terça-feira, 25 de agosto de 2015

0 Lição 9 - A corrupção dos últimos dias



PORTAL ESCOLA DOMINICAL

TERCEIRO TRIMESTRE DE 2015
ADULTOS - A IGREJA E O SEU TESTEMUNHO: As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais
COMENTARISTA: ELINALDO RENOVATO DE LIMA
COMENTÁRIOS - PR. GENIVALDO TAVARES DE MELO
ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SETOR 62 PIRITUBA,SÃO PAULO/SP




LIÇÃO 9 - A CORRUPÇÃO DOS ÚLTIMOS DIAS
PONTOS A ESTUDAR:
I – OS TEMPOS TRABALHOSOS.
II – PAULO, UM EXEMPLO DE OBREIRO EM TEMPOS DIFÍCEIS.
III – O ENSINO DA PALAVRA DE DEUS EM TEMPOS DIFÍCEIS.
POR TRÁS DA MÁSCARA, A CORRUPÇÃO.


I – OS TEMPOS TRABALHOSOS.
1.1 Nos últimos dias.
Escrever sobre este assunto quando uma igreja co-irmã (seu líder, óbvio) é acusada de receber contribuição do dinheiro desviado da Petrobrás e um outro líder evangélico de expressão nacional acaba de anunciar novas núpcias, causa-nos profunda tristeza.
O mal está entrando em nossa casa ou já entrou.
O que combater primeiro. As heresias, a bagunça generalizada em forma de liturgia ou a imoralidade protagonizada por muitos ministros?
Esse assunto é tão palpitante que se o professor não segurar as rédeas, os alunos tomam conta, cada um com o seu próprio desabafo.
É preciso tomar muito cuidado para não fazer dos acontecimentos que ora assistimos, tema principal das pregações, pois em nada contribuiria para o bem estar dos irmãos.
1.2 Falsa aparência.
Quando o líder não zela pela sua moral, imaginem o que ele passa de ensinamento e exemplos.
O tempo está tão confuso que as pessoas não ligam para o mau procedimento dos seus líderes, consideram-no de qualquer maneira; “homem de Deus”.
É como se prevalecesse essa máxima: Nós não nos incomodamos com ele e ele não se incomoda conosco. Estamos quites!
O juízo de Deus será sem misericórdia.
IPd. 4:17 – “Já é tempo que o julgamento comece pela casa de Deus e se primeiro começa por nós, qual será o fim dos que são desobedientes.”.


II - PAULO, UM EXEMPLO DE OBREIRO EM TEMPOS DIFÍCEIS.
2.1 Um obreiro exemplar.
Um obreiro exemplar constrói ministros exemplares.
Carta de Paulo a Tito 2:9 “Em tudo te dá por exemplo de boas obras; na doutrina, mostra incorrupção, gravidade, sinceridade.”.
2.2 Modo de viver.
Inquieta-nos muito ouvir pregadores batendo forte em suas igrejas, cobrando conduta sem avaliar a própria conduta.
É uma pena que as pessoas vejam pecado somente nas questões morais mais conhecidas como; adulterar, mentir ou roubar.
Eu vejo pecado nas mentiras, na falta de respeito e da sinceridade, na falta de consideração de uns para com os outros, na inércia e na omissão. Esses males estão arraigados em muitas vidas roubando-lhes a autoridade.
Jo.8:7 “Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro a atirar pedra contra ela.”.
A igreja está sendo enfraquecida por dois grandes motivos.
- Falta do ensino bíblico sistemático e consistente.
- Pregadores envolvidos com interesses mesquinhos.
2.3 Intenção, fé longanimidade e amor.
Deus é Deus de compaixão, se não fosse, muitos já teriam caído.
Lm. 3:22. Diz que a sua misericórdia é a causa de não sermos consumidos.
Mt. 18:28. Na parábola do credor incompassivo, Jesus fala de um homem perdoado que não soube perdoar e isto é muito sério quando aplicada em nossas vidas.
Um pastor líder recebe um telefonema acusando o pastor local. O pastor líder, sem pensar na família desse obreiro e dos seus dramas, envia um caminhão e sem qualquer aviso troca-o de cidade de forma abrupta e intempestiva. Essas atitudes já ocorreram em muitas partes do nosso território e ainda acontece, sob a alegação de que: “orei e Deus mandou...”.
Melhor deixar o tapete no lugar? Levantar o tapete causa escândalo?
Se deixarmos tudo quieto por puro respeito humano, as coisas tenderão a piorar, mesmo sabendo que elas são cumprimento das profecias e que será impossível deter o avanço do mal até que Cristo venha.


III – O ENSINO DA PALAVRA DE DEUS EM TEMPOS DIFÍCEIS.
3.1 O valor do ensino bíblico.
Recomendo a leitura pausada deste tópico oferecida pelo comentador.
Levar em conta que sem o ensino bíblico a igreja enfraquecerá suas defesas (igreja local) e o mal se instalará com muita facilidade.
Saber que há obreiros despreparados para o ensino total, mas, que deve reconhecer isto e valorizar quem esteja do seu lado, capaz de supri-lo.
Um obreiro ou pastor que valoriza o ensino bíblico terá sempre a gratidão da igreja.
Saber que nem todos tem apreço à Palavra de Deus e fogem dos cultos de ensino, sabendo que há casos em que a culpa é do próprio obreiro ou pastor.
3.2 Combatendo o “espírito do Anticristo”
O autor afirma e é bíblico, texto citado, IJo 2:18, lembra-nos que muitos se tem feito anticristos dando-nos a perceber que é já a última hora.
O texto citado deve fortalecer o nosso pensamento que nada pode nos escandalizar por sabermos de antemão do surgimento de toda impiedade, dentro e fora da igreja (local).
Baseado em Ap. 3:14 sétima carta à igreja de Laodicéia, igreja local, muitos chamam o nosso tempo de “era de Laodicéia”; basta ler e comparar.
Como principais ataques, o autor do comentário diz que duas frentes são as mais usadas: Relativismo e leis infames.
Principalmente pela internet, o diabo tem trabalhado de maneira acelerada usando os homens como veículos de propagação do relativismo e isto têm invadido muitas igrejas; é lamentável.
Por liturgias viciadas e cânticos inebriantes sem qualquer consistência nos ensinos bíblicos.
3.3 A Palavra de Deus e seus referenciais éticos.
Muitos questionam a razão de atacarmos tanto, as heresias no seio da igreja e as leis espúrias no seio da sociedade.
Sempre aplico a máxima que o nosso silêncio é a morte dos inocentes.
No silêncio, a certeza de que eles estão certos e nós, igreja, errados.
Sempre questionei essa coisa de orar e deixar Deus agir, quando tentam aplicar isto em todos os momentos.
Não temos qualquer dúvida de que Deus age quando achar por bem, todavia, não podemos esquecer que nesta dispensação, muitas coisas passam, por que Deus vê o mundo através de Cristo e não há qualquer proibição de apelarmos para o direito quando a situação exigir.
Quantas leis já teriam passado; lei do aborto, do casamento gay na sua plenitude, da ingerência nas escolas de grupos libertinos, para conduzir nossas crianças ao envolvimento com a chamada diversidade.
Obviamente é preciso ser inteligente e sutil para atacar os males do presente século assim como Paulo atacou o pluralismo na Grécia e também em Éfeso. O uso da inteligência não faz mal a ninguém.


Fonte:http://prgenivaldo.blogspot.com.br/2015/08/ebd-lc9-corrupcao-dos-ultimos-dias.html Acesso em 24 ago. 2015.

domingo, 23 de agosto de 2015

0 A realidade bíblica sobre o inferno



Introdução
O debate sobre o inferno tem sido reacendido. Por diversas vezes, pregadores conhecidos e desconhecidos têm procurado dar suas visões acerca do inferno. Mais recentemente, um famoso preletor para jovens negou que o inferno seja real e/ou eterno. Alguns de seus livros têm sido traduzidos para nossa língua, bem como a sua série Nooma. Estou falando do Rob Bell, que recentemente causou estranheza

no mundo cristão ao afirmar: um Deus amoroso jamais sentenciaria almas humanas para o sofrimento eterno. Será?

Parece que tem sido moda1  (ou ressurgimento de antigas heresias) negar a existência e eternidade do inferno. Tudo em nome de anunciar uma mensagem que transija com o “bem-estar” e, principalmente, com a filosofia pluralista e a pseudotolerância de nosso século. A fim de transmitir a imagem de “pastores e pregadores” contemporâneos, tolerantes e “bona fide”, esses tais reformulam o amor de Deus, ensinando que “um Deus de amor não lançará ninguém no inferno”. Será contraditório um Deus de Amor condenar homens ao inferno? Se Deus realmente é amor, então como ele pode mandar alguém para o inferno?

No texto que lemos encontramos a seriedade com que Jesus alertou sobre esse terrível lugar. Jesus não disse que era um estado espírito, como querem alguns “pregadores modernos e adocicados”. Na verdade, nesta exposição temática, veremos o que a Escritura ensina sobre esse lugar terrível e algumas objeções levantadas por aqueles que negam o caráter eterno da punição. Rogamos a Deus que nos conceda cuidado, compaixão e, sobretudo, fidelidade ao pisar nesse terreno.

OPÇÕES OFERECIDAS PARA O DESTINO FINAL – SÃO BÍBLICAS?
Não parece ser uma boa opção alguém passar a eternidade em sofrimento. É isto que se deduz da palavra “inferno” e das expressões usadas por Jesus: tormento e sofrimento. No entanto, têm-se oferecido outras opções sobre o destino eterno dos homens. Quero avaliá-las nesse momento, pois elas respondem à pergunta: o que acontece conosco quando morremos? A seguir nos voltaremos para o texto bíblico em exame. São elas:
I.    Reencarnação – tem sido a visão mais popular. Os que ensinam essa concepção nos dizem que temos múltiplas e sucessivas vidas. No túmulo de Alan Kardec tem o seguinte lema: “Nascer, morrer, renascer e progredir sempre; está é a lei”. A Escritura não ensina reencarnação. Antes, ela diz: “aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo” (Hb 9. 27).

II.    Materialista/Naturalista – este grupo, embora menor, tem forte expressão. Eles nos dizem que não temos alma, que somos apenas corpo e que, ao morrer, deixamos de existir.  Tomando as Escrituras como autoritativa, encontramos o Senhor Jesus dizendo: “E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo” (Mt 10.28).

III.    Universalistas – alguns contemporâneos têm adotado essa visão. Entre eles o próprio Rob Bell. É também a teoria exposta no livro A Cabana (William P. Young, Ed. Sextante, 2008). Eles ensinam que no final todos que estão no inferno serão salvos e o inferno esvaziado. Por pensarem que todas as religiões conduzem a Deus, entendem então que todas as pessoas serão salvas. Porém, não é isso que Jesus Cristo ensinou. Na verdade, a própria morte de Jesus é sinal de que apenas alguns serão salvos (Cf. Mt 202.8; Mc 10.45). Também disse Isaias ecoado em Paulo: “Também Isaías clama acerca de Israel: Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo” (Rm 9.27).

