aprendido; não ocorre naturalmente a quem quer que seja. Não existe um único ser humano, à face da terra que seja ateu de nascimento. Usualmente os indivíduos aceitam o ateísmo nas escolas seculares e profanas, onde os mestres, inchados de orgulho intelectual, pensam ser suficientes para si mesmos, sem necessitarem de qualquer Poder Supremo. Todavia, em todas as culturas onde a sofisticação do ceticismo ainda não penetrou, à a crença na existência de Deus, ou pelo menos, de vários deuses. A opinião geral da humanidade, entretanto, não nos pode conduzir à natureza exata de Deus, mas, pelo menos pode conduzir-nos à “idéia de existência da divindade” – Deus existe.

Alguns teólogos chamam esse argumento de “argumento da crença universal”. A crença na existência de Deus é praticamente tão difundida quanto a própria raça humana, embora muitas vezes se manifeste em forma pervertida ou grotesca e revestida de idéias supersticiosas. Esta opinião tem sido contestada por alguns que argumentam existirem raças que não têm a menor concepção de Deus. Mas o Sr. Jevons, autoridade no assunto de raças e religiões comparadas, diz que esta opinião, “Como é do conhecimento de todos os antropólogos, já foi para o limbo das controvérsias mortas. . . todos concordam que não existem raças, por mais primitivas que sejam, totalmente destituídas de concepção religiosa! Embora alguém cite exceções, sabemos que a exceção não inutiliza a regra. Por exemplo, se fossem encontrados alguns seres humanos inteiramente destituídos de todo sentimento humano e compaixão, isso não serviria de base para dizer que o homem é essencialmente uma criatura destituída de sentimentos. A presença de cegos no mundo não prova que todos os homens são cegos.” Como disse William Evans: “o fato de certas nações não conhecerem a tabuada de multiplicação não afeta a aritmética.”

Como se originou esta crença universal? A maior parte dos ateus parece imaginar que um grupo de teólogos se tenha reunido em sessão secreta na qual inventaram a idéia de Deus, a qual depois apresentaram ao povo. Mas os teólogos não inventaram Deus como também os astrônomos não inventaram as estrelas, nem os botânicos as flores. É certo que os antigos mantinham idéias erradas acerca dos corpos celestes, mas esse fato não nega a existência dos corpos celestes. E visto que a humanidade já teve idéias defeituosas acerca de Deus, isso implica que existe um Deus acerca do qual podiam ter noções errôneas.

14. O argumento baseado na revelação e no misticismo.

Deus tem achado por bem revelar-se a si mesmo aos homens: e isso ele tem feito por intermédio de visões e sonhos. Essa revelação aparece em forma mais concreta nas Santas Escrituras. O senhor Deus simplesmente dá conhecimento de si mesmo como um dom aos homens, porque sabe que precisam desse conhecimento. Essa revelação se origina em sua graça e sua bondade. Que o misticismo é uma realidade é fato que se pode provar facilmente, através de pesquisas e da mera observação. O impulso que há por detrás de todas as experiências místicas, quer se trate de milagres ou de visões, é a Mente divina. E formas falsas de misticismo não eliminam o que é verdadeiro: e, além disso, qualquer grau de misticismo já serve de prova sobre a existência de Deus. As experiências místicas conseguem descrever Deus, em certo sentido, não sendo meramente uma afirmação de sua existência.

15. O argumento baseado na felicidade do crente.

A profunda felicidade e senso de confiança que têm os crentes em Deus, a alegria e a segurança que a fé teísta confere aos possuidores, servem de provas da validade da crença na existência de Deus.

16. O argumento baseado na melhor crença.

Sendo inquiridores sérios da verdade, sentimos a necessidade de escolher entre as muitas idéias que existem, e, ao sermos defrontados por tal necessidade de escolha, a “melhor fé”, obviamente é a teísta. Essa crença explica melhor a existência da criação, de seu desígnio, das experiências místicas e dos milagres. Isso é uma explicação melhor do que a idéia da mera “chance”, da “evolução” ou da “seleção natural”, ou mesmo da coincidência sem desígnio, das “forças naturais e cósmicas”, que são suas alternativas, a crença em Deus fica melhor fundada, psicologicamente falando, na realidade das coisas, do que o ateísmo, e é muitíssimo mais satisfatória. O ateísmo perde a sua utilidade quando o indivíduo morre.

