terça-feira, 1 de outubro de 2013

0 4º Trim. 2013 - Lição 1 - O valor dos bons conselhos


PORTAL ESCOLA DOMINICAL
QUARTO TRIMESTRE DE 2013
SABEDORIA DE DEUS PARA UMA VIDA VITORIOSA: A atualidade de Provérbos e Eclesiastes
COMENTARISTA: JOSÉ GONÇALVES]
COMENTÁRIOS - EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO
ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP

                                                                                                                             

ESBOÇO Nº 1
A) INTRODUÇÃO AO TRIMESTRE
                                               Chegamos ao final de mais um ano letivo da Escola Bíblica Dominical, agradecendo a Deus pela oportunidade que nos concedeu de poder, em relativa liberdade, estudar a Palavra de Deus e, assim, crescermos na graça e no conhecimento de Cristo Jesus.
                                               É, sem dúvida, num período de intenso aumento da perseguição contra a Igreja, inclusive em nosso país, um grande privilégio podermos nos dedicar diariamente ao estudo das Escrituras Sagradas, alimentando-nos do pão espiritual (Mt.4:4) e tendo condições de sobreviver em nossa jornada rumo ao céu.
                                               Neste último trimestre letivo, estudaremos temas constantes de dois livros do Antigo Testamento, tendo, pois, o que denominamos de “trimestre bíblico”.
                                               Pela instrumentalidade do pastor José Gonçalves, presidente das Assembleias de Deus em Água Branca/PI, que tem comentado as lições bíblicas há alguns anos, estaremos a estudar o tema “Sabedoria de Deus para uma vida vitoriosa”, oportunidade em que teremos estudos baseados nos livros de Provérbios e de Eclesiastes, dois dos chamados “livros sapienciais” da Bíblia Sagrada.
                                               Provérbios e Eclesiastes são dois livros do chamado grupo dos “livros poéticos”, assim denominados porque são livros escritos em poesia, ou seja, dentro de uma perspectiva do ponto-de-vista do autor, que partem do interior do homem, de seus sentimentos e raciocínio, para nos trazer verdades espirituais.
                                               Os livros poéticos são divididos em dois grupos, a saber: Jó, Provérbios e Eclesiastes, de um lado e Cantares de Salomão e Salmos, de outro. Os três primeiros livros poéticos diferenciam-se dos outros dois, porquanto são livros que foram escritos para nos trazer orientações e reflexões a respeito de nossa vida sobre a face da Terra. São livros que foram redigidos para nos indicar a “sabedoria divina”, para nos ensinar como “fazer a coisa certa, na hora certa, do jeito certo” enquanto estivermos a conviver com os demais seres humanos neste mundo.
                                               Por isso, são chamados de “livros sapienciais”, ou seja, “livros de sabedoria”, livros que nos mostram como devemos nos conduzir em nossa peregrinação terrena.
                                               Enquanto que o livro de Jó nos traz ensinamentos a respeito de um exemplo concreto de provação de um homem de Deus, Provérbios e Eclesiastes são ensinamentos gerais, desprendidos de um caso concreto, verdadeiros guias de como se deve conduzir um homem de Deus sobre a face da Terra.
                                               Ambos os livros são de autoria do rei Salomão, o homem que, salvo Jesus, teve a maior sabedoria sobre a face da Terra (I Rs.3:12; 4:29-34; Lc.11:31). Tal sabedoria, como se vê, foi dada por Deus a Salomão com um propósito: o de fazer com que, através da instrumentalidade daquele homem, inspirado pelo Espírito Santo, todo e qualquer servo de Deus soubesse como deveria se conduzir em sua peregrinação terrena. Aleluia!
                                               As próprias Escrituras informam-nos que Salomão, com a sabedoria que lhe deu o Senhor, produziu três mil provérbios, muitos dos quais foram compilados e deram origem ao livro de Provérbios, livro este que foi definitivamente concluído no tempo do rei Ezequias (Pv.25:1), com a inclusão de provérbios de outros sábios como Agur e Lemuel (Pv.30:1 e 31:1).
                                               Segundo Finnis Jennings Dake (1902-1987), o livro de Provérbios tem 31 capítulos, 915 versículos, 49 perguntas, 27 versículos de profecias não cumpridas, 67 pecados, 66 coisas a respeito de tolos, 28 coisas a respeito de preguiçosos, 22 coisas a respeito de reis, 25 abominações, 215 ordens, 120 promessas, 27 bênçãos, 24 segredos da vida, 17 coisas “melhores” e 560 provérbios.