IV.    Purgatório – esta é a doutrina esposada pelo Catolicismo Romano. De fato, a não ser no Livro Apócrifo de 2 Macabeus 12.46, as Escrituras não reconhecem tal doutrina. O que ela ensina? Ouçamos o que diz o Catecismo Católico: “Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham garantida a sua salvação eterna, passam, após a sua morte, por uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrarem na alegria do céu”(C.C, 1030 – 1032).

v.    Aniquilacionismo – é a crença de que os incrédulos não irão sofrer eternamente no inferno, mas que, após algum tempo, serão extintos e deixarão de existir. Embora homens de Deus como John Stott tenham crido nesta doutrina, à luz das Escrituras e da História da Igreja como registrada nas Confissões, a posição cristã tem sido de que os ímpios sofrerão eternamente no inferno. Ouça o que diz a Escritura: “E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.”(Ap 20.10; Cf. 14. 9 -11; 19.20).

O ENSINO BÍBLICO SOBRE O INFERNO
Por três vezes no texto, Jesus adverte aos discípulos: “melhor é para ti entrares na vida-reino de Deus – aleijado, coxo e cego – do que ires para o inferno” (v. 43, 45, 47). A cada advertência Jesus também acrescenta algo sobre o inferno: “para o fogo que nunca se apaga [ARA- inextinguível] (2x)” seguida de outro qualificativo: “onde o seu bicho não morre” 2.

Que descrição terrível vindo da doce voz do Senhor!

Precisamos lembrar que os discípulos não se impressionaram com a descrição. Por quê? Embora fosse uma nova revelação no ministério de Jesus, a descrição já era conhecida pelos discípulos na leitura dos Profetas: “e sairão [os eleitos], e verão os cadáveres dos homens que prevaricaram contra mim; porque o seu verme nunca morrerá, nem o seu fogo nunca se apagará; e serão um horror a toda a carne” (Is 66. 24). Diante das palavras de Jesus e, agora, considerando o todo da revelação bíblica, vejamos qual é o ensino bíblico sobre esse lugar.

Primeiro, o inferno é um lugar real – Jesus diz que as pessoas “vão para o inferno”. O verbo (eiseltein) usado implica em “deslocar-se” ou “separar-se”. No nosso texto usa-se com a preposição (eis) e o substantivo ten geennan. Essa construção gramatical dá a noção espacial . Desse modo, o que Jesus quer dizer é que alguém é “separado para dentro da Geena”. Mas, o que era a Geena?
A palavra traduzida por “inferno” (geena) era uma referência a um lugar chamado de “Vale de Hinom” (Cf. Js 15.  8; 16.18; 2 Rs 23. 10; 2 Cr 33.6). Ficava ao sul de Jerusalém e lá, os antigos judeus apóstatas, sacrificaram seus filhos ao deus pagão Moloque (Cf. 2 Cr 16.3; 21.6; Jr 7. 31; 19.5,6; 32.35). Foi o Rei Josias quem pôs fim a essa prática e transformou o lugar num lixão da cidade. Ali eram jogadas as carcaças de animais que eram queimadas dia e noite. Havia um fogo por baixo do monturo e, por não faltar carniças, nunca deixava de haver vermes.
Veio a ser, portanto, o designativo do lugar de juízo de Deus e se passaria a chamar “Vale da Matança” (Cf. Jr 7. 32;
19. 6, 7). Ao dizer, então, que os ímpios “vão para a Geena [inferno]” têm-se uma ideia acerca do horrível lugar. Decerto que não havia outra figura para demonstrar quão terrível e miserável é o inferno. Não havia descrição mais chocante para descrever sofrimento e tormento. Então, afirmamos à luz das Escrituras, o inferno é um lugar real.

Segundo, é um lugar de consciência – ora, ao dizer que “é melhor isso do que aquilo”, Jesus Cristo revela que aqueles que vão para o inferno estão conscientes de suas escolhas. Poderiam ter escolhido “ficar sem uma mão, um pé ou um olho” e entrar no reino de Deus, mas preferiram perder a sua vida. Semelhante imagem apresenta no v. 42 – “melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma pedra de moinho e que fosse lançado no mar” – em que aquele que fosse motivo de tropeço para um crente mais pequenino estava ciente do tropeço causado. Também o causador de tropeço estava consciente de sua pedra no pescoço e do lugar onde estava se lançando. De igual modo, aqueles que vão para o inferno saberão onde estão e por que estão ali.

Terceiro, é um lugar de permanente sofrimento – quando Jesus diz que “o fogo nunca se apaga e o verme não morre”, aponta para uma realidade permanente. O que mantém o fogo aceso é a existência de material para combustão. No inferno não faltará material para combustão. Claro que, ao usar a referência de “fogo” pode-se muito mais falar do sofrimento sob o juízo divino do que sob “chamas literais”, de acordo com alguns comentaristas. Diz Anthony Hoekema: “O objetivo das figuras, porém, é que o tormento e angústia internos, simbolizados pelo verme, nunca terão fim e os sofrimentos exteriores simbolizados pelo fogo nunca cessarão. Se as figuras utilizadas nesta passagem não significam sofrimento sem fim, então elas não significarão coisa alguma”.
Por diversas vezes, Jesus usa figuras semelhantes para falar do sofrimento eterno. Por exemplo, Jesus disse que é um lugar descrito como uma “fornalha de fogo” onde “haverá choro e ranger de dentes” (Mt 13.50; ); Jesus disse que os justos irão para vida eterna, mas os ímpios para “o tormento eterno” (Mt 25.46). Ora, não faria sentido pensar que os justos estarão junto a Deus por toda eternidade e, no mesmo texto, Jesus pensar que o tormento é temporário. O inferno também é chamado de “trevas” (Mt 25.30; 22.13). Em outra designação é que os que são destinados ao inferno “ira e indignação [...] tribulação e angústia”(Rm 2. 6-9). De acordo com João, os ímpios serão “atormentados de dia e de noite pelos séculos dos séculos” (Ap 20.10). De acordo com Apocalipse 19.20, a Besta e o Falso Profeta foram lançados vivos no “lago de fogo e enxofre”. Porém, depois de Mil Anos eles ainda estavam lá, onde receberão a companhia do diabo (Cf. Ap 20.10).

Quarto, o inferno é o lugar da Ira de Deus – quando Jesus diz “fogo que nunca se apaga”, isso nos fala não apenas do sofrimento, mas também da ira de Deus. Em mais de 600 lugares, a Bíblia fala sobre a ira de Deus. No caso específico do inferno, o fogo não é purificador, mas o “fogo da ira de Deus”. Alguns há que costumam colocar os atributos de Deus uns contra os outros, como se, porventura, algum atributo de Deus prevalecesse sobre os demais. Porém, a justiça de Deus, bem como seu amor e soberania, exigem a existência do inferno4 . Porque Deus é justo, ele não pode contemplar os pecados (Hb 1.13). Porque Deus é amor e amou ao mundo, aqueles que rejeitam esse grande amor rejeitam tão grande salvação (Hb 2.3).  Porque Deus é soberano, o mal precisa ser derrotado. Deus vencerá no final (Ap 20). O inferno, portanto, é o efeito da Ira de Deus. Conclui-se daí que o inferno não é governado por Satanás, mas Deus Reina também no inferno. Como disse William Hendriksen:5 “o inferno é inferno porque Deus está lá, Deus em toda a sua ira (Hb 12.29; Ap 6.16). O céu é céu porque Deus está lá, Deus em todo o seu amor. É desta presença de amor que o ímpio é banido para sempre.”

Quinto, Jesus ensina que é possível livrar-se de ir para o inferno – ao dizer “melhor é isso do que aquilo”, Jesus apresenta uma maneira de ser lançado no inferno. Diante do contexto maior (8.34ss), fica claro que os “seguidores de Jesus Cristo”, porque renunciaram aos seus pecados, negaram-se a si mesmo, tomaram a sua cruz e, até mesmo, perderam a sua vida “por amor de mim [Jesus Cristo] e do Evangelho” (Cf. 8.35). Assim, ao fazer a comparação entre o que é “melhor”, estamos diante do teste do Senhor para saber quem é seu discípulo ou não. Aqueles que não renunciam seus pecados aqui terão de sofrer com eles longe da Glória de Deus, em eterno sofrimento. Jesus apresentou o preço a se evitar.

Outra coisa, por duas vezes Jesus diz “entrares na vida” (v. 43, 45) e uma vez diz “entrares o reino de Deus”. Ficamos sabendo pelo interlocutor João que ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo (Jo 3.7). Por “novo nascimento” o cristianismo ensina ser “a alegria sincera em Deus, por Cristo (1) , e o forte desejo de viver conforme a vontade de Deus em todas as boas obras (2). (Is 57:15; Rm 5:1,2; Rm 14:17. (2) Rm 6:10,11; Gl 2:19,20)” (Catecismo de Heidelberg, p. 90).

O próprio Jesus reconheceu que o inferno não foi preparado primeiramente para o homem, mas para o “Diabo e seus Anjos” (Mt 25.41). E para livrar o homem de ir para o inferno, “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”(Jo 3.16). Porém, porque o homem permanece indiferente a Jesus Cristo, ou seja, não crê no Filho, então “não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece” (Jo 3.36).

E, ENTÃO?
Existem temas nas Escrituras que são dolorosos. Falar sobre o inferno é um desses temas. Porém, a doutrina sobre o inferno é parte da Teologia Bíblica, e como prova disso, o Senhor Jesus e seus apóstolos a ensinaram repetidamente.  Como disse o Bispo John Ryle, “não há misericórdia alguma em ocultar dos homens o assunto a respeito do inferno. Por mais temível e tremendo que seja o inferno, ele deve ser uma realidade fortemente inculcada sobre todos, como uma das grandiosas verdades do cristianismo. O apóstolo João, no livro de Apocalipse, com frequência o descreveu. Os servos de Deus, hoje, não devem sentir-se envergonhados de confessar a sua crença nesse assunto. Se não houvesse ilimitada misericórdia em Cristo, para todos aqueles que nele creem, bem poderíamos nos esquivar desse temível tópico” (1994, p. 119).

Não pensem que é fácil falar sobre os milhões que passarão a eternidade no lago de fogo. Alguns amigos até acham minha posição meio dantesca e, por isso, medieval. No entanto, minha tarefa como ministro do Evangelho é falar a verdade, seguir os passos do Mestre, mesmo que, ao expor essa doutrina, alguns se sintam incomodados com ela. Muitos estão a passos largos no caminho do inferno, caminhando sobre um grande abismo que não se abre para engolir alguns dos tais, tal como engoliu vivo a Datã, Coré e Abirão (Nm 16. 30-33) por causa das muitas misericórdias de Deus, desse mesmo Deus que eles provocam a sua ira.

Muitos ainda amam os seus pecados e, de forma enganosa, acreditam que podem desfrutar da eternidade com Deus sem seus pecados serem perdoados. Qual não será a surpresa de muitos ao perceberem que estão debaixo da Ira de Deus, simplesmente porque relutam em amar a Deus. Não é amor aos amigos e inimigos se não se anunciar o perigo que estão correndo. Talvez seja preciso que alguns precisem sentir o fogo do abismo queimando sob seus pés.

Dirijo-me àqueles que ainda não despertaram para conversão e para o perigo que estão correndo.

O inferno é para todos que não estão em Cristo. Hão de suportar o peso da ira de Deus. Foi João quem disse que Deus mesmo pelejará contra os que não se converteram ou que pensam que são convertidos. O Senhor Disse: “Eu sozinho pisei no lagar, e dos povos ninguém houve comigo; e os pisei na minha ira, e os esmaguei no meu furor; e o seu sangue salpicou as minhas vestes, e manchei toda a minha vestidura” (Is 63.3). Outra vez João, o Discípulo do Amor, viu a cena terrível: “E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso”(Ap 19.15).