17. O argumento da aposta, apresentado por Blaise Pascal.

Pascal ensinava que é impossível provar ou negar a existência de Deus, mas dizia que, sob bases pragmáticas, a crença em Deus é superior à descrença, porquanto essa crença agrada a Deus, ao passo que o ateísmo lhe é desagradável. De acordo com essa idéia, quando um homem morre, se porventura descobrir que Deus não existe, ou se ele mesmo simplesmente deixa de existir, nada terá perdido. Por outro lado se um homem, ao morrer, descobrir que Deus realmente existe, então só terá a ganhar com a sua crença teísta. Essa idéia entretanto, não é válida, pois é extremamente imperfeita. Pois Deus existe, e, segundo podemos estar plenamente certos, não é nenhum tolo, o que significa que não ficará satisfeito com alguém que se aferra à crença teísta somente por motivo de vantagens egoísticas. De fato, talvez Deus se sinta mais agradado com um ateu sincero e honesto do e não com um teísta jogador com a sorte. Essa forma de crença é uma hipocrisia, e jamais poderá agradar a Deus. Outrossim, do ponto de vista teológico, a mera crença na existência de Deus não é mais vantajosa do que a crença que têm os poderes demoníacos na existência de Deus, pois os demônios crêem e estremecem.

18. O argumento do teísmo pragmático.

Paralelamente ao argumento anterior, alguns pensam que é pragmaticamente melhor ser alguém religioso, não somente no que tange à questão da crença na existência de Deus, ma também no que diz respeito à questão da prática religiosa. O ateísmo não oferece qualquer futuro a quem quer que seja, e nem mesmo reivindica oferecer isso. É melhor ,portanto, do ponto de vista do pragmatismo prático, lançarmos nossa sorte à religião, com a existência de Deus e da alma, fazendo profissão geral e prática da religiosidade. Se, ao descobrirmos que estávamos equivocados em nossas crenças, nada poderemos com isso. Por outro lado, se alguma parte ou a totalidade das crenças religiosas estiverem de conformidade com a realidade, descobrirmos que fizemos uma acertada decisão, ao seguirmos a fé teísta e as práticas religiosas, porquanto, presumivelmente, obteremos algum mérito com isso. Do ponto de vista evangélico, entretanto, essa “fé pragmática” não se reveste de valor algum, porquanto somente uma fé verdadeira em Jesus Cristo pode transformar os remidos segundo a sua própria imagem. Seja como for, o teísmo pragmático é melhor do que o ateísmo, com o expressão para a existência terrena presente
.
19. Deus é a melhor explicação possível para a conjuntura.

A existência de Deus é a melhor explicação possível para tudo quanto está envolvido em todos esses argumentos, considerados como um conjunto. Ao examinarmos a gama inteira das possibilidades, dos argumentos, das teses e das contrateses, o teísmo mostra-se mis convincente do que o ateísmo. Isso é verdade, ainda que não possamos chegar a uma conclusão racional definitiva. A melhor idéia é a teísta, e esse ;é o resultado líquido de todos os argumentos, considerados em sua totalidade.

20. Argumento alicerçado na fé pura.

Alguns cristãos especialmente nas igrejas evangélicas, têm chegado à conclusão de que nenhum argumento “racional” ou “físico” verdadeiramente demonstra a existência de Deus, mas antes, que essa certeza só ocorre através da fé bíblica. Nas igrejas evangélicas, que seguem o ensinamento bíblico, acredita-se que essa fé é conferida pelo próprio Deus, o qual dá, dessa maneira, certeza de sua existência, inteiramente à parte de evidências externas. Alguns crentes chegam mesmo a alegrar-se nessa idéia, rejeitando totalmente quaisquer outras idéias, como se estivessem próximas da blasfêmia, as quais dizem ser necessário ser comprovada a existência de Deus para que nela possamos acreditar. Porém, apesar das escrituras Sagradas em parte alguma se lançarem à tarefa de tentarem provar que Deus existe, contudo, passagens bíblicas como aquela de Rm. 1:20 dão a entender que verdadeiramente existem provas, físicas e racionais, acerca dessa existência. Portanto, não é crime procurarmos delinear a validade de tais provas, pois, para os incrédulos, esse delineamento pode ser muito útil e valioso. Um dos primeiros passos que uma alma pode dar na direção de Cristo, pode ser a crença firme na existência de Deus. Ninguém poderá jamais avizinhar-se de Cristo, segundo um sério ponto de vista evangélico, se for um ateu convicto. (Esse argumento baseado na “fé pura” na realidade é uma variedade do argumento “místico”, que aparece no décimo quarto lugar nesta lista de argumentos sobre a existência de Deus.