                                               O livro de Provérbios é uma obra que pretende orientar os homens a viverem neste mundo de forma a agradar a Deus. Seu objetivo está explicitado em Pv.1:2-4. O livro tem a finalidade de fazer com que seus leitores "conheçam a sabedoria e a instrução; entendam as palavras da prudência; recebam a instrução do entendimento, a justiça, o juízo e a eqüidade; entendam provérbios e sua interpretação, bem como as palavras dos sábios e suas adivinhações "(Pv.1:2,3 e 6). É também objetivo do livro "dar aos simples prudência e aos jovens, conhecimento e bom siso; fazer o sábio crescer em sabedoria e o entendido adquirir sábios conselhos" (Pv.1:4,5). Vemos, portanto, que o escritor tem em vista todos os segmentos da sociedade e quer que todos saibam viver nesta terra agradando a Deus.
                                               Como ensinava o saudoso pastor Severino Pedro da Silva (1946-2013), enquanto o livro de Salmos nos mostra a relação do homem para com Deus, o livro de Provérbios nos mostra como devemos nos relacionar com os demais seres humanos.
                                               O livro de Provérbios, que tem 31 capítulos, pode ser dividido em quatro partes, a saber:
a)      1ª parte - primeira coletânea de provérbios de Salomão - Pv.1-9
b)      2ª parte - segunda coletânea de provérbios de Salomão - Pv.10-24
c)      3ª parte - terceira coletânea de provérbios de Salomão - Pv.25-29
d)      4ª parte - provérbios de Agur, Lemuel e o ensino da mulher virtuosa - Pv.30-31
                                               No livro de Provérbios, temos a apresentação da sabedoria como uma demonstração da excelência de Deus. Particularmente, em Pv.8:22-36, vemos a sabedoria como sendo o símbolo de Jesus.
                                               O livro de Eclesiastes é outro livro sapiencial atribuído a Salomão, que se segue ao livro de Provérbios, exatamente porque se entende que este livro é o livro da velhice de Salomão, a sua última obra, onde teria mostrado o seu desencanto com as coisas desta vida, teria percebido a "vaidade" da vida "debaixo do sol".
                                               O nome hebraico do livro é "Qohelet" ou "Cohelet", que significa "pregador" ou "orador da assembleia", título retirado das primeiras palavras do texto (Ec.1:1: "Palavras do pregador, filho de Davi, rei em Jerusalém"). Na Septuaginta, o título dado foi a tradução grega da palavra "pregador", ou seja, "ekkesiastes", que foi o nome adotado na Vulgata e na nossa língua.
                                               Segundo Finnis Jennings Dake, o livro possui 12 capítulos, 222 versículos, 33 perguntas, 34 ordens, nenhuma profecia, 1 promessa e nenhuma mensagem de Deus.
                                               O livro de Eclesiastes, que tem 12 capítulos, pode ser dividido em três partes, a saber:
a) 1ª parte - introdução - a vaidade de todas as coisas - Ec.1-3
b) 2ª parte - desenvolvimento - a demonstração da vaidade de todas as coisas mediante a análise do prazer, das riquezas, dos males e tribulações, seguida de vários conselhos práticos - Ec.4-11
c) 3ª parte - conclusão - temor a Deus é o dever de todo o homem - Ec.12
                                               No livro de Eclesiastes, observamos que tudo que é estabelecido como meta para a vida pelo homem (o que o pregador chama de "vida debaixo do sol") é vazio de sentido, é algo que não leva a lugar algum.

                                               A vida humana sem a dimensão da eternidade é vazio e a qualidade de ser vazio é a vaidade. Por isso, várias vezes o pregador afirma, neste livro, que "tudo é vaidade". A vida só tem sentido se tiver uma dimensão da eternidade. É esta a explícita conclusão a que chega o sábio: "De tudo que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra e até tudo que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau." (Ec.12:13).
                                               A dureza desta verdade explica o motivo de o livro de Eclesiastes incomodar tanto e de ser tão antipático a muitos. Neste livro,  ao apresentar a vida com base no homem como vaidade, anuncia-se, “a contrario sensu’, Jesus como o único sentido da vida.

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