Não há nada entre eles e o inferno a não ser a misericórdia de Deus. Mas lembrem-se: Ele está irado e quem pode lhe impedir de agir contra os seus pecados? Alguns supõem equivocadamente que está tudo bem com eles porque têm saúde, prosperidade, alegria, vão à igreja e desfrutam das bênçãos comuns de Deus. Mas isso não é garantia de que serão livres do inferno. A única garantia encontra-se no Cordeiro de Deus, que sofreu a Ira de Deus pelos homens. Se isso não é amor de Deus, em entregar o seu Filho por pecadores, não sabemos, então, o que é amor.

E estou a par de que essa mensagem não é popular. Sei também que alguns encontrarão pessoas que procurarão lhes dissuadir da realidade do inferno. Mas, “por que a cruz e todo sofrimento [de Jesus ], a não ser que haja o inferno? A morte de Cristo perde o seu significado eterno a não ser que haja uma separação de Deus da qual as pessoas precisam ser salvas” 6.  Não pense, também, que o inferno é apenas uma ameaça, e não uma realidade. Se assim o fosse, Deus seria mentiroso. Deus não usa mentiras para atrair aos homens.

Como disse, essa não é uma mensagem popular. Mas ela é verdadeira porque a Bíblia é verdadeira, porque Jesus Cristo é verdadeiro e não pode mentir. Seja Deus verdadeiro e os homens mentirosos (Rm 3.3). Meus amigos, a visão que temos de nossos pecados não é um mínimo daquilo que Deus vê em nós. Certa vez, o pregador Jonathan Edwards, amparado numa visão estritamente bíblica, nos deu um quadro dos pecados dos homens:
Vossas iniquidades vos fazem pesados como chumbo, pendentes para baixo, pressionados em direção ao inferno pelo próprio peso, e se Deus permitisse que caíssem vocês afundariam imediatamente, desceriam com a maior rapidez, e mergulhariam nesse abismo sem fundo. Vossa saúde, vossos cuidados e prudência, vossos melhores planos, toda a vossa retidão, de nada valeriam para sustentar-vos e conservar-vos fora do inferno. Seria como tentar segurar uma avalancha de pedras com uma teia de aranha. Se não fosse a misericórdia de Deus, a terra não suportaria vocês por um só momento, pois são uma carga para ela. A natureza geme por causa de vocês. A criação foi obrigada a se sujeitar à escravidão, involuntariamente, por causa da vossa corrupção. Não é com prazer que o sol brilha sobre vocês, para que sua luz vos alumie para pecarem e servirem a satanás. A terra não produz de bom grado os seus frutos para satisfazer vossa luxuria. Nem está disposta a servir de palco à exibição de vossas iniqüidades. Não é voluntariamente que o ar alimenta vossos corpos, mantendo viva a chama dos vossos corpos, enquanto vocês gastam a vida servindo os inimigos de Deus. As coisas criadas por Deus são boas e foram feitas para o homem, por meio delas, servisse ao Senhor. Não é com prazer que prestam serviço a outros propósitos, e gemem quando são ultrajadas ao servirem objetivos tão contrários à sua finalidade e natureza. E a própria terra vomitaria vocês se não fosse a mão soberana dAquele a quem vocês tanto tem ofendido. Eis aí as nuvens negras da ira de Deus pairando agora sobre vossas cabeças carregadas por uma tempestade ameaçadora, cheia de trovões. Não fosse a mão restringidora do Senhor, elas arrebentariam imediatamente sobre vocês. A misericórdia soberana de Deus, por enquanto, refreia esse vento impetuoso, do contrário ele sobreviria com fúria, vossa destruição ocorreria repentinamente, e vocês seriam como palha dispersada pelo vento"

Portanto, Deus está exortando-lhes, em nome de Cristo, por essa palavra rogando-lhes que se reconciliem com Deus (2Co 5.11-20). Não há muitas opções. É estar em Cristo ou longe dele. É céu ou inferno. Não brinque de cristão, não brinque de crente, não brinque de religiosos ou mesmo ateu. O Senhor Jesus é o seu Deus e Salvador? De fato, você já o recebeu e, portanto, pode ser contado entre os Eleitos do Senhor? O machado já está posto à raiz e “toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo” (Mt 7.19), disse o Senhor Jesus. Onde estão os frutos? O Senhor ainda disse: “Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem” (Jo 15. 6). Se isso não for uma realidade em sua vida, então a Ira de Deus permanece sobre você e você será lançado no inferno, no lugar que foi criado para o diabo e seus anjos. Rejeitando a presença de Deus, você estará em companhia do diabo e seus anjos. Fuja para os braços misericordiosos do Senhor Jesus enquanto é tempo!

http://www.teologiabrasileira.com.br/teologiadet.asp?codigo=232

sábado, 15 de agosto de 2015

0 Bebendo um copo de água suja




Você beberia um copo de água suja? E se esse copo estivesse com setenta por cento (70%) de água pura e a restante imunda você abriria uma exceção?Acredito firmemente que não.

 Afirmo que eu particularmente, jamais aceitaria uma água que estivesse com apenas 1% de sujeira. Mas essa é a triste realidade de algumas igrejas da atualidade. Estamos servindo água suja à Igreja disfarçando-a de água limpa e como se não bastasse, a grande maioria está simplesmente consumindo essa água.

Algumas igrejas estão inserindo em seu cardápio danças, entretenimentos afins, futebol gospel, clube dance gospel, balada gospel etc. Tenho até a impressão que daqui a pouco criaremos uma versão do inferno gospel.

Faço minhas as palavras do grande pregador britânico Charles Spurgeon : “Chegará um dia em que no lugar dos pastores alimentar as ovelhas, haverá palhaços a entreter bodes”. Estamos literalmente vivendo esse tempo senhores, pois que o evangelho da graça, da renuncia e da cruz perdeu o seu sabor; no lugar deles entrou o evangelho da mentira, da massagem no ego, do entretenimento e da liberação total.

Eu me pergunto sinceramente se os profetas veterotestamentários e os apóstolos do Senhor Jesus estivessem aqui agora pessoalmente vivendo entre nós o que diriam do nosso comportamento como igreja? Qual seria a reação deles se entrassem em nossos templos e vissem os desfiles de roupas e a falsidade disfarçada de cristianismo estampada em nossa cara?

Chegará o dia em que todos nós com cara descoberta daremos conta de todas as nossas ações diante do Todo Poderoso que vê todas as coisas. O apostolo Paulo disse que a missão dos pastores era a de preparar a igreja como uma noiva ataviada para entregar a um marido, saber, a Cristo. Mas eu pergunto: Que tipo de noiva estamos preparando para o altar do Senhor? Será que ele receberá uma noiva prostituida com o mundo? Uma noiva que se veste como o mundo? Que fala como o mundo e que se
porta como o resto do mundo?

João Augusto de Oliveira

0 Lições Bíblicas 4º Trimestre - Estudos sobre o Livro de Gênesis (O Começo de Todas as Coisas)



Sumário: 

1- Gênesis, o Livro da Criação Divina 
2- A Criação dos Céus e da Terra 
3- E Deus os Criou Homem e Mulher 
4- A Queda da Raça Humana 
5- Caim Era do Maligno 
6- O Impiedoso Mundo de Lameque 
7- A Família que Sobreviveu ao Dilúvio 
8- O Início do Governo Humano 
9- Bênção e Maldição na Família de Noé 
10- A Origem da Diversidade Cultural da Humanidade 
11- Melquisedeque Abençoa Abraão 
12- Isaque, o Sorriso de uma Promessa 
13- José, a Realidade de um Sonho

O comentário das lições será feito por: Pr. Claudionor de Andrade.



sexta-feira, 14 de agosto de 2015

0 O satanismo em nossa sociedade




A tragédia do satanismo na sociedade moderna – Documentário “adoradores do demônio”

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

0 A doutrina da Trindade



ÍNDICE GERAL

I. DEFINIÇÃO

II. PROVAS DA TRINDADE

A. HÁ UM SÓ DEUS VIVO E VERDADEIRO

B. DEUS EXISTE COMO TRÊS PESSOAS
1. O Pai é Deus
2. O Filho é Deus
3. A Cristo são atribuídos os atributos que são designados somente à Deus:
4. O Espírito Santo é Deus

C. SÃO PESSOAS DISTINTAS ENTRE SI
1. Relacionamento Pessoal
2. São Apresentadas Separadamente

D. QUANTO AS OBRAS DE CADA UM
1. A Criação do Universo 
2. A Criação do Homem
3. A Morte de Cristo
4. Ressurreição
5. Inspiração das Escrituras

III. A DOUTRINA DA TRINDADE NO VELHO TESTAMENTO

A. OS NOMES DE DEUS NO PLURAL

B. O ANJO DO SENHOR

C. A BÊNÇÃO ARAÔNICA

D. LOGO NO INÍCIO

IV. A TRINDADE NO NOVO TESTAMENTO

A. NA FÓRMULA BATISMAL

B. NO BATISMO DE CRISTO

C. NA BÊNÇÃO APOSTÓLICA

D. O FILHO E O ESPÍRITO É DEUS 

E. PRINCIPAIS DECLARAÇÕES BÍBLICAS

F. AS TRÊS PESSOAS RECEBEM OS MESMOS ATRIBUTOS

Bibliografia


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I. DEFINIÇÃO


Deus é uma Unidade, uma essência divina, existindo em Três Pessoas na Divindade, sendo essas Três: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.
A Palavra Trindade não se encontra na Bíblia.

O Credo Atanasiano diz: 
“Adoramos um Deus em Trindade, e Trindade em Unidade, sem confundir as Pessoas, sem separar a substância”.

Cada uma das Três Pessoas da Trindade é Deus, sendo iguais em autoridade, glória e poder. Cada uma igual às outras, merecendo o mesmo culto, a mesma devoção, a mesma confiança e fé.





II. PROVAS DA TRINDADE


A. HÁ UM SÓ DEUS VIVO E VERDADEIRO

A Doutrina da Trindade não é uma forma de Triteísmo, ou seja, não é uma crença em três Deuses.

“Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor” (Dt 6.4)

“Assim diz o Senhor, Rei de Israel, seu Redentor, o Senhor Deus dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e além de mim não há Deus” (Is 44.6)

“Não terás outros deuses diante de mim” (Ex 20.3)

“Eu e o Pai somos um” (Jo 10.30)

“Crês, tu que Deus é um só? Fazes bem” (Tg 2.19)

“Sabemos que o ídolo de si mesmo nada é no mundo, e que não há senão um só Deus” (1Co 8.4)

“Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos” (Ef 4.5,6)

“Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o último, o princípio e o fim” (Ap 22.13)



B. DEUS EXISTE COMO TRÊS PESSOAS

1. O Pai é Deus

“Todavia, para nós há um só Deus, o Pai...” (1Co 8.6)

“... segundo a presciência de Deus Pai...” (1Pe 1.2)

“... subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus” (Jo 20.17)


2. O Filho é Deus

“Cristo, ..., o qual é sobre todos, Deus bendito para todo o sempre” (Rm 9.5)

“Porquanto nele (Cristo) habita corporalmente toda a plenitude da Divindade” (Cl 2.9)

“Eu e o Pai somos um” (Jo 10.30)

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1.1)

“Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou” (Jo 1.18)

“Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu!” (Jo 20.28)

“... e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as cousas, e nós também, por ele” 1Co 8.6)

“Mas acerca do Filho: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre...” (Hb 1.8)

“... estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna” (1Jo 5.20)

“Aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus” (Tt 2.13)

“Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as cousas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas” (Ap 4.11)


3. A Cristo são atribuídos os atributos que são designados somente à Deus:

a) Santidade: Mc 1.24; 2Co 5.21; Jo 8.46; Hb 7.26

b) Eternidade: Jo 1.1; 8.58; Hb 1.8; Jo 17.5

c) Vida: Jo 1.4; 14.6; 11.25

d) Imutabilidade: Hb 13.8; 1.11,12

e) Onipotência: Mt 28.18; Ap 1.8

f) Onisciência: Jo 16.30; Mt 9.4; Jo 6.64; Cl 2.3

g) Onipresença: Mt 28.20; Ef 1.23

h) Criação: Jo 1.3; 1.10; Cl 1.16,17; Hb 1.3

i) Ressuscitando os mortos: Jo 5.27-29

j) Oração e devoção devem ser dirigidas a Cristo: Jo 14.14; Lc 24.51,52; At 7.59; Jo 5.23; At 16.31; Hb 1.6; Fp 2.10,11; 2Pe 3.18; Hb 13.21; Is 45.22

Conforme esses atributos que são dados a Cristo, nos é ensinado de forma clara a Sua Divindade, caso contrário seria uma blasfêmia atribuir a Ele, os atributos, caso não fosse Deus.