Para fortalecer a fé daqueles que já crêem. Eles estudam as provas, não para crer, mas sim porque já crêem. Esta fé lhes é tão preciosa que aceitarão com alegria qualquer fato que a faça aumentar ou enriquecer.

21. O argumento da história.

A marcha dos eventos da história universal fornece evidência de um poder e duma providência dominante. Toda a história bíblica foi escrita para revelar Deus na história, isto é, para ilustrar a obra de Deus nos negócios humanos. “Os princípios do divino governo moral encontram-se na história das nações tanto quanto na experiência dos homens”, escreve D.S. Clarke. (Sal. 75:7; Dn. 2:21; 5:21.) “O protestantismo inglês vê a derrota da Armada Espanhola como uma intervenção divina. A colonização dos Estados Unidos por imigrantes protestantes salvou-os da sorte da América do Sul, e desta maneira salvou a democracia. Quem negaria que a mão de Deus estivesse nesses acontecimentos?” A história da humanidade, o surgimento e declínio de nações, como Babilônia e Roma, mostram que o progresso acompanha o uso das faculdades dadas por Deus e a obediência à sua lei, e que o declínio nacional e a podridão moral seguem a desobediência” (D.L. Pierson). A.T. Pierson, em seu livro, “Os Novos Atos dos Apóstolos” expõe as evidências da dominante providência de Deus nas missões evangélicas modernas.

Especialmente o modo de Deus tratar com os indivíduos fornece provas de sua ativa presença nos negócios humanos. Charles Bradlaugh, que foi em certo tempo o ateu mais notável na Inglaterra, desafiou o pastor, Charles Hugh Price, para um debate. Foi aceito o desafio e o pregador, por sua vez, desafiou o ateu da seguinte maneira: como todos sabemos, Sr. Bradlaugh, “o homem convencido contra a própria vontade mantém sempre seu ponto de vista”, e, visto que o debate, como ginástica mental que é, provavelmente não converterá a ninguém, proponho-lhe que apresentemos algumas evidências concretas da validade das reivindicações do cristianismo na forma de homens e mulheres redimidos da vida mundana e vergonhosa pela influência do cristianismo e pela do ateísmo. Eu trarei cem desses homens e mulheres, e desafio-o a fazer o mesmo.

Se o Sr. Bradlaugh não puder apresentar cem, contra os meus cem, Ficarei satisfeito se trouxer cinqüenta homens e mulheres que se levantem e testifiquem que foram transformados duma vida vergonhosa pela influência dos seus ensinos ateus. Se não puder apresentar cinqüenta, desafio-o a apresentar vinte pessoas que testifiquem com rostos radiantes, como o farão os meus cem, que tenham um grande e novo gozo na sua vida elevada, em resultado dos ensinos ateus. Se não puder apresentar vinte, ficarei satisfeito se apresentar dez. Não, Sr. Bradlaugh, desafio-o a trazer um só homem ou uma só mulher que dê tal testemunho acerca da influência enobrecedora dos seus ensinos. Minhas pessoas redimidas trarão prova irrefutável quanto ao poder salvador de Jesus Cristo sobre as suas vidas redimidas da escravidão do pecado e da vergonha. Talvez, senhor Bradlaugh, essa será a verdadeira demonstração da validade das reivindicações do cristianismo.

O Sr. Bradlaugh retirou o seu desafio!

Para Guy P. Duffield e Nathaniel M. Van Cleave o argumento da história se apóia sobre o alicerce da divina providência. Os estudantes de história, a não ser que sejam cegos ou parciais, irão descobrir a obra da divina providência. Isto não significa que um propósito sábio é visível em todos os eventos. Deve-se ter em conta que o homem é pecador e rebelde e, ate certo ponto, um agente moral livre. Deus não causa cada evento individual, mas está no controle do fluir dos eventos, executando seus propósitos. Ele cumpre suas profecias inspiradas que se acham registradas na sua Palavra. Se alguém estudar a Bíblia junto com a história, irá perceber um modelo divino enfocando Jesus Cristo, o Filho de Deus. Este enfoque não é apenas sobre a vida terrena de Jesus. O propósito de Deus em Cristo é visto na história de Israel e na sua esperança de um redentor (Gn 12:13; Is 52:10-53:12); na encarnação, vida, morte e ressurreição de Cristo; no triunfo da igreja através de múltiplas oposições; e na indestrutibilidade de Israel através dos séculos.

