quinta-feira, 16 de novembro de 2017

0 Reflexão – O perigo das raposas e das raposinhas





Texto Base: "Apanhai-nos as raposas, as raposinhas, que fazem mal às vinhas, porque as nossas 
vinhas estão em flor." (Cantares 2:15)

INTRODUÇÃO -  Raposa - animal mamífero, carnívoro da família dos Canídeos, com 4 gêneros e muitas espécies. São animais oportunistas e se alimentam principalmente de aves, roedores, peixes, insetos, ovos, etc. Sua caça era um esporte tradicional na Inglaterra, tendo sido proibida em 2005.

Os animais que ocorrem na América do Sul e são chamados de ¨raposas¨, na realidade são ¨falsas raposas¨, pois pertencem ao gênero Canis, diferentemente das verdadeiras raposas e é também o símbolo da esperteza (Fonte: http://www.dicionarioinformal.com.br/raposa/ )

Todos sabemos que as raposas (literais) não se alimentam de uvas para que elas estejam ameaçando as vinhas. O autor sacro diz-nos que elas fazem mal, ou seja, danificam as vinhas.

Encontramos neste belíssimo texto poético quatro elementos interessantes, que vale a pena refletir a respeito: 

1º (as vinhas), 2º (as raposas), 3º (as raposinhas) e (alguém responsável pelas vinhas = apanhai-nos).
1.     VINHAS – é do conhecimento de todos que vinha aqui traz o simbolismo de rebanho, congregação, Igreja (Ekklesia/GREGO).

Quando o escritor sacro falou que as vinhas estavam em flor queria dar-nos a ideia da beleza e da vivacidade que a Igreja do Senhor alcança de tempos em tempos. Certo é que passamos períodos de escassez espiritual e material, mas não podemos deixar de reconhecer que, vez por outra, a benção de Deus nos alcança de maneira poderosa. É justamente nestes momentos que devemos ficar atentos e ser extremamente cuidadosos para que forças externas (raposas e raposinhas) não causem sérios danos a obra de Deus.

Jesus estabeleceu a sua Igreja como coluna e firmeza da verdade (I Tm 3.15) a fim de proclamar esta mesma verdade ao mundo e ser luz e sal, evitando assim a putrefação que o pecado produz sobre a vida humana entregue a ele. Estabeleceu-a para que “...as portas do inferno não prevaleçam contra ela” (Mateus 16.18). Mas isso não quer dizer, contudo que o inferno não tentará derrubar a Igreja e danificá-la, mas sim que ele não conseguirá o seu intento, pois o Espírito de Deus o repreenderá.

2.     RAPOSAS – Símbolo daquilo que destrói a vinha de Deus = PECADO.
Uma das coisas mais terríveis que observo nos dias hodiernos são pessoas brincando com o pecado, como se ele não fosse assim tão nocivo e danoso quanto parece. Pior que muitos que brincam são pastores, obreiros, responsáveis por cuidar da vinha do Senhor. Mas que ao invés de vigiá-la a fim de evitar a entrada das “raposas”, simplesmente ignoram o perigo e porque não dizer que até as vezes conduzem essas raposas até a entrada da vinha e permitem que entrem e causem estragos.

Essas raposas são as concessões ao pecado na casa de Deus, o adultério desenfreado, os divórcios totalmente contra a Palavra de Deus, a corrupção, a fornicação que se espalhou como uma praga no meio da nossa juventude, etc. Tudo o que causa dano a obra de Deus é raposa destruidora.

3.     RAPOSINHAS – pequenos pecados que parecem passar totalmente despercebidos – nós costumamos condenar veementemente as “grandes raposas”, mas esquecemos de olhar que as vezes as pequenas causam tanto dano, senão pior do que as grandes.

O Senhor Jesus já nos seus dias de ministério terreno dizia em tom severo aos fariseus: Ai de vós, doutores da Lei e fariseus, hipócritas! Porque fechais o reino dos céus diante dos homens. Porquanto vós mesmos não entrais, nem tampouco deixais entrar os que estão a caminho!  (Mateus. 23.13 / KJV)

Fechamos aos homens as portas do Reino dos Céus quando não tratamos o pecado com o rigor que ele merece e simplesmente assistimos o rebanho de Deus (A VINHA) fazer o que quer e não admoestamos ou exortamos a que se arrependam.

Essas raposinhas estão em todo lugar passando-se por coisas lícitas e inocentes aos olhos dos incautos. Sabe aquele negócio de “nada a ver” e “um pouquinho não faz mal” ou então “Deus só quer o coração”? Alguns são mais descarados e usam como desculpa o jargão: “mas todo mundo faz a mesma coisa”. Só porque todo mundo faz a mesma coisa isso não quer dizer que ela esteja correta.

Com essas desculpas esfarrapadas alguns pensam que podem enganar a Deus e viver em mentiras, roupas sensuais, xingamentos, palavrões, expondo seus corpos em vitrine (esquecendo que é TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO), espalhando mexericos etc. Isso tudo são raposinhas que muitas vezes ninguém percebe que ela está ali, causando danos a vinha de Deus e estragando seus frutos.

4.     AQUELE QUE CUIDA DA VINHA – O apóstolo Paulo corroborando o profeta Jeremias disse que Deus mesmo foi quem deu à Igreja pastores segundo o seu coração, que as apascentem com sabedoria, a fim de um dia apresenta-la como virgem “imaculada” a um marido, a saber, a Cristo (Jeremias 3.15; Efésios 4.11; I Pedro 5.2-12; II Coríntios 11.2).

Tenho um extremo respeito aos pastores que Deus escolheu para guiar o seu rebanho e falo isso com temor e tremor, mas tenho que falar.

Muitos de nossos pastores precisam abrir os olhos enquanto é tempo, pois estão adquirindo a “síndrome de Arão” e permitindo que o rebanho faça o que quer da casa de Deus, não os repreendem por medo da pressão e da perda do cargo (ou benefícios). E por causa disto as raposas e as raposinhas estão destruindo as vinhas do Senhor.

Acredite meu caríssimo Pastor, se você permitir que o pecado e o mundanismo destrua a pureza da Igreja que está aos seus cuidados, Deus vai cobrar um preço muito alto de você. É melhor se indispor com o povo e com colegas de ministério do que com Deus. Ouça o que diz Samuel: Se um homem pecar contra outro, Deus o julgará; mas se um homem pecar contra o Senhor, quem intercederá por ele? (I Samuel 2.25a).

CONCLUSÃO – Deus entregou nas mãos de cada Pastor uma noiva pura, adornada e bem cuidada e espera no dia da sua volta recebê-la de igual maneira; acrescida daqueles que ele conseguiu agregar ao rebanho. O que ele dirá se Naquele dia encontrar das suas mãos apenas metade do rebanho que ele te confiou e essa metade suja, desgastada pela impureza, cheia de feridas e com as roupas manchadas?

     Pense nisso,

                               João Augusto de Oliveira

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