4. O Espírito Santo é Deus

“Então disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisse ao Espírito Santo... Não mentistes aos homens mas a Deus” (At 5.3,4)

“Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito que nele está? assim também as cousas de Deus ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus” (1Co 2.11)

“Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade” (2Co 3.17)

“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome (singular) do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28.19)

O Espírito Santo é colocado ao mesmo pé de igualdade com o Filho e com o Pai e Ele têm os mesmos poderes e atributos.



C. SÃO PESSOAS DISTINTAS ENTRE SI

1. Relacionamento Pessoal

Nas relações pessoais que a Trindade têm entre si é evidenciado que são Pessoas diferentes. As suas designações Pai, Filho e Espírito Santo testificam isso:

a) Usam mutuamente os pronomes Eu, Tu, Ele quando falam um do outro, ou entre si (Mt 17.5; Jo 17.1; 16.28; 16.13)

b) O Pai ama o Filho, e o Filho ama o Pai. O Espírito Santo glorifica o Filho (Jo 3.35; 15.10; 16.14)

c) O Filho ora ao Pai (Jo 17.5; 14.16)

d) O Pai envia o Filho, e o Filho e o Pai enviam o Espírito Santo que atua como Seu Agente (Mt 10.40; Jo 17.18; 14,26; 16.7)

Porquanto, pelo fato de usar pronomes Eu, Tu, entre Si é evidenciado que há um só Deus em Três Pessoas Distintas.


2. São Apresentadas Separadamente

Três Pessoas distintas são apresentadas em 2Sm 23.2,3; Is 48.16; 63.7-10. Igualmente, à vista do fato da criação ser atribuída a cada Pessoa da Divindade separadamente, como também a Eloim com as palavras “Também disse Deus (Eloim): Façamos o homem ‘a nossa’ imagem” (Gn 1.26). 

Temos forte convicção da mesma verdade no plural de Eclesiastes 12.1 que diz: “Lembra-te do(s) teu(s) criador(es) nos dias da tua mocidade”, e Is 54.5, que diz: “Porque o(s) teu(s) criador(es) é(são) teu marido”.



D. QUANTO AS OBRAS DE CADA UM

É declarado que Cada Pessoa realiza as obras de Deus e assim todas a executaram. Nunca é mencionado as Três Pessoas realizando as obras juntas e sim como que se a outra não a tivesse realizado.

1. A Criação do Universo 
Pai (Sl 102.25); Filho (Cl 1.16); Espírito Santo (Gn 1.2; Jó 26.13). Tudo se combina com Gn 1.1 (Deus – Eloim).

2. A Criação do Homem
Pai (Gn 2.7); Filho (Cl 1.16); Espírito Santo Jó 33.4). Resumindo tudo isso em Ec 12.1 e Is 54.5, onde Criador é plural no original.

3. A Morte de Cristo
Pai (Sl 22.15; Rm 8.32; Jo 3.16); Filho (Jo 10.18; Gl 2.20); Espírito Santo (Hb 9.14).

4. Ressurreição
Pai (At 2.24); Filho (Jo 10.18; 2.19); Espírito Santo (1Pe 3.18).

5. Inspiração das Escrituras
Pai (2Tm 3.16); Filho (1Pe 1.10,11); Espírito Santo (2Pe 1.21).





III. A DOUTRINA DA TRINDADE NO VELHO TESTAMENTO


O Velho Testamento logo no seu início insinua uma pluralidade na Divindade, demonstrando assim, claramente a Trindade (Gn 1.1,26; 3.22; 11.6,7; 20.13; 48.15; Is 6.8).


A. OS NOMES DE DEUS NO PLURAL

Em Gênesis 1.1 vemos o nome Eloim. Este Nome é plural na forma, mas singular no significado. Os versículos seguintes demonstram isso (Gn 1.26,27; 3.22); indicando então uma Trindade.

Há vários versos que Deus aparece falando consigo mesmo e com isso demonstrando conselho dentro da Trindade. Sabemos que Deus não se aconselha e nem pede conselhos (Gn 1.26,27; 3.22; 11.7; Is 6.8); indicando assim uma Trindade. Essa auto-conversa não pode ser atribuída aos anjos, pois eles não estavam associados com Deus na criação.



B. O ANJO DO SENHOR

Esse se trata do Logos pré encarnado, Deus Filho, em manifestação angélica ou até mesmo humana. 

Algumas dessas manifestações se deram a: Hagar (Gn 16.7-14); Abraão (Gn 22.11-18); Jacó (Gn 31.11,13); Moisés (Ex 3.2-5); Israel (Ex 14.19; cf. 23.20; 32.34); Balaão (Nm 22.22-35); Gideão (Jz 6.11-23); Manoá (Jz 13.2-25); Davi (1Cr 21.15-17); Elias 1Rs 19.5-7); Ele feriu de morte 185.000 assírios em uma noite (2Rs 19.35); etc. 

Este Anjo foi adorado (Ex 3.5,6), se Ele não fosse Cristo, seria blasfêmia um anjo receber adoração que é devida só a Deus (Ap 22.8,9). 

Essas manifestações no Velho Testamento tinham por finalidade prever a hora em que finalmente Ele viria na carne. Apenas uma única exceção, em que o anjo não é o Logos se encontra em Ageu 1.13, onde o próprio Ageu é o “mensageiro” do Senhor.

Outras provas bíblicas dessa afirmação são: Gn 17.2,17; 18.22 com 19.1; Js 5.13-15 com 6.2; Jz 13.8-21; Zc 1.11; 3.1; 13.7.



C. A BÊNÇÃO ARAÔNICA

Esse exemplo de trisagia indica uma insinuação da Trindade (Nm 6.24-26).

“O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o rosto e te dê a paz”.

Note que muito embora a passagem citada seja uma bênção, é um só o Deus que abençoa. Sabemos isso pela menção da verso seguinte: “Assim porão o meu nome sobre os filhos de Israel, e eu os abençoarei”. 



D. LOGO NO INÍCIO

Encontramos no primeiro versículo da Bíblia duas manifestações da Divindade que segue: “No princípio criou Deus... e o Espírito de Deus movia-se”. Portanto notamos que o Criador de todas as Coisas é Deus e o Espírito Santo move-Se sobre este mundo, com o propósito de nos conduzir, guiar e instruir no caminho que Ele deseja que andemos.

A palavra usada Eloim, Deus em português, é o primeiro dos nomes da Divindade, é um substantivo plural na forma, mas singular no significado quando se refere ao verdadeiro Deus.





IV. A TRINDADE NO NOVO TESTAMENTO


No Novo testamento a Trindade é perfeitamente identificada. Por isso ela pode ser facilmente formulada pelas passagens que se seguem:


A. NA FÓRMULA BATISMAL

As instruções de Cristo de batizarem “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” declaram a Trindade (Mt 28.19).



B. NO BATISMO DE CRISTO

As Três Pessoas da Divindade são evidenciadas distintamente em Seu Batismo (Mt 3.16,17).



C. NA BÊNÇÃO APOSTÓLICA

As Três Pessoas são vistas (2Co 13.14).



D. O FILHO E O ESPÍRITO É DEUS 

Juntamente com o próprio Deus eles formam uma Unidade (Jo 6.27; 10.30; At 5.3,5).



E. PRINCIPAIS DECLARAÇÕES BÍBLICAS: 

1. Em João 1.1 encontramos uma das maiores provas de que Cristo é Deus. No original grego diz: “e Deus era a palavra”, declarando assim explicitamente que Cristo é Deus.

2. Sabemos que Deus é o Criador das coisas, em Jo 1.3; Hb 1.2; Cl 1.16, vemos que Cristo é o Criador de todas as coisas.

3. Tomé declara em relação a Cristo: “Senhor meu e Deus meu!” (At 20.28).

4. UMA PROVA “ESPETACULAR” DA TRINDADE

Observe a passagem clássica em Isaías 6.
a) O Ser a Quem é dirigido a adoração é o “Senhor dos Exércitos”, o Pai.

b) Mas em João 12.41 em manifesta referência a esta transação diz sobre a glória dele (de Cristo). Portanto, temos também o Filho, cuja glória nesta ocasião o profeta disse ter visto.

c) Atos 28.25 determina que também havia a presença do Espírito Santo. As palavras deste versículo, Isaías declara que foram ditas na mesma ocasião pelo “Senhor dos Exércitos” (Is 6.9).

Resumindo todas as circunstâncias de Isaías 6:

O LUGAR: o santo lugar dos santos;

a repetição da homenagem, TRÊS vezes, Santo, santo, santo;

o ÚNICO Jeová dos Exércitos, a quem foi dirigida; 

O pronome plural usado por este ÚNICO Jeová, NÓS; 

A declaração do evangelista de que nesta ocasião Isaías viu 
a glória de CRISTO; 

A declaração de Paulo, que o Senhor dos Exércitos que falou nessa ocasião era o ESPÍRITO SANTO;

E a conclusão não parecerá desprovida da mais poderosa autoridade, tanto circunstancial quanto declaratória, que a adoração, Santo, santo, santo, referia-se à Divina Trindade, na essência do Senhor dos Exércitos. 

De acordo com isso, em Apocalipse, “o cordeiro” está em associação com o Pai, sofre ou é objeto de igual homenagem e louvor dos santos e dos anjos. Esta cena em Isaías é transferida para o capítulo quatro (v.8), e as “criaturas viventes”, os serafins do profeta, são ouvidos na mesma melodia e com a mesma repetição trina, dizendo: “Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-poderoso, aquele que era, que é e que há de vir”.


5. Vejamos outra passagem: Gênesis 48.15,16

Temos, nas palavras de Jacó, a menção de Três Pessoas distintas:

a) “O Deus em cuja presença andaram meus pais” e

b) “o Anjo que me tem livrado”. 

Temos aqui pelo menos duas Pessoas; mas, mais adiante, temos, o

c) “Deus que me sustentou”.

Este último, indubitavelmente distingue-se do Anjo e também do Deus diante do qual os seus pais andaram. Portanto, temos aqui Três Pessoas distintas, sob três nomes pessoais e realizando obras distintas. Cada um realizando obras distintas e recebendo adoração que só a Deus é devida. 

Os dois outros são realmente Pessoas Divinas, pois as Escrituras confirmam isso:

Elas descrevem Deus Pai como o líder, o mestre, ou aquele diante do qual nossos pais andaram;

e o Filho como o Goel, o Anjo que remiu; e Deus que é o Autor de toda iluminação, santificação e conforto, com o Espírito Santo que nos fornece alimento espiritual e nos alimenta com ele.

Também outras passagens atribuem ser Cristo o Próprio Deus (Rm 9.5; Tt 2.13; Hb 1.8; 1Jo 5.20; 1Co 8.5,6; Ap 4.11).



F. AS TRÊS PESSOAS RECEBEM OS MESMOS ATRIBUTOS:

* Eternidade: Pai (Sl 90.12); Filho (Ap 1.8,17; Jo 1.2; Mq 5.2); Espírito Santo (Hb 9.14).

* Poder infinito: Pai (1Pe 1.5); Filho (2Co 12.9); Espírito Santo (Rm 15.19).

* Onisciência: Pai (Jr 17.10); Filho (Ap 2.23); Espírito Santo (1Co 2.11).

* Onipresença: Pai (Jr 23.24); Filho (Mt 18.20); Espírito Santo (Sl 139.7).

* Santidade: Pai (Ap 15.4); Filho (At 3.14); o Espírito é chamado de Espírito Santo, foi por isso que os anjos clamaram: “Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos” (Is 6.3).

* Verdade: Pai (Jo 7.28); Filho (Ap 3.17); Espírito Santo (1Jo 5.6).

* Benevolentes: Pai (Rm 2.4); Filho (Ef 5.25); Espírito Santo (Ne 9.20).

* Comunhão: Pai (1Jo 1.3); Filho (idem); Espírito Santo (2Co 13.14).

Tudo o que se diz de uma Pessoa é como que se as outras não existissem. O fato de que cada Pessoa possui todas as características divinas e de maneira tão completa que pareceria que nenhuma outra precisaria possuí-las, declara a distinção existente entre as Pessoas. 

Por outro lado, o fato de que elas todas manifestam estas características de maneira idêntica e na mesma medida, declara a Unidade da qual o seu modo de existência brota.

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BIBLIOGRAFIA

BANCROFT, E. H. Teologia Elementar: doutrinária e conservadora. 7ª ed. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1992.

BÍBLIA. Português. A Bíblia Sagrada: com as referências e anotações de Dr. C. I. Scofield. Kissimmee, Flórida, USA: Imprensa Batista Regular do Brasil, 1983. [Hélio e solascriptura-tt rejeitam esta Bíblia]

BOETTNER, Loraine et al. A Doutrina da Trindade. Leiria Portugal: Edições Vida Nova, s.d.

CHAFER, Lewis Sperry. Teologia Sistemática. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1986.

DUSILEK, Darci. A Nova Vida em Cristo. Rio de janeiro, Gb.: JUERP, 1975.

EMAÚS, Escola Bíblica. O que a Bíblia Ensina.

GUTZKE, Manford G. Manual de Doutrina: temas centrais da fé cristã. 2ª ed. São Paulo, S.P.: Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, 1990.

HISCOX, Edward T. Manual das Igrejas Batistas. São Paulo, S.P.: Imprensa Batista Regular, 1985.

THIESSEN, Henry Clarence. Palestras em Teologia Sistemática. São Paulo, S.P.: Imprensa Batista Regular do Brasil, 1987.








Pr. Cleverson de Abreu Faria 
Igreja Batista Salém
Pinhais - Curitiba - PR
Ministério com Jovens
1º tesoureiro da MBBF (Missão Batista Brasileira Fundamentalista)





As ACF (Almeida Corrigida Fiel, da SBTB) e ARC (ARC idealmente até 1894, no máximo até a edição IBB-1948, não a SBB-1995) são as únicas Bíblias impressas que o crente deve usar, pois são boas herdeiras da Bíblia da Reforma (Almeida 1681/1753), fielmente traduzida somente da Palavra de Deus infalivelmente preservada (e finalmente impressa, na Reforma, como o Textus Receptus).



(Copie e distribua ampla mas gratuitamente, mantendo o nome do autor e pondo link para esta página de http://solascriptura-tt.org)

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

0 Lição 7 – Eu sei em quem tenho crido



Iniciando o terceiro bloco de nosso trimestre, passaremos a estudar a Segunda Epístola de Paulo a Timóteo. No primeiro capítulo desta carta, vemos como a fé é necessária para que não nos abalemos nas dificuldades desta vida terrena.

PORTAL ESCOLA DOMINICAL
3º Trimestre de 2015 - CPAD
A IGREJA E O SEU TESTEMUNHO – as ordenanças de Cristo nas cartas pastorais
Comentários da revista da CPAD: Elinaldo Renovato de Lima


LIÇÃO Nº 7 – EU SEI EM QUEM TENHO CRIDO


                                                A fé é necessária para que não nos abalemos nas dificuldades desta vida terrena.                                         

INTRODUÇÃO
- Iniciando o terceiro bloco de nosso trimestre, passaremos a estudar a Segunda Epístola de Paulo a Timóteo.
- No primeiro capítulo desta carta, vemos como a fé é necessária para que não nos abalemos nas dificuldades desta vida terrena.


I – SAUDAÇÕES INICIAIS DA SEGUNDA EPÍSTOLA DE PAULO A TIMÓTEO

- Na sequência do estudo deste trimestre, em que estamos a analisar as chamadas “cartas pastorais” de Paulo, passaremos a estudar, neste terceiro bloco deste trimestre, a Segunda Epístola de Paulo a Timóteo, que, na verdade, foi a última epístola escrita pelo apóstolo, quando já se encontrava na sua segunda prisão em Roma, prisão que resultou na sua condenação à morte, sendo um dos muitos cristãos martirizados na primeira grande perseguição romana contra a Igreja, ocorrida durante o reinado de Nero.
- Paulo havia sido absolvido e saído da prisão em Roma, como lhe fora revelado pelo Espírito Santo e dito na carta que escreveu aos filipenses (Fp.1:24-26; 2:24). Naquela ocasião, as acusações contra ele eram religiosas, promovidas que foram pelos judeus (At.24:2-22) e o governo romano entendeu não haver qualquer delito contra o Império. Paulo, então, como temos visto neste trimestre, partiu para Filipos e mandou Timóteo para assumir a igreja em Éfeso (I Tm.1:3).
- Muito provavelmente, Paulo, depois de ir a Filipos, foi para a Espanha, como era seu intento desde antes de ser preso a Jerusalém (Rm.15:24), devendo ter retornado à Ásia, mais precisamente a Trôade (Cf. II Tm.4:13), onde, possivelmente, foi novamente preso, por ter sido acusado por Alexandre, o latoeiro (Cf. II Tm.4:14), acusação que já era de natureza política, já que Nero iniciara perseguição contra os cristãos, que se recusavam a adorar o Imperador, sendo, então, levado novamente a Roma.
- Paulo, conhecedor que era do direito romano, bem percebeu que não teria sucesso desta feita, que a condenação era certa. Já havia participado da primeira audiência e sentira que sua sorte estava determinada. O próprio Espírito Santo revelou a Paulo que ele morreria por causa da fé (Cf. II Tm.4:6-8).
- Diante desta circunstância, Paulo sentiu a necessidade de escrever uma nova carta a seu filho na fé, Timóteo, a fim de lhe dar as últimas orientações a respeito do ministério pastoral, como também para pedir que viesse visita-lo, pois o apóstolo, que muito amava aquele jovem pastor, queria despedir-se dele, ter novamente a sua companhia.
- Paulo, então, inicia sua carta reafirmando a sua autoridade apostólica, lembrando que era apóstolo de Jesus Cristo pela vontade de Deus, segundo a promessa da vida que está em Cristo Jesus (II Tm.1:1).
- Esta apresentação que Paulo faz de si mesmo mostra-nos, de pronto, que o apóstolo, apesar das circunstâncias extremamente adversas que estava a passar, não estava espiritualmente abalado, embora, logicamente, do ponto de vista sentimental e emocional, estivesse abatido, já que prenunciava a sua condenação à morte, estando, ademais, em uma prisão, sofrendo a solidão, abatimento que fica bem nítido ao longo desta epístola.
- Ao dizer que era apóstolo de Jesus Cristo pela vontade de Deus, Paulo demonstrava a convicção de sua chamada divina e reconhecia que, como apóstolo de Jesus, tinha, mesmo, de ter o mesmo destino que tinha tido o seu próprio Senhor. Esta convicção era, sem dúvida alguma, uma rememoração das palavras de Cristo aos Seus discípulos de que, se Ele, que era o Senhor, havia sido aborrecido dos homens, não podiam os discípulos aguardar outra reação por parte do mundo (Jo.15:18-20), se mataram o madeiro verde (Jesus), fariam o mesmo com o madeiro seco (os discípulos) (Lc.23:31).
- Precisamos, também, ter esta convicção que tinha o apóstolo Paulo. Precisamos ter consciência de nosso chamado não só à salvação, como também ao ministério, e tal convicção nos permitirá passar pelas tribulações da vida sem abalarmos a nossa fé, não permitindo que as adversidades nos impeçam de continuar caminhando para o céu.
- Mas, ao mesmo tempo em que o apóstolo tinha convicção de sua chamada, num olhar para o passado que o mantinha firme na sua caminhada para o céu, também tinha um olhar para o futuro, porquanto dizia que havia uma “promessa da vida que está em Cristo Jesus”. Como afirma Tomás de Aquino: “…O fruto desta dignidade não é algo terreno, mas, sim, ‘segundo a promessa de vida’, isto é, para conseguir a vida eterna prometida por Cristo. Este deve ser o objetivo de todos os prelados. ‘aqueles (os que hão de lutar na arena), para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível (I Co.9:25)…” (Comentário à Segunda Epístola de Paulo a Timóteo. Cit. II Tm.1:1-3, n.2. Disponível em: http://www.clerus.org/bibliaclerusonline/pt/index.htm Acesso em 02 jun. 2015) (tradução nossa de texto em espanhol).
- O comentarista bíblico Matthew Henry, ao comentar esta passagem, diz: “…O evangelho é a promessa de vida em Cristo Jesus. A vida é o alvo; e Cristo, o caminho (Jo.14:6). A vida é colocada na promessa; e ambas estão seguras em Cristo Jesus, a testemunha fiel. Porque todas quantas promessas há de Deus são nele sim; e por ele o Amém (II Co.1:20).…” (Comentário Novo Testamento Atos a Apocalipse obra completa. Trad. de Degmar Ribas Júnior, p. 705).
- Como afirma William Hendriksen: “…É muito oportuno que Paulo, o prisioneiro que se defronta com a morte, tenha firmado sua atenção na promessa de vida indestrutível. Esta é, naturalmente, a vida que se centra (implícito) ou está ‘em Cristo Jesus’, porque sem Sua expiação ou intercessão ninguém jamais entraria na posse desta vida, dessa salvação…” (Comentários I Timóteo, II Timóteo e Tito. Trad. de Válter Graciano Martins, p. 276) (destaques originais).Ou, como afirma Hans Bürki: “…Diante da iminente morte seu olhar contempla a promessa da vida. Essa sucinta asserção também pode conter o grato conhecimento de que ele foi chamado como apóstolo para ser, até a última hora, um mensageiro da vida, que se manifestou e pode ser encontrada no Messias Jesus. Não de forma abrandada, mas particularmente enfática e frequente, Paulo emprega essa síntese mais característica de sua teologia e seu serviço, uma síntese de toda a revelação, todos os pensamentos e experiências: no Messias Jesus.…” (Cartas a Timóteo Comentário Esperança. Trad. de Werner Fuchs, p. 20).
- Paulo, assim como fizera na sua primeira epístola, chama Timóteo de seu filho, mas aqui, em vez de chama-lo de “verdadeiro filho”, chama-o de “amado filho”, revelando, assim, toda a sua estima àquele jovem pasto     r, de cuja companhia estava precisando nestes últimos instantes de sua vida terrena. Uma vez mais, fala da graça misericórdia e paz de Deus Pai e da de Cristo Jesus, Senhor nosso, uma nota característica de suas cartas pastorais, lembrando que o ministro precisa ser misericordioso, porquanto é alvo e objeto da misericórdia de Deus.
- Paulo mostra, ainda, que, apesar das circunstâncias adversas, não tinha tido a sua fé abalada, tanto que dava graças a Deus, a quem servia desde os seus antepassados com uma consciência pura, de quem sem cessar fazia memória de Timóteo em suas orações noite e dia (II Tm.1:3).
- Paulo podia se manter firme apesar das adversidades e continuar a ter a esperança da vida eterna porque tinha uma consciência pura, porque tinha comunhão com o Senhor, porque servia a Deus e fazia a Sua vontade. Este é o segredo para podermos enfrentar as aflições deste mundo, de termos o necessário bom ânimo para passarmos por esta peregrinação terrena (Jo.16:33): servir a Deus, ter uma consciência pura.
OBS: “…É a consciência que temos de nós mesmos em todos os relacionamentos da vida, especialmente relacionamentos éticos. Temos ideia do que é certo e errado; e quando percebemos essa realidade e seus direitos sobre nós, e não obedecemos, nossas almas estão em guerra consigo e com a lei de Deus, conforme descrito em Romanos 7. Ter uma consciência boa ou pura não significa que nunca pecamos ou que não cometemos pecado nenhum. Antes, significa que a orientação e motivação fundamental da vida é obedecer e agradar a Deus, de modo que os pecados são habitualmente reconhecidos como tais e apresentados a Deus (I Jo. 1:9).…” (HARRISON, Everett F. II Timóteo Comentário Moody, p.4).
- “…Ora, devemos considerar a situação da seguinte maneira: assentado em sua sombria masmorra e já encarando a morte, Paulo, longe de queixar-se, como muitos teriam feito em condições semelhantes, medita sobre as bênçãos passadas e presentes, e deseja sinceramente expressar sua gratidão. Este é o cenário das palavras.…” (HENDRIKSEN, William. op.cit., p.278).
- Paulo, ademais, mostra que, diante de situação tão difícil, estava a interceder por Timóteo, orando noite e dia por ele. Suas dificuldades não o impediam de amar o próximo, de buscar, por meio da oração, o bem dos outros. O apóstolo não era egoísta, mas, como um homem de oração, orava incessantemente por Timóteo.
- Este é o verdadeiro papel do pai espiritual: interceder pelos seus filhos dia e noite. Pai espiritual não é, como ensinam equivocadamente os falsos mestres do movimento celular, alguém que tenha domínio sobre outros crentes, mas, sim, pessoas que amam os seus filhos na fé e por ele intercedem, noite e dia.
- Paulo, também, com esta afirmação, mostra-nos que o verdadeiro e genuíno ministro, aquele que tem convicção de sua chamada, é um homem de oração. Na sua primeira carta, Paulo havia dito que se deveria orar sem cessar (I Ts.5:17); na sua última carta, o apóstolo mostra que era um homem que orava sem cessar. Paulo tinha uma fé inabalável porque vivia em contínua oração. 
OBS: “…Quando nos sentimos movidos a orar, ainda que seja em favor de outrem, o espírito de oração é essencialmente o mesmo, seja qual for seu objeto — nós devemos ser gratos quando nos sentimos continuamente aptos a orar por um amigo…” (SPURGEON, Charles H.. Exposição de II Tm.1:1-18. Sermão ‘Aquele dia” e suas divulgações, pregado na noite de quinta-feira dia 15 de fevereiro de 1872 no Tabernáculo Metropolitano de Newington, p.6. Disponível em: http://www.spurgeongems.org/vols61-63/chs3531.pdf Acesso em 02 jun. 2015) (tradução nossa de texto em inglês).
- O apóstolo, então, expressa a sua saudade de seu filho na fé. Diz que desejava muito ver Timóteo. Paulo sabia que iria morrer e, com esta certeza, queria, uma vez mais, ter a companhia daquele seu tão estimado cooperador, seu filho na fé, que tanto bem já lhe havia feito durante o seu ministério (Cf. Fp.2:19-23).
- Paulo diz que se lembrava das lágrimas de Timóteo. Hendriksen entende que “…é inteiramente provável que quando Paulo e Timóteo se separaram pela última vez, Timóteo tenha derramado lágrimas. Sem dúvida, Paulo  também fizera o mesmo, mas agora não faz referência  a suas lágrimas, mas às de Timóteo. Essa separação não era a mencionada em I Timóteo 1:3, mas uma muito posterior que, com toda a probabilidade, ocorreu depois do regresso do apóstolo de Espanha.…” (op.cit., p.280).
- Estas lágrimas de Timóteo enchiam o apóstolo Paulo de gozo, porque ele sabia que seu filho na fé tinha uma vida espiritual bem alicerçada, tinham uma fé não fingida, que havia se desenvolvido desde os tempos da sua infância, pelo exemplo e ensino que tinha tido seja de sua avó Loide, seja de sua mãe Eunice (II Tm.1:4,5).
- Paulo ressalta a importância da educação doutrinária no lar. Timóteo havia sido formado desde o berço na Palavra de Deus e, por isso, o apóstolo podia se regozijar com seu filho na fé, pois era ele arraigado na sã doutrina e isto era a garantia de que poderia passar pelas intempéries da vida e chegar vitorioso ao final da jornada. O apóstolo sabia que seus dias se findavam e que iria alcançar a sua salvação, mas também se alegrava em ver que Timóteo estava caminhando na mesma direção.
- Este reconhecimento da fé não fingida de Timóteo por Paulo também é mais um desmentido dos falsos ensinos do movimento celular. Paulo era o pai espiritual de Timóteo, mas reconhecia que não fora ele o iniciador da formação espiritual de Timóteo, mas, sim, que aquele jovem pastor havia aprendido com sua avó e sua mãe, que eram dotadas de uma fé não fingida. Paulo não se considerava o mediador, o único responsável pela vida espiritual de seu cooperador, de seu filho na fé, algo bem diferente do que se vê, hoje em dia, em líderes de células…
- “…A fé é necessária ao prelado, que é o guardião da fé, porque ‘sem fé é impossível agradar a Deus’ (Hb.11:6). E diz: não fingida, senão sincera, porque a verdadeira se mostra pelas boas obras, como diz Tiago 2. Esta fé não é de neófito, mas a de um filho de uma mulher judia (At.16:1).…” (AQUINO, Tomás de. Cit. II Tm.1:1-3. n.3. end, cit.) (tradução nossa de texto em espanhol).
- Por ser alguém alicerçado na fé, por ter uma fé genuína, Timóteo não poderia deixar de despertar o dom de Deus que nele havia, que lhe havia sido imposto pelas mãos do próprio apóstolo. Timóteo não poderia se deixar abalar pelas circunstâncias adversas por que passava Paulo, e deveria aperfeiçoar a sua fé cumprindo o ministério que lhe fora dado por Deus. 
- O ministro de Jesus Cristo não terá condições de desenvolver a sua fé, não poderá fazer a vontade de Deus se abandonar o ministério, se deixar de lado o dom recebido pelo Senhor, se enterrar o seu talento. Muitos, em nossos dias, em virtude das incompreensões, das dificuldades, das adversidades, deixam de lado o ministério e preferem, como Dema, amar o presente século (Cf. II Tm.4:10), desprezando aquilo que receberam de Deus.
- Talvez, diante da situação aflitiva por que passava não só Paulo mas toda a Igreja, que sofria a primeira grande perseguição romana, muitos fossem tentados a abandonar o ministério, para não serem também presos e mortos. No entanto, o apóstolo deixa bem claro que o dom ministerial recebida deve ser exercido, sob pena de se pôr em risco a própria salvação, como o Senhor Jesus deixa claro nas parábolas dos dez talentos (Mt.25:14-30) e dos dez servos e das dez minas (Lc.19:11-27).
- O apóstolo também nos ensina aqui que o ministério vem de Deus embora seja reconhecido solenemente pelos homens. Paulo impôs as mãos sobre Timóteo, consagrando-o ao ministério, mas o dom que tinha era “dom de Deus”. Por isso, é assaz necessário que o ministério seja exercido tão somente após o reconhecimento da igreja local.
- Não há, portanto, qualquer respaldo bíblico para que alguém que se diga chamado por Deus, diante da incompreensão dos homens, se autoconsagre e passe a agir como “pastor”, abrindo uma igreja. Tal não é uma atitude correta. O dom, sem dúvida, vem de Deus, mas tem de haver o reconhecimento da igreja local, pois Deus é um Deus de ordem e criou um governo na Igreja, que é o Seu povo.
- O mesmo Deus que escolheu Timóteo para o ministério era o Deus que lhe havia dado também o espírito de fortaleza, amor e moderação (II Tm.1:7). Timóteo não deveria ter medo diante da prisão de Paulo e da perseguição que se fazia à Igreja, mas deveria continuar confiando em Deus e agir com destemor, coragem, amor e moderação, desempenhando o seu ministério pastoral.
- Timóteo não poderia se envergonhar do testemunho de Nosso Senhor, nem mesmo do próprio Paulo, mas deveria participar das aflições do evangelho segundo o poder de Deus. Em meio à perseguição, Timóteo tinha de continuar a pregar o Evangelho, não temendo as autoridades e não se envergonhando de Jesus Cristo. A prisão de Paulo não era motivo para se calar. As perseguições não podem nos intimidar na realização da suprema tarefa da Igreja que é levar Jesus Cristo a todos os homens.
OBS: “…quem os recebe à proporção dos dons há de trabalhar; logo temos de servir a Deus condicionados a esses divinos dons. Há dois espíritos: o do mundo e de Deus, que se distinguem entre si (…). O espírito do mundo faz os bens do mundo e temer os males temporais. Por isso diz: ‘porque não nos tem dado o espírito de temor’, a saber, mundano, que Deus nos deixa. ‘Não temais os que matam o corpo’ (Mt.10:28). Há outro espírito de temor do Senhor, que é santo e faz temer o Senhor, espírito sem pena nem ofensa, como de Deus…” (AQUINO, Tomás de. end,cit.) (tradução nossa de texto em espanhol).
- Paulo diz que Timóteo não deveria se intimidar com as perseguições, porque fomos salvos e chamados não pelas nossas obras, mas segundo o propósito e graça de Deus que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos e que é manifesta agora de Nosso Salvador Jesus Cristo, o qual aboliu a morte e trouxe à luz a vida e a incorrupção pelo evangelho para o que Paulo for constituído pregador, apóstolo e doutor dos gentios (II Tm.1:9-11).
- “…O fim do argumento de Paulo, pois, parece ser o seguinte: ‘Meu querido filho, Timóteo, combata essa tendência de demonstrar temor. O Espírito Santo que lhe foi dado, a você e a mim, bem como a todos os crentes, não é o Espírito de timidez, mas de poder, amor e autodisciplina. Beneficie-se  desse poder (…) sem limites, que nunca falha, e você proclamará a verdade de Deus; desse amor inteligente, poderoso (…), e você ministrará consolo aos filhos de Deus ao ponto de visitar-me no cárcere romano; além disso, beneficie-se da sempre indispensável disciplina pessoal ou autocontrole (…) você deflagará batalha de Deus contra a covardia, tomando você a iniciativa…” (HENDRIKSEN, William. op.cit., pp.283-4) (destaques originais).


II – ORIENTAÇÕES A TIMÓTEO SOBRE A FIRMEZA E CONSTÂNCIA NO MINISTÉRIO

- Paulo mostra a Timóteo que vale a pena estar preso por causa de Cristo Jesus. Ele havia sido chamado por Deus para ser pregador, apóstolo e doutor dos gentios porque o poder de Deus o havia salvado e o chamado com uma santa vocação. 
- Paulo, ademais, mostra que sua chamada se dera não por causa dos seus méritos, mas pela graça de Deus, por um favor não merecido, que se manifestou na pessoa de Jesus Cristo, embora fosse já existente antes da própria criação do mundo. Jesus comprova esta graça salvadora pelo fato de ter abolido a morte, ressuscitando dos mortos, trazendo à luz a vida e a incorrupção pelo evangelho. 
- Como afirma Charles Spurgeon, o príncipe dos pregadores britânicos: “…A vontade de Deus é o grande poder  que move na Igreja de Deus” (Exposição de II Tm.1:1-18. Sermão ‘Aquele dia” e suas divulgações, pregado na noite de quinta-feira dia 15 de fevereiro de 1872 no Tabernáculo Metropolitano de Newington, p.6. Disponível em: http://www.spurgeongems.org/vols61-63/chs3531.pdf Acesso em 02 jun. 2015) (tradução nossa de texto em inglês). Por saber que era apóstolo “pela vontade de Deus”, Paulo podia seguir firme em sua confiança em Deus apesar de estar preso e prestes a ser condenado à morte.
- A graça de Deus manifestara-se em Jesus Cristo e demonstrara toda sua eficiência e eficácia com a ressurreição do Senhor. Paulo estava a sofrer todas as agruras de uma prisão injusta e a própria proximidade da morte, mas isto não o abalava, pois ele sabia que isto era resultado da graça divina, consequência quase que inevitável do fato de ele ter alcançado a salvação, ter se libertado do pecado e, por isso mesmo, ter se tornado um “corpo estranho” num mundo que estava no maligno (I Jo.5:19).
- Quando tomamos consciência do significado de nossa salvação, nós não nos deixamos abalar pelas dificuldades da vida, mesmo as perseguições, precisamente porque sabemos que a salvação nos veio pela graça, é um projeto de Deus para que tenhamos a vida eterna, vida esta que não pode ser impedida por qualquer força humana, por qualquer potestade maligna.
- Assim como Paulo estava inabalável, apesar de preso e quase condenado à morte, Timóteo também não poderia se intimidar, não poderia desanimar, mas teria de ter o espírito de fortaleza, amor e moderação, lembrando que também havia sido chamado por Deus para o ministério, devendo prosseguir no exercício do dom que recebera do Senhor.
- Para vencer as aflições do mundo, temos de ter bom ânimo (Jo.16:33) e este bom ânimo nasce da consciência do que é a salvação que nos é oferecida por Cristo Jesus. Quando percebemos que somos alvo do favor imerecido de Deus, que o Senhor, antes mesmo da criação, quis nos salvar e provou este Seu querer através da encarnação do Filho, dando-nos plena garantia da eficácia desta graça através da Sua ressurreição.
- O apóstolo Paulo, por ter esta consciência, não se envergonhava de Jesus Cristo, mesmo estando preso e sabendo que iria morrer por causa do Senhor. Às dificuldades que sofria, Paulo pôde dizer com toda a convicção de seu coração: “Eu sei em quem tenho crido e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia” (II Tm.1:12).
- “…(1) A natureza do evangelho pelo qual foi chamado a sofrer, e os desígnios e propósitos gloriosos e graciosos dela. E comum em Paulo, ao mencionar Cristo e Seu evangelho, fazer uma digressão de seu tema e prolongar-se sobre o assunto. O coração dele trasbordava daquilo que é toda nossa salvação e deveria ser todo nosso desejo. Observe: [1] O evangelho almeja a nossa salvação: Ele nos salvou; e não deveríamos nos incomodar em sofrer por aquilo que esperamos poder nos salvar. Ele começou a nossa salvação e a completará no seu devido tempo; porque Deus chama as coisas que não são (que ainda não estão completas) como se já fossem (Rm.4:17). Por isso ele diz: aquele que nos salvou. [2] O evangelho foi designado para a nossa santificação. E nos chamou com uma santa vocação; Ele nos chamou para a santidade. O cristianismo é um chamado, uma santa vocação; esta é a vocação com a qual somos chamados, a vocação para a qual somos chamados, para trabalhar nele. Observe: Todos os que forem salvos no futuro são santificados agora. Onde quer que a vocação do evangelho seja uma chamada eficaz, ela é declarada para ser uma vocação santa, tornando santos os que são de fato chamados. [3] A origem dela é a graça livre e o propósito eterno de Deus em Cristo Jesus. Se a tivéssemos merecido, teria sido difícil sofrer por ela; mas nossa salvação é graça livre e não de acordo com nossas obras, e, portanto, não devemos pensar muito em sofrer por ela. Essa graça nos foi dada antes dos tempos dos séculos, isto é, no propósito e nos desígnios de Deus desde toda a eternidade; em Cristo Jesus, porque todos os dons que vêm de Deus para o pecador vêm em Cristo Jesus e por meio dele. [4] O evangelho é a manifestação desse propósito e graça: pela aparição de nosso Salvador Jesus Cristo, que estava no seio do Pai desde a eternidade, e estava perfeitamente ciente de todos os seus propósitos graciosos. Pela sua aparição, esse propósito gracioso foi manifesto a nós. Se Jesus Cristo sofreu por ele, será que não deveríamos estar prontos a sofrer por ele? [5] A morte é abolida pelo evangelho de Cristo: Ele aboliu a morte, não somente a enfraqueceu, mas a tirou do caminho, quebrou
o seu poder sobre nós. Ao tirar o pecado, Ele aboliu a morte (porque o aguilhão da morte é o pecado, I Co.15:56), ao alterar a natureza dela e quebrar o poder dela. De inimiga, a morte tornou-se amiga. Ela é a porta por onde saímos de um mundo difícil, opressivo e pecaminoso, para um mundo de paz e pureza perfeita. E o poder dela foi quebrado, porque a morte não triunfa naqueles que creem no evangelho, mas eles triunfam sobre ela. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória? (I Co.15:55). [6] Ele trouxe à luz a vida e a incorrupção, pelo evangelho. Ele nos mostrou um outro mundo mais claramente do que era antes de ser descoberto debaixo de qualquer dispensação anterior, e a felicidade daquele mundo, a recompensa certa de nossa obediência pela fé: todos nós, com cara descoberta, refletimos, como um espelho, a glória do Senhor (veja II Co.3:18). Ele a trouxe à luz, não somente a colocou diante de nós, mas a ofereceu, pelo evangelho. Vamos valorizar o evangelho mais do que nunca, porque é por meio dele que a vida e a imortalidade são trazidas à luz, porque dessa forma ele tem a preeminência acima de todas as descobertas anteriores. Ele é o evangelho de vida e imortalidade, à medida que as descobre para nós e nos orienta no caminho preparado que nos leva para lá, bem como propõe os motivos mais convincentes para estimular nossos esforços em buscar a glória, a honra e a imortalidade..…” (HENRY, Matthew. op.cit., p. 707).
- “…Confiança é, algumas vezes, tolice — confiar no homem sempre o é! Quando exorto vocês a pôr sua inteira confiança  em Cristo, sou justificado em fazer isto? E quando o apóstolo podia dizer que havia confiado somente em Jesus e se entregado a Ele, foi ele um sábio ou um tolo? Que diz o apóstolo? ‘Não sou um tolo’, diz, ‘mas sei em quem tenho crido. Não tenho confiado num enganador desconhecido e inexperiente. Não tenho dependido de alguém cujo caráter é suspeito. Tenho confiança em Um cujo poder, cuja boa vontade, cujo amor, cuja plenitude de verdade eu conheço. Eu sei em quem tenho crido’…” (SPURGEON, Charles H. Fé ilustrada: sermão pregado na manhã de domingo de 21 de agosto de 1859 no Music Hall, Royal Surrey Gardens, p.5. Disponível em: http://www.spurgeongems.org/vols4-6/chs271.pdf Acesso em 02 jun. 2015) (tradução nossa de texto em inglês).
- Paulo conhecia o Senhor Jesus, tinha intimidade com Ele. Desde que o Senhor lhe aparecera no caminho de Damasco, o apóstolo tinha a plena convicção de quem era o Senhor Jesus e que, portanto, valia a pena fazer-Lhe a vontade, ainda que isto significasse muitos sofrimentos e privações.
- “…Eis aqui o único refúgio para onde os crentes devem fugir quando o mundo os condena como perdidos e infelizes, ou seja, que devem ter por suficiente o fato de poderem contar com a aprovação divina, pois o que seria deles caso depositassem nos homens a sua confiança? Desse fato devemos inferir que há grande diferença entre fé e a mera opinião humana. A fé não depende da autoridade humana, tampouco é uma confiança hesitante e dúbia em Deus; ela tem de estar associada ao conhecimento, do contrário não será bastante forte contra os intermináveis assaltos que Satanás lhe faz.  O homem que, como Paulo, possui tal conhecimento saberá de experiência própria que nossa fé é propriamente chamada ‘ vitória que vence o mundo’ (I Jo.5:4) e que Cristo tinha boas razões para dizer ‘que as portas do inferno não prevalecerão contra ela’ (Mt.16:18). Tal homem será capaz de repousar tranquilamente mesmo em meio às tormentas e tempestades deste mundo, visto que alimenta uma confiança inabalável de que Deus, que não pode mentir ou enganou, falou, e o que Ele prometeu, certamente o cumprirá.…” (CALVINO, João. Pastorais. Trad. de Válter Graciano Martins, p.210).
- O apóstolo não estava a temer a morte, não estava impressionado com todo o poderio do Império Romano contra a Igreja. Ele sabia que cria em Jesus e que o Senhor era poderoso para guardar o seu depósito até àquele dia. O mesmo Jesus que começara caminhando com Paulo desde o início de sua jornada de fé seria Aquele quem o acompanharia até o final do processo da salvação, que se daria na glorificação, quando do arrebatamento da Igreja.
- Nos dias em que vivemos, está a rarear entre os que cristãos se dizem ser esta fé inabalável. Muitos já não conseguem prosseguir diante das dificuldades, das aflições inevitáveis deste mundo e, por isso, recuam, acovardam-se, envergonham-se do Evangelho de Cristo, amam o presente século.
- O escritor aos hebreus, que muitos entendem ter sido Paulo, é peremptório ao mostrar a crentes judeus que estavam tentados a abandonar a fé por causa das agruras desta vida que “…se ele [o justo] recuar, a minha alma não tem prazer nele” (Hb.10:38 “in fine”). Comentando esta passagem, o saudoso pastor Severino Pedro da Silva assim se expressou: “…Neste ponto, a ideia é que aquele que é verdadeiramente justo confia inteiramente em Cristo, seja na abundância, seja na necessidade. Em todos os aspectos de sua vida, Cristo ocupa o primeiro lugar (Cf. Fp.4:11-13). A fé deve estar presente em nosso viver, devendo também nos acompanhar quando chegar a hora da partida desta vida para a outra. O sucesso daquelas testemunhas que são mencionadas no capítulo 11 desta epístola [Hebreus, observação nossa] é que todas elas viveram e morreram na ‘fé’ (Hb.11:3)…” (Epístola aos hebreus: as coisas novas e grandes que Deus preparou para você, p.206).
- Assim como os heróis da fé venceram por não terem recuado apesar das aflições de mundo, assim, também, quem recuar perderá a salvação. A primeira classe de pessoas que ficará de fora da cidade celestial é, precisamente, a dos “tímidos” (Ap.21:8), que a Versão Almeida e Atualizada traduz por “covardes”. Tomás de Aquino diz que esta “timidez”, esta “covardia” é pecado na medida em que se contrapõe à fortaleza, que é nos dada pelo Espírito Santo (II Tm.1:7; Is.11:2). Trata-se, portanto, de um sentimento contrário à ação do Espírito Santo em nossas vidas, máxime quando significa um temor de se expor ao perigo de morte. Estes, diz o Senhor, estarão fora da cidade celestial, pois quem se envergonha do Senhor Jesus, quem abandona a fidelidade a Cristo para proteger a sua própria vida terrena, este não é digno do Senhor (Mt.10:32,33,39; 16:25; Mc.8:55; Lc.9:24; 17:33; Jo.12:25).
- Paulo estava preocupado que um certo desânimo em Timóteo pudesse frutificar de tal modo que o jovem pastor abandonasse a fé. O apóstolo não queria que sua prisão e proximidade de morte fosse motivo para que Timóteo diminuísse a sua dedicação ao Evangelho ou, mesmo, deixasse de pregá-lo e de pastorear a igreja em Éfeso. O apóstolo faz questão de mostrar a Timóteo que estava envolvido algo muito mais importante que a própria vida ou integridade física dele: a gratidão pela obra salvífica de Cristo Jesus. Como ensina Calvino: “…Ele [Paulo] apela para o fato de que Deus governa Seus ministros pelo Espírito de poder que é o oposto do espírito de covardia. Daqui se conclui que eles não devem cair na indolência, mas que devem animar-se  com profunda segurança e ardorosa atividade, e que exibam com visíveis resultados o poder do Espírito.…” (Pastorais. Trad. de Válter Graciano Martins, p.201) (destaques originais).
- O alvo de Paulo não era as coisas desta vida e, portanto, para ele pouco importava a manutenção da sua vida terrena, pois, como já dissera quando de sua primeira prisão, o morrer para ele era ganho e o viver, Cristo (Fp.1:21). Estar com Cristo era bem melhor (Fp.1:23). 
- A proximidade de sua condenação à morte era totalmente insuficiente para impedir que o Senhor Jesus, a quem fora dado o todo o poder no céu e na terra (Mt.28:18), pudesse guardar o apóstolo até o dia do arrebatamento da Igreja. Sua salvação e seu galardão estavam com Cristo e ninguém poderia separar o apóstolo do amor de Deus que estava em Jesus (Rm.8:33-39) nem tampouco poderia arrebatá-lo das mãos do Senhor (Jo.10:28).
- Paulo, apesar de ser um apóstolo, não era diferente dos demais crentes. Nós também precisamos ter esta mesma convicção, sabendo que o Senhor é poderoso para guardar o nosso depósito até àquele dia. Precisamos nos manter firmes em nossa fidelidade a Deus, em cumprir a Sua vontade, apesar de todas as mazelas e agruras que venhamos a sofrer neste mundo por causa desta irresoluta decisão de seguir as pisadas de Cristo. Jesus tem todo o poder e é quem pode nos lançar no inferno e, portanto, é a Ele que devemos temer e não aos que nos perseguem por causa do Evangelho (Lc.12:4,5).
- Por isso, dentro deste espectro, o apóstolo recomenda a Timóteo que conservasse o modelo das sãs palavras que ouvira dele, na fé e na caridade que havia em Cristo Jesus (II Tm.1:13).
- Provamos que temos a fé em Cristo Jesus, que sabemos quem é Jesus em quem temos crido quando conservamos o modelo da Palavra de Deus. Um forte indicador de covardia, de desânimo na jornada da fé é quando se começa a abandonar as Escrituras Sagradas e se inicia o seguimento de filosofias, ideologias e mentalidades humanas, quando se curva ao “politicamente correto”, quando se acolhem pensamentos totalmente contrários ao que nos diz a Bíblia Sagrada, mas que trazem aos seus defensores uma “zona de conforto”, uma trégua para com os inimigos da fé.
- É exatamente isto que temos visto em nossos dias, mais um sinal eloquente da apostasia espiritual que vive a Igreja. Muitos têm abandonado os ensinos bíblicos, procurado distorcê-los única e exclusivamente para não sofrerem perseguições, para não serem tidos como adversários do mundo. 
- É lamentável, muito triste mesmo, vermos muitos que cristãos se dizem ser alterando o sentido de textos bíblicos, buscando “contextualizá-los” ou “modernizá-los”, com o único objetivo de acolher pensamentos, filosofias e ideologias que hoje predominam no mundo, que são defendidas pela mídia, mas que são absolutamente opostas ao “modelo das sãs palavras”.
- Paulo diz a Timóteo que deveria guardar o bom depósito pelo Espírito Santo que habita nos crentes. Este bom depósito era a guarda em confiança da sã doutrina, que ele deveria continuar pregando, ainda que em meio a perseguições e a defecções de alguns que cristãos se diziam ser. “…’guarda este rico depósito’ que lhe entreguei, a saber, o ofício da pregação, de sorte que jamais se aparte da verdade, nem por temor nunca deixe de cumprir o ofício de pregador (…) Guarda-o com a boa ajuda que tem, a saber, ‘por meio do Espírito Santo que habita em nós’…” (AQUINO, Tomás de. op.cit. Cit. II Tm.1:9-12. n.5. end. cit.) (tradução nossa de texto em espanhol).
- Outros, como Calvino, entendem que este depósito seria a vida eterna. Diz o reformador: “…É bom observar a forma como ele descreve a vida eterna: o depósito que lhe fora confiado. Daqui aprendemos que a nossa salvação está nas mãos de Deus precisamente  como um depositário que conserva em sua guarda a propriedade que lhe fora confiada para a proteger. Se a nossa salvação dependesse de nós, ela seria constantemente exposta a todo tipo de risco, mas, ao ser confiada a um guardião tão capaz, ela fica fora de todo e qualquer perigo.…” (op.cit., pp.211-2).
- O fato é que Deus nos dá condições de superarmos todas as dificuldades desta vida terrena e nos mantermos fiéis, desde que estejamos em comunhão com Ele, desde que estejamos unidos ao Espírito Santo que habita em nós. Com uma vida de santificação, conseguiremos superar todas as adversidades e prosseguir, apesar de todos os males desta vida, em nossa jornada rumo ao céu.
- Paulo estava preocupado com Timóteo, visto que outros cooperadores seus já tinham desertado, já haviam abandonado a fé, como era o caso de Figelo e Hermógenes. William Hendriksen acredita que estas duas pessoas haviam se negado a testemunhar a favor de Paulo em Roma, com receio de serem também incriminados, máxime num período de perseguição. Não há maiores detalhes a respeito destas pessoas, mas o fato é que preferiram esconder a sua fé em Cristo a enfrentar as autoridades romanas, um comportamento que, lamentavelmente, tem se tornado muito comum nos dias de apostasia espiritual em que vivemos.
- Ao contrário, porém, de Figelo e Hermógenes, Paulo faz menção de Onesíforo, que, muito provavelmente sem ter sido solicitado por Paulo, foi até Roma para visitar o apóstolo e recreá-lo, não tendo qualquer receio de ser também preso por sua fé em Cristo Jesus.
- Onesíforo foi até Roma, esforçou-se para achar o apóstolo Paulo, tendo-o encontrado e cumprido o seu propósito de consolar, confortar, fazer companhia ao apóstolo que abatido estava naquele ambiente de solidão na prisão, ante a proximidade da morte (II Tm.1:16).
- É bem provável, como disse o pastor Emanuel Barbosa Martins, presidente das Assembleias de Deus – Ministério do Belém em São José dos Campos/SP, em ensino dado na reunião de obreiros na igreja do Belenzinho em 4 de maio de 2015, que, neste seu gesto, Onesíforo tenha, inclusive, pagado com a própria vida tamanha fidelidade, tanto a Deus quanto a Paulo, uma vez que o apóstolo fala que o Senhor tivesse misericórdia com a casa de Onesíforo, dando a entender que o mesmo já não mais vivia. O fato é que Onesíforo sabia em quem tinha crido e que, a exemplo do apóstolo, não tinha a sua vida por preciosa (At.20:24), sabendo que viver era fazer a vontade de Deus, pois o crente não mais vive para si, mas, sim, na fé do Filho de Deus (Gl.2:20).
- Onesíforo sempre ajudara Paulo em Éfeso e, ao saber da prisão do apóstolo, não descansou enquanto não foi lhe fazer companhia, demonstrar o seu amor para com Paulo, amor que se demonstra, sempre, por atitudes e não por palavras (I Jo.3:18). Pouco se importou se correria risco de vida ao visitar o apóstolo, agora um preso político, considerado de alta periculosidade. Seu intuito era levar a Paulo conforto, mostrando que estava ali para participar das aflições de Cristo Jesus.
- Este deve ser o comportamento de todo crente fiel. Fazer a vontade de Deus independentemente das circunstâncias e de eventuais riscos que possa sofrer por causa de sua fidelidade ao Senhor. Onesíforo, assim como Paulo, sabia em quem tinha crido e que não há o que possa obnubilar a vida eterna que nos aguarda, o galardão que o Senhor nos dará por Lhe termos sido fiéis. Como diz o poeta sacro anônimo: “Junto ao trono de Deus preparado, há cristão um lugar para ti, há perfumes, há gozo exaltado, há delícias profusas ali; sim ali, sim ali, de Seus anjos fiéis rodeado, numa esfera de glória e de luz, junto a Deus nos espera Jesus. Os encantos da terra não podem dar ideia do gozo dali. Se na terra os prazeres acodem, são prazeres que acabam-se aqui. Mas ali, mas ali, as venturas eternas concorrem com a existência perpétua da luz, a tornar-nos felizes com Jesus. Conservemos em nossa lembrança as riquezas do lindo país e guardemos conosco a esperança de uma vida melhor, mais feliz. Pois dali, pois dali, uma voz verdadeira não cansa de oferecer-nos do reino da luz, o amor protetor de Jesus. Se quisermos gozar da ventura que no belo país haverá, é somente pedir de alma pura, que de graça Jesus nos dará. Pois dali, pois dali, todo cheio de amor, de ternura, desse amor que mostrou-nos na cruz, nos escuta, nos ouve Jesus” ( hino 202 da Harpa Cristã). Temos esta mesma disposição de Paulo, Onesíforo e do poeta sacro? Pensemos nisso!


Colaboração para o Portal Escola Dominical – Ev. Dr. Caramuru Afonso Francisco

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