A originalidade de Cristo foi bem expressa por Napoleão em uma carta ao General Bertrand:

“Efeitos divinos me obrigam a crer numa causa divina. É verdade, existe uma causa das causas… existe um ser infinito, comparado com o qual você, general, não passa de um átomo; comparado com o qual eu, Napoleão, com todo o meu gênio, nada sou realmente; puramente nada. Eu o percebo - Deus. Eu o vejo, tenho necessidade dele, creio nele, pior para você. Mas você, general, crerá um dia em Deus. Posso perdoar muitas coisas, mas sinto horror diante de alguém ateu e materialista… os deuses, os legisladores da Índia e da China, de Roma e de Atenas, nada possuem que possa espantar-me sobremaneira…mas isso não acontece com Cristo. Tudo nele me assombra. Seu espírito me faz ficar maravilhado e sua vontade me contunde. Não existe termo de comparação entre Ele e qualquer pessoa no mundo. Ele, em si mesmo, é verdadeiro. Suas idéias e seus sentimentos, as verdades que anuncia, sua maneira de convencer não são explicadas por organização humana, nem pela natureza das coisas. Seu nascimento e a história da sua vida; a profundidade da sua doutrina, que luta com as maiores dificuldades, a mais admirável solução; seu evangelho… sua marcha através das idades e dos reinos, tudo para mim e um prodígio, um mistério insolúvel, que me faz mergulhar num desvaneio do qual não posso escapar, diante de meus olhos está um mistério, o qual não posso negar nem explicar… procuro encontrar em vão na história alguém igual a Jesus Cristo.”

22. O argumento que apresenta o homem como imagem e semelhança de Deus:

A Palavra de Deus declara que o homem foi criado à imagem de Deus. “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gn 1:26-27). Não devemos buscar a imagem de Deus no homem físico, pois Deus é Espírito (Jo 4:24). Em lugar disso, devemos procurar a imagem de Deus no homem espiritual: “...e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou...” (Cl 3:10).

A imagem de Deus no homem é vista no fato de ele ter domínio sobre as criaturas inferiores e especialmente em sua capacidade e desejo ardente de comunhão com Deus. A outra marca da imagem divina é vista na natureza moral do homem, seu senso de dever e responsabilidade, e na posse de uma consciência: “Estes mostram a norma da lei gravada nos seus corações, testemunhando-lhes também a consciência, e os seus pensamentos mutuamente acusando-se ou defendendo-se...” (Rm 2:15). C.S. Lewis diz: “Estes são, portanto, os dois pontos que eu queria ressaltar. Primeiro, que os seres humanos, em toda a terra, têm esta idéia curiosa de que devem comportar-se de certa maneira, e não conseguem livrar-se dela. Segundo, eles na verdade não se comportam deste modo. Eles conhecem a lei da natureza e a quebram. Esses dois fatos são a base de todo pensamento claro a respeito de nós mesmos e do universo em que vivemos.”

Um Deus pessoal nos faz responsáveis por nossa conduta e atitude. Devemos render-nos à vontade dele ou viver com a consciência pesada. É possível cauterizar a consciência ou silencia-la, enganando-nos a nós mesmos. Mas, desse modo, o indivíduo irá então invariavelmente criar seu próprio sistema de valores. A experiência mostrou que o sistema bíblico de ética, afinal de contas, e o mais adequado à natureza moral do homem, criado por Deus.

23. O argumento da Escritura

Esse argumento se apóia sobre as declarações e na exatidão das Sagradas Escrituras. A Bíblia afirma ser a Palavra inspirada de Deus (2 Tm 3:16-17; 2 Pe 1:20, 21; 1 Co 2:12, 13; Tt 1:1-13). Nenhum livro na terra foi tão amplamente aceito como uma mensagem de Deus. Seus oponentes e os céticos lançaram todo tipo de ataque concebível contra ele, mas sua popularidade permanece. Sua exatidão tem sido repetidamente impugnada, mas a pá dos arqueólogos confirma a cada instante a exatidão de alguma passagem posta em dúvida. O Dr. W.F. Albright, reconhecido arqueólogo, escreve: “Nada que tenda a perturbar a fé religiosa do judeu ou do cristão foi descoberto... Descoberta após descoberta têm estabelecido a exatidão de inúmeros detalhes e trazido maior reconhecimento do valor da Bíblia como um livro fonte da história.” Nenhum outro livro se compara com a Bíblia no que diz respeito aos seus ensinos morais e espirituais; escrita há centenas de anos, ela é mais moderna que os jornais de hoje. Nunca deixa de falar com poder, sanando os problemas mais profundos da alma e do espírito.

OBS: Desconheço o autor***

 

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