Muita
gente não sabe, mas o Dia das Bruxas, o Samhain ou Halloween, Ano Novo céltico (31 de outubro), tem uma
conexão com o Dia de Todos os Santos da Igreja Católica Romana. Este era
originalmente celebrado em maio, e não no primeiro dia de novembro.
No ano 608, o imperador romano Focas apaziguou o populacho dos territórios pagãos recentemente conquistados, permitindo-lhe combinar o antigo ritual de Samhain com o Dia de Todos os Santos. E, assim, o panteão de Roma, templo edificado para a adoração de uma multiplicidade de deuses, foi transformado em igreja.
Foram os imigrantes europeus,
especialmente os irlandeses, que introduziram o Halloween nos Estados
Unidos. Hoje, o Dia das Bruxas é muito importante para os lojistas,
inclusive no Brasil. Salém, em Massachusetts (Estados Unidos), é a sede da
bruxaria norte-americana. Ali celebra-se, na época do Halloween, o Festival da
Assombração, para expandir a temporada turística de verão. Tudo parece uma
grande brincadeira, mas — conscientemente ou não — os participantes dessa festa
estão se envolvendo com o ocultismo e o satanismo.
Por outro lado, algumas
denominações evangélicas, além de realizarem festas similares às juninas (o que
já é um absurdo), estão promovendo também, no fim de outubro, uma espécie de Halloween,
decorando o ambiente com abóboras, etc. Elas alteram o nome da brincadeira
satânica paraJesusween ou Elohin! Aos pastores destas igrejas quero
apresentar um motivo melhor para festejar.
Em vez de comemorarem o Dia das
Bruxas, os pastores que se prezam deveriam se lembrar da Reforma
Protestante. Na manhã de 31 de outubro de 1517, véspera do Dia de Todos os
Santos, Martinho Lutero — sacerdote romanista, professor de teologia e filho de
um minerador bem-sucedido — começou a questionar de modo mais contundente a
Igreja Católica e a atacar a autoridade do papa.
Lutero, então, afixou na porta da
Catedral de Wittenberg (pronuncia-se vitemberk) um pergaminho que
continha 95 declarações. Estas, conhecidas como teses, eram quase todas
relacionadas com a venda de indulgências (pacotes caros pagos pelo perdão,
inclusive das pessoas que já haviam partido para a eternidade).
Em junho de 1520, Lutero foi
excomungado por uma bula — decreto do papa que continha o seu selo
oficial. Em dezembro do mesmo ano, com ousadia, ele queimou esse documento
em reunião pública, à porta de Wittenberg, diante de uma assembleia de
professores, estudantes e o povo. No ano seguinte, foi intimado a comparecer
ante as autoridades romanistas, em Worms. E declarou: “Irei, ainda que me cerquem
tantos demônios quantas são as telhas dos telhados”.
No dia 17 de abril de 1521, Lutero
apresentou-se à Dieta do Concílio Supremo, presidida pelo imperador Carlos V.
Para escapar da morte, teria de se retratar. Mas ele não faria isso, a menos
que fosse desaprovado pelas próprias Escrituras. E asseverou perante todos:
“Aqui estou. Não posso fazer outra coisa. Que Deus me ajude. Amém”.
Considerado herege, ao regressar à sua cidade Lutero foi cercado e levado por soldados ao castelo de Wartzburg, na Turíngia, onde ficaria “guardado”. Ali, ele traduziu o Novo Testamento para o alemão, obra que, por si só, o teria imortalizado. Ao regressar a Wittenberg, reassumiu a direção do movimento a favor da Igreja Reformada, e a partir daí os princípios da Reforma Protestante se espalharam por toda a Europa, com ajuda de homens de valor, como Ulrico Zuínglio, João Calvino, Jacques Lefevre, João Tyndale, Tomás Cranmer, João Knox, etc.
Considerado herege, ao regressar à sua cidade Lutero foi cercado e levado por soldados ao castelo de Wartzburg, na Turíngia, onde ficaria “guardado”. Ali, ele traduziu o Novo Testamento para o alemão, obra que, por si só, o teria imortalizado. Ao regressar a Wittenberg, reassumiu a direção do movimento a favor da Igreja Reformada, e a partir daí os princípios da Reforma Protestante se espalharam por toda a Europa, com ajuda de homens de valor, como Ulrico Zuínglio, João Calvino, Jacques Lefevre, João Tyndale, Tomás Cranmer, João Knox, etc.
Assim como muitos teólogos estão
fazendo hoje, os católicos romanos haviam substituído a autoridade da Bíblia
pela autoridade da igreja. Eles ensinavam que a igreja era infalível e que a
autoridade da Bíblia procedia da tradição. Os reformadores afirmavam que as
Escrituras eram a sua regra de fé, de prática e de viver, e que não se devia aceitar
nenhuma doutrina que não fosse ensinada por elas. A Reforma devolveu ao povo a
Bíblia que se havia perdido, passando a considerá-la a fonte primária de
autoridade.
Nesses tempos difíceis, em que muitos estão brincando com o pecado e até com festas satânicas, quantos cristãos sérios estão dispostos a protestar contra as heresias verificadas entre nós (2 Pe 2.1; At 20.28), à semelhança de Lutero?
Nesses tempos difíceis, em que muitos estão brincando com o pecado e até com festas satânicas, quantos cristãos sérios estão dispostos a protestar contra as heresias verificadas entre nós (2 Pe 2.1; At 20.28), à semelhança de Lutero?
Fonte: http://cirozibordi.blogspot.com.br/2012/10/reforma-e-coisa-seria-e-halloween-nao-e.html Acesso
em 16 out. 2012.
*Editor, escritor, articulista.
Pastor na Assembleia de Deus do Ministério de Cordovil, Rio de Janeiro-RJ.
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