Nisto se manifestou o
amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para
que por ele vivamos. 1 João 4:9
Particularmente não gosto de falar sobre o “AMOR”, pois
acho sinceramente que essa virtude, característica cristã e fruto do Espírito,
deve ser menos falado e muito mais praticado. Fico a lembrar de Jesus que em
silêncio no calvário nos deu o maior exemplo de amor jamais visto em toda
história humana.
Não estou dizendo que não pode ser falado nas igrejas
ou que aos pais não possam dizer aos filhos que os amam, ou mesmo os maridos às
esposas e vice-versa. O que estou dizendo é que atualmente se fala muito em
amor, mas vive-se pouco o verdadeiro amor.
Porém ultimamente muitos têm confundido o amor com
tolerância ao pecado e até mesmo com cumplicidade com as coisas erradas. Quero
lhes dizer que “amor não é”:
·
Amar
não é pregar o que o povo quer ouvir – Aquele pregador, pastor
ou professor que prega e ensina o que a massa quer ouvir, necessariamente não é
porque ama a igreja, mas eu diria que é exatamente o contrário. Quem só fala o
que agrada a massa destrói a fé das pessoas, oferece comida de péssima
qualidade a quem está faminto e o pior, corre o risco de arrastar as pessoas
juntamente com ele à condenação eterna.
·
Amar
não é deixar de repreender quando necessário – Alguns
pensam que o pastor que ama a sua igreja é aquele que tolera os erros de sua
membresia e às vezes até torna-se cumplice deles, mas não é. Ama aquele pastor
que fala a verdade mesmo que essa venha a causar dor. O remédio que amarga
geralmente é o que cura. Estamos vendo uma onda de tolerância que chega a
beirar a cumplicidade de muitos líderes cristãos com os membros que vivem a
cometer deslizes e pecados habituais, dizendo que assim o fazem por amor. Se
assim fosse então Deus não nos ama, pois quando necessário ele nos repreende e
até pune (Eu repreendo e castigo a
todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te. Apocalipse 3:19).
·
Amar
não é deixar de pregar a verdade ao pecador - Já observou algumas das mensagens que são
ministradas aos pecadores (pessoas que ainda não são salvas em Cristo)? Não são
mais aquelas mensagens de reconhecimento da miserabilidade da natureza humana e
inteira dependência de Cristo para a salvação. Antes é uma mensagem de
autoajuda espiritual e isenção total de dores e sofrimentos. Já não se diz mais
ao pecador que ele sem Deus é um pobre e miserável e que nada mais a nãos ser a
graça e misericórdia de Deus, pode lhe arrebatar da condenação eterna e
garantir o seu acesso aos céus de glória. Prefere-se iludir o pecador com um
evangelho destituído de graça, cruz, arrependimento e a possibilidade de
salvação ou condenação eterna.
Desculpem-me
os pregadores da “santa tolerância” travestida de amor fraternal. Isso nunca
foi e nunca será amor, mas é falsidade e enganação com uma capa de amor e
bondade.
Ama aquele que fala verdade, respeitando-se
evidentemente a individualidade e livre arbítrio de cada pessoa. Mas respeitar
não significa ser cumplice dos erros e dos pecados de alguém.
Por isso de você ama de verdade a alguém então fale a
verdade a ele(a), mesmo que isso te custe noites de insônia. Esse é o
verdadeiro amor de Deus derramado em nossos corações.
João Augusto de Oliveira
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