segunda-feira, 11 de novembro de 2013

0 Missões para seis bilhões de pessoas



É incrível até mesmo iniciar este texto, pois o mesmo vai além de qualquer expectativa da visão humana, uma visão que não esteja totalmente dentro de um âmbito cercado pela fé.
Missões para seis bilhões de pessoas é um tema que abrange o mundo inteiro, que envolve todos os moradores da terra de modo literal e pessoal.
Nós temos o costume de escrever sempre direcionando nosso pensamento para uma, duas pessoas. Claro que queremos alcançar o maior número possível, mas se pelo menos duas pessoas gostarem do texto já ficamos realizados.
A população do mundo hoje gira em torno de seis bilhões de pessoas, sendo que um bilhão está às margens da falência, 2,8 bilhões vivem abaixo da linha da miséria; então, isso significa que quase quatro bilhões de pessoas estão correndo sério risco de morte.
Estão praticamente mortos de fome, de sede, vestindo trapos e totalmente focados no dia seguinte, pois suas vidas se transformaram em uma sobrevivência diária e não conseguem mais elaborar um plano e muito menos se preocupar com a vida espiritual, com suas mentes quase mortas.
Existe, também, esse um bilhão que está a cada dia entrando nas fileiras dos abaixo da linda da miséria. Isso significa que suas mentes estão na mira da sobrevivência. E quando o homem só pensa em sobreviver, não consegue focar nada mais além do que escapar de seu futuro caótico.
Quero lembrar que ainda resta um número que gira entorno de dois bilhões de seres humanos que estão vivendo, digamos assim, em um clima de estabilidade, e quando estamos vivendo em um clima de estabilidade não é difícil a possibilidade de estarmos tão tranquilos que não nos preocupemos com a morte.
Lembrando que a morte é o maior inimigo daqueles quatro bilhões que acabamos de mencionar, pois lutam diariamente para sobreviverem, ou seja, lutam para não morrer, já que a morte os ronda diariamente.
Mas quem vive na estabilidade suas vidas se transformam em uma vida de tranquilidade, de felicidade e de bem estar social, e nunca querem falar sobre a morte, não gostam de participar de nenhum tipo de assunto em que a morte esteja relacionada. Por incrível que pareça essa tranquilidade os leva a pensar em alguns momentos que são imortais, que a morte está longe de alcançá-los. Pois com uma vida feliz e tranquila a saúde sempre está presente.
E, caso se enfermarem, a confiança é tanta no dinheiro e na sua estabilidade social que a medicina tem condições de aumentar seus dias de vida. Quero me deter um segundo nessa linha de raciocínio. A sua fé no dinheiro é tanta que ele acredita que sua enfermidade, mesmo perigosa, não vai ser mais poderosa que a medicina. Nasce, então, aí, uma falsa segurança de vida; o homem cria uma imagem de que vai sobreviver, e faz centenas de planos para seu futuro, mesmo os idosos.
A medicina, com a sua mais alta tecnologia e remédios caríssimos, consegue apenas aumentar alguns dias de vida, enganando a mente humana. Não sei se observaram, mas os seis bilhões de seres humanos têm o mesmo dilema, a mesma luta diária. Estão correndo inconscientes da morte, não querem morrer de forma nenhuma. A morte é o novo e o desconhecido é algo que assusta a todos nós. E como pensar no novo e no desconhecido sem pensar na morte?
Todos os dias vivemos pequenas mortes que nos fazem refletir na capacidade de enfrentarmos uma nova situação, uma nova questão que ainda não havíamos experimentado. Portanto, falar de morte, nos remete a pensar na vida, a refletir sobre como temos vivido, como temos sentido, como temos aproveitado nossos potenciais e, principalmente, como vivemos sabendo que somos mortais e que, mais dia menos dia, também “viveremos” a experiência da morte.
Um dos maiores desejos do homem é o da imortalidade, já que a morte não é encarada como parte da vida, e sim como algo antagônico a ela. Tenho certeza que estou passando o que estou sentindo em relação à evangelização mundial e a urgência de fazermos algo imediatamente.
O tema Missões para seis bilhões de pessoas é muito mais abrangente do que imaginamos. Esse é o verdadeiro motivo pelo qual Jesus foi assassinado, e não apenas morto como muitos dizem.
Seu assassinato foi, na realidade, premeditado para que toda essa população mundial não tivesse a chance de vida.
A nossa sociedade, ainda hoje, considera a morte um tabu. Esse tema é evitado e ignorado, fazendo com que vejamos a morte como algo que acontece com os outros e não conosco. A questão principal é que não temos coragem de encarar nossa finitude, pois ela nos faz sentir que não somos tão importantes ou tão especiais assim.
Veja como o próprio Jesus vê a morte. Ele a vê como uma saída para a vida. Isso não se entende de forma nenhuma se não estivermos totalmente ligados à palavra de Deus. E isso se entende apenas pela fé viva nas Escrituras.
Um dia Jesus diz o seguinte: “Aquele que crer em mim, mesmo que esteja morto, viverá”. Jesus via a vida como a morte e a morte como o único meio de viver, pois Ele seria o responsável de acabar com ela, de destrocá-la, de pôr fim nesse temor humano de viver a morte.
Quando Ele olha o campo pronto a ser colhido vê os seres humanos prontos para ouvirem sua vitória sobre a morte, a qual havia conseguido encarar e vencer por nós. Mas o que falta hoje é exatamente isso, pessoas que acreditem nessa passagem bíblica e as leve ao maior número possível de homens e mulheres: isso se chama fazer missões. Ouvir o “Ide” de Jesus.
Nós, que fomos alcançados, mesmo sendo a minoria da população mundial, temos o dever de levar essa mensagem de uma vida eterna que, a despeito de ser espiritual, é real, verdadeira, e é também a única forma de sermos salvos. Mesmo nós, sendo crentes, cristãos salvos pela fé em Cristo, não queremos morrer também, e quem pode faz de tudo para viver mais umas semanas. Isso é obvio e acontece porque viver é bom. Mas o assunto aqui é viver sem Cristo, sem a esperança de não vivermos eternamente salvos nas mansões celestiais como muitos de nós fomos criados ouvindo isso dos mais antigos.
Viver é bom demais, mais viver para sempre, eternamente no terceiro céu, cear na mesa com o mestre, fazer parte do grande coro e das colunas do templo de meu Deus, com certeza é bem melhor.
Nossa fé em Cristo deve nos ensinar como disse Paulo: “para mim viver é Cristo e morrer é ganho”, ou seja, é Cristo também. Precisamos acreditar na vida eterna com Deus.
Apolicarpo, no ano 155 dC, foi convidado a negar a sua fé pelo pró-cônsul, senão seria jogado aos animais ferozes aos seus 86 anos de idade. Sua resposta foi a seguinte: “Pode fazer isso, soltem as feras”. Ele não temia a morte, porque sabia que não era prejuízo, mas se ainda vivesse seguiria falando de Cristo.
Não quero dizer que falar de Cristo aos quase quatro bilhões de miseráveis no mundo vai mudar a crise mundial e comida e dinheiro vão cair do céu. Eu quero dizer que o conceito da vida e da morte vai mudar nas vidas desse povo.
Creio que, quando conseguirmos abrir mão do apego à vida, a morte será considerada realmente como o fim de uma etapa boa e aí viveremos plenamente, com muito mais intensidade e com uma dose muito maior de valor à vida. É nos entregando para a possibilidade da morte que podemos viver realmente, pois se entregar para a possibilidade de morte é se entregar para a vida. Não quero dizer com isso que precisamos pensar na morte, nem tampouco fantasiar sobre todas as possibilidades diante dela, muito pelo contrário, quero conscientizá-los de que está em nossas mãos, os “crentes”, a séria responsabilidade de falar sobre “quem estiver em Cristo ainda que esteja morto viverá”.
Francamente eu queria viver o máximo possível, porque quero ter a maior oportunidade que puder para falar a todos que Jesus Cristo me deu esperança de vida. Jesus Cristo fez com que eu vivesse quando eu estava morto